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A Intervenção Psicossocial No Cárcere – Ipc

Por:   •  28/2/2023  •  Relatório de pesquisa  •  3.182 Palavras (13 Páginas)  •  106 Visualizações

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

CURSO DE PSICOLOGIA

Elena Medeiro Muniz - 821143681

Gabriel Bernabé Straccia - 821121661

Leonardo Davi de Oliveira Santos - 820272163

Lívia Guimarães Galvão Cesar - 821157407

Natiely Lima Miranda - 820288688

Rafael Josefh - 821158754

Rafaela Machado - 821141022

Vitória Oliveira Lima - 821157475

INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL NO CÁRCERE – IPC

São Paulo

2021

Elena Medeiro Muniz - 821143681

Gabriel Bernabé Straccia - 821121661

Leonardo Davi de Oliveira Santos - 820272163

Lívia Guimarães Galvão Cesar - 821157407

Natiely Lima Miranda - 820288688

Rafael Josefh - 821158754

Rafaela Machado - 821141022

Vitória Oliveira Lima - 821157475

INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL NO CÁRCERE – IPC

Trabalho desenvolvido para a Unidade Curricular-UC de Analise e Intervenção em Psicologia Social.

Orientadores: Profº Leonardo Zanelli Peretti

Profº Tiago Lopes de Oliveira

São Paulo

2021

SUMÁRIO

1.        FASE DIAGNÓSTICA        1

2.        DELINEAMENTO DA INTERVENÇÃO        2

3.        Inscrição e divulgação do projeto        2

4.        Atividades teóricas        3

5.        Atividades práticas        4

6.        Desenvolvimento da intervenção        5

7.        Expressão dos encarcerados        6

8.        Intervenção        6

9.        Avaliação da intervenção        7

9.1        Questionário dos estudantes        7

9.2        Questionário para os presidiários 6        7

10.        Devolução e divulgação dos resultados        8

10.1        Devolutiva        8

10.2        Dados Finais        8

11.        Considerações finais        9

Referências        10

  1. FASE DIAGNÓSTICA

Há diversos pontos possíveis de atuação do psicólogo junto ao sistema criminal, desde a atuação clínica, de acompanhamento psicossocial, até no campo da psicologia jurídica. Contudo, é escassa a possibilidade de aproximação dos estudantes de psicologia com a realidade das prisões. Diante disso, percebemos a importância da criação de um projeto que permita um contato direto dos futuros psicólogos com detentos, permitindo a desconstrução de paradigmas e preconceitos, e contribuindo para a formação de psicólogos que ultrapasse os limites do conteúdo teórico e abstrato em relação às questões do cárcere.

É imprescindível ressaltar que a intervenção também se torna relevante pelo prisma do bem-estar psicológico dos presidiários. Erving Goffman (2001) categoriza as prisões como um dos tipos de “instituições totais”, definidas como aquelas em que um grande número de pessoas são segregadas da sociedade, por um grande período de tempo, levando suas vidas de forma fechada e formalmente administrada (GOFFMAN, 2001, p. 11).    

Assim que ocorre a inserção do contexto do cárcere, como descrito por esse autor, inicia-se um processo sistemático de mortificação do eu. Retira-se do detento desde o momento do encarceramento seus pertences, inclusive, muitas vezes, suas roupas, sendo substituídas por uniforme. Sem esse “estojo de identidade”, o indivíduo deixa de ter o controle sobre a própria aparência social (GOFFMAN, 1974, p. 29). Todas as atividades diárias dele passam a ser regidas por regras formais, com horários determinados, impostas por agentes. O detento também perde a liberdade de ir e vir e a possibilidade de escolha até sobre o que se come e com quais pessoas ele pode ou não se relacionar. A todas estas dores somam-se as privações físicas, a opressão da obediência inquestionável, e tantos outros ataques à subjetividade do encarcerado (KARAM, 2011).

O confinamento nas cadeias brasileiras traz ainda mais sofrimento. O superencarceramento agrava os conflitos interpessoais, favorece a propagação de doenças, além da sistemática violação de direitos humanos, a tortura e tratamento degradantes dispensado aos presos. (NASCIMENTO; BANDEIRA, 2018).

Todo esse contexto tem por consequência progressivas mudanças em como o detento se percebe e se identifica, levando a um sufocamento da manifestação de sua personalidade. Portanto, é inegável a importância da intervenção ora proposta, posto que almeja oferecer uma oportunidade de espaço para que os encarcerados possam expressar sua individualidade de forma livre, sem julgamento. A existência de um ambiente seguro para que possam expor suas ideias e sentimentos, seguramente, contribuirá muito com o bem-estar psicológico deles, justificando por si a existência da intervenção.

  1. DELINEAMENTO DA INTERVENÇÃO

O projeto será realizado por professores e estudantes a partir do sétimo período do curso de Psicologia, da Universidade São Judas Tadeu, com e para detentos de presídios masculinos da cidade de São Paulo. O principal foco do projeto é a pesquisa, reflexão e realização de encontros entre os atores do projeto a fim de os detentos compartilharem suas vivências no cárcere para desmantelar estereótipos, de forma conjunta e multilateral, por meio do diálogo.

Essa intervenção busca também a partir desse contato delinear as necessidades individuais e coletivas no que tange a identidade dos detentos no cárcere ao mesmo tempo que visa a futura reintegração social pós-confinamento.

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