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A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPARÃO DOS PAIS NA PSICOTERAPIA INFANTIL DE BASE FENOMENOLÓGICA-EXISTENCIAL

Por:   •  26/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.765 Palavras (12 Páginas)  •  273 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA PSICOTERAPIA INFANTIL DE BASE FENOMENOLÓGICA-EXISTENCIAL [1]

Amanda Caroline Damasceno Oliveira[2]

Fernanda Cristina Brito Martins[3]

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi buscar através de pesquisas bibliográficas a partir da demanda observada pelas estagiárias no período de estágio clínico obrigatório na clínica escola da faculdade a importância da participação dos pais no processo psicoterápico do filho. Considerando que a criança é um ser de relações, inserida em um mundo onde descobertas irão acontecer ao decorrer da vida, sendo que normalmente a base da rede de apoio da criança são os pais, percebe-se que no trabalho da psicologia faz-se essencial a participação dos mesmos. Interação esta que esbarra no desejo e no comprometimento dos pais durante o processo da psicoterapia.

Palavras Chave: Criança, pais, família, participação, psicoterapia.  

ABSTRACT

The objective of this work was to search through literature searches from the demand observed by the trainees during the mandatory clinical internship in college teaching clinic the importance of parental involvement in the process of child psychotherapy. Considering that the child is a being of relationships, set in a world where discoveries will happen over the course of life, and usually the basis of the support network of the child are the parents, it is clear that the work of psychology it is essential their participation. This interaction that collides with the desire and commitment of parents during the process of psychotherapy.

Keywords: 

Child, parents, family, share, psychotherapy.

  1. INTRODUÇÃO

É inerente ao ser humano ser um ser de relações com o ambiente em que está inserido, o mundo, a sociedade, a escola, sendo o ambiente familiar o primórdio das relações humanas. O início do desenvolvimento humano ocorre no seio da família, o primeiro sorriso, o primeiro passo, a primeira palavra, aprende-se a diferenciarem-se as coisas, aprende-se sobre respeito, educação, desenvolve-se auto-estima, afeto, confiança, dentre outros.

 Na clínica escola da Unipac a demanda de maior procura por atendimento maior é de crianças. Percebe-se a importância na abordagem e intervenção precoce dos sintomas presentes no início da vida visto que as dificuldades psicológicas presentes na infância podem acompanhar o indivíduo ao longo de sua vida podendo-se evoluir para surgimento de sintomas mais preocupantes.

Em atendimentos na clínica escola e em estudos bibliográficos sobre o tema observa-se que em vários casos as crianças são encaminhadas ao atendimento psicológico em decorrência de uma queixa inicial que após ser investigada e esmiuçada é uma demanda dos pais e não da criança, demanda esta que pode estar fundamentada na transferência do “problema” dos pais para a criança. Demandas que podem refletir na formação da estrutura subjetiva da criança em decorrência do não manejo dessas dificuldades apresentadas pela família.  

Angerami (2002) cita Tsu (1984) “... quem é o cliente do psicólogo no processo de psicodiagnóstico infantil? A rigor, essa questão deve ser colocada sempre que a pessoa que contrata o serviço psicológico não é a mesma que recebe atendimento.”

Segundo Angerami (2002) como psicólogos atendemos pessoas de várias idades. Elas nos procuram porque identificam alguma ruptura na sua existência. No caso da criança, “alguém” acha que ela precisa de um tratamento. Pode ser a mãe, os pais, ambos, outro parente, a professora, o médico, outro profissional ou até mesmo um vizinho. A primeira questão que se coloca é de quem é a crise. Penso que a busca para essa resposta é o primeiro passo para iniciar um atendimento dito infantil. Não me atrai esse nome (atendimento infantil) porque neste estágio ainda não temos a resposta, portanto, não é possível focalizar a atenção apenas na criança escolhida. Isso seria assumir de antemão que a criança precisa de ajuda psicoterapêutica, antes mesmo de fazer uma análise global da situação que possibilita a descoberta do fenômeno.

  1. DESENVOLVIMENTO

Antony (2006), apud Monteiro (2007) retrata que as pessoas nascem da interação de duas pessoas, do contato estabelecido entre ambos e daí em diante passará o resto da vida em comunicação, numa reciprocidade onde irá ser afetado e influenciado pelo meio e irá afetá-lo e influenciá-lo também. Aguiar (2005, p.43) completa articulando que o homem cresce e se desenvolve na e a partir da  relação, onde é através desses contatos estabelecidos e ampliados entre si e o mundo que terá a possibilidade de diferenciar-se, transformar-se e desenvolver-se como uma pessoa com suas próprias peculariedades, portanto não existem diferentes maneiras de constituição a não ser por meio das relações.

 Cordioli (1998) clarifica que a forma e origem do encaminhamento podem oferecer algum indício sobre o possível funcionamento familiar. Por exemplo, quando se recebe uma criança encaminhada pela escola, sem que os pais vejam motivos para tal, isto deve alertar para uma provável negação que os pais estejam fazendo acerca dos sintomas do filho.

Eizirik, Aguiar e Schestatsky (2005) pontuam que a forma de encaminhamento constitui um dado inicial importante, uma vez que o fato de ter sido a escola, por exemplo, a primeira a perceber a perturbação da criança pode indicar pouca sensibilidade, grande tolerância ou negação dos sintomas da criança por parte da família.

Primeira sessão do processo psicoterápico infantil é destinada aos pais, tendo por finalidade a escuta e compreensão empática, ouvir os responsáveis pela criança a fim de conhecer as queixas e história de vida no contexto biopsicossocial, levantamento de demanda e criação de vínculo. Buscando os pais como clientes participativos do processo.

Eizirik, Aguiar e Schestatsky (2005), ressaltam que o fato de a criança não vir para o atendimento por conta própria confere à psicoterapia infantil uma característica específica que inclui a participação dos pais ou responsáveis durante todo o processo. Uma boa relação do terapeuta com os pais favorece em muito esse processo.

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