A MORTE E O MORRER
Por: Elaine Coimbra • 6/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.312 Palavras (6 Páginas) • 195 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Nome: Elaine Cristina Pinheiro de Amorim Coimbra
Deodoro Gil.
Disciplina: Cultura Religiosa
Professor: Josemar da Silva Azevedo
Turno: Manhã
Segundo período
A MORTE E O MORRER
- A morte faz parte da vida.
Dizer que a única certeza que temos na vida é que um dia todos iremos morrer é o que sempre ouvimos, porém, sua aceitação na prática nunca foi e nunca será fácil, o luto é inevitável e vivencia-lo é saudável e necessário.
É preciso entender que essa dor precisa ser respeitada e vivida.
A morte não respeita, ela vem independentemente da idade, gênero ou cor, ela simplesmente vem.
Podemos escolher aceitar a dor do momento ou rejeita-la.
o importante é saber que não temos o controle sobre a morte.
"Ela" "virá".
Ainda que com avisos prévios, onde uma doença venha e junto uma sentença de que ela a morte é certa.
Ou de forma trágica e inesperada.
- SOTAMIG: Sociedade de Tanatologia e cuidados paliativos de Minas Gerais – Criado em 26 de Setembro de 1998.
Tanatologia: Teoria ou estudo científico sobre a morte, suas causas e fenômenos a ela relacionados.
Os cuidados paliativos.
Cuidar é mais do que curar!
Diante da proximidade da morte, a enfermaria dos cuidados paliativos acredita que o melhor aa fazer é aceitar o fim e garantir que se viva com dignidade e o máximo de conforto possível até os últimos momentos.
Na ótica paliativista se acredita no respeito a chegada da morte como parte da vida.
Concentrando seus esforços no alívio ao sofrimento psíquico e físico dos pacientes terminais.
- As 5 fases do morrer: Elisabeth Kübler-Ross:
1- Etapa da Negação - O fato de negar a realidade de que alguém já não está mais conosco por causa da morte permite amortecer o golpe e adiar um pouco a dor que essa notícia traz. Embora pareça uma opção pouco realista, tem sua utilidade para o nosso organismo, já que ajuda muito para que a mudança brusca de humor não nos prejudique.
A negação pode ser explícita ou não explícita, isto é, apesar de nos expressar verbalmente aceitando a informação de que a pessoa querida morreu, na prática, nos comportamos como se isso fosse uma ficção transitória, ou seja, um papel que buscamos interpretar sem que acreditemos no todo. Em outros casos, a negação é explícita e nega-se diretamente a possibilidade de que a morte aconteceu.
A negação não pode ser sustentada indefinidamente, pois entra em conflito com a realidade (de que ainda não aceitamos o que aconteceu), é por isso que acabamos abandonando essa etapa.
2 – Etapa da Raiva - A raiva e o ressentimento que aparece nesta fase é resultado da frustração que produzimos ao nos darmos conta de que a morte ocorreu e que não há nada que possamos fazer para corrigir ou reverter a situação.
O luto produz uma tristeza profunda que não pode ser aliviada, porque a morte não é reversível. Em adição, a morte é vista como o resultado de uma decisão, e, portanto, procuramos culpados. Assim, nesta fase de crise o que domina é o rompimento, o choque de duas ideias (a de que a vida é desejável e a de que a morte é inevitável) junto com uma forte carga emocional, por isso é comum que aconteçam explosões de raiva.
É por isso que surge um forte sentimento de raiva que se projeta em todas as direções, porque não somos capazes de resolver esse problema, não há solução e nem alguém em quem jogar toda a culpa pela morte.
Embora saibamos que é injusto, geralmente a raiva é dirigida contra pessoas que não têm culpa de nada, ou até mesmo contra animais e objetos.
3 – Etapa da Negociação - Nesta fase, tenta-se criar uma ficção que permite ver a morte como uma possibilidade que podemos impedir. De alguma forma, criamos a fantasia de estarmos no controle da situação.
Na negociação – o que pode ocorrer antes ou depois da morte – fantasiamos a ideia de reverter o processo, e buscamos estratégias para tornar isso possível. Por exemplo, é comum as pessoas tentarem negociar com entidades divinas ou sobrenaturais para fazer com que a morte não aconteça em troca de mudar o estilo de vida e “transformar-se”.
Da mesma forma, a dor é aliviada quando imaginamos que voltamos no tempo e que já não existe nenhuma vida em perigo. Mas, esta fase é breve, isso porque ela não se encaixa na realidade, e também porque é bastante cansativo ficar imaginando as soluções o tempo todo.
4 – Etapa da Depressão - Na fase da depressão deixamos de fantasiar realidades paralelas e nos voltamos ao presente com uma profunda sensação de vazio, porque nos conscientizamos plenamente que a pessoa querida já não está mais entre nós.
Aparece uma forte tristeza que não pode ser mitigada mediante desculpas nem mediante a imaginação, e que nos leva a entrar em uma crise existencial ao considerar a irreversibilidade da morte e a falta de incentivos para continuar vivendo em uma realidade que a pessoa querida não está mais. Ou seja, que não só temos que aprender a aceitar que a outra pessoa se foi como também precisamos começar a viver numa realidade que está definida por essa ausência.
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