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A PSICOLOGIA INFANTIL: O DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO NA INFÂNCIA

Por:   •  3/6/2022  •  Resenha  •  1.386 Palavras (6 Páginas)  •  566 Visualizações

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PSICOLOGIA INFANTIL: O DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO NA INFÂNCIA1

Adriel Faba dos Santos2

O desenvolvimento humano envolve as mudanças contínuas que ocorrem no sujeito desde a origem até a morte. Esse processo de desenvolvimento ocorre quando há mudanças na estrutura e função do órgão ou organismo até atingir a idade adulta. Esse processo se baseia não apenas nos fatores genéticos e biológicos do indivíduo, mas também no ambiente ao qual ele está adequado. No início da gestação, o embrião sofre grande influência do meio externo, pois é totalmente dependente da mãe, que é afetada diariamente pelo meio em que vive. A maturação é genética e que nossa “herança comum da espécie” ou matriz de maturação nos leva a uma série de mudanças de desenvolvimento em aspectos semelhantes de nossas vidas.”. Deve-se notar que o homem evolui ao longo de sua vida através de uma série de fatores, inclusive no campo da genética e também no meio em que eles vivem.

Durante esse processo de maturação, a capacidade neural da criança e as alterações morfológicas se desenvolvem simultaneamente, aumentando a capacidade de linguagem, percepção, reflexos, memória e outras habilidades. Há uma melhora gradativa no controle e equilíbrio corporal, tornando assim a experiência de estar ciente do mundo ao seu redor e do seu corpo mais envolvente. Como resultado, a criança começa a ficar mais exposta ao seu entorno e absorve mais facilmente tudo o que observa e o que é ensinado.

O desenvolvimento humano é dividido em três áreas: desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial, que é um processo cumulativo e contínuo. E essas áreas ocorrem de forma interconectada e comum. Vale ressaltar que tudo o que um indivíduo desenvolve durante os primeiros anos de vida, tanto psicossocial, físico e cognitivo, torna-se importante para o seu próprio progresso da sua autoconfiança, pois a criança está sempre em busca de competência e capacidade de autoimagem. Nesse sentido, percebe-se que além do aspecto psicossocial em particular, outras áreas também exercem grande influência na socialização das crianças, visto que, conforme citado anteriormente, uma área torna-se dependente da outra e as três ocorrem simultaneamente.

O crescimento físico de uma criança refere-se a um aumento na estrutura total ou parcial de um indivíduo. Como outros domínios, o desenvolvimento físico cria novas experiências para as crianças, influenciando sua percepção de si mesmas e suas respostas ao mundo. Durante esse processo, novas oportunidades de descoberta e aprendizagem são ampliadas e, nesse momento, aumenta a capacidade da criança de progredir em outros processos, como o desenvolvimento cognitivo. O desenvolvimento cognitivo como inteligência humana, é observado gradativamente desde o nascimento do indivíduo e é por meio desse campo que a criança começa a compreender e utilizar as pistas que lhe são apresentadas a partir de diferentes comportamentos.

O desenvolvimento psicossocial ocorre quando o desenvolvimento da personalidade está associado às relações sociais desde a primeira infância. A socialização é lenta, e é na adolescência que a criança apresenta os efeitos das primeiras experiências em casa. Esse processo, como outros, também ocorre ao longo da existência do indivíduo. No entanto, as crianças passam por muitas mudanças importantes durante os três primeiros anos de vida, pois é nesse período que as crianças começam a interagir com o mundo exterior, entender como ele funciona. Em todos os momentos de sua existência, a criança ativa lida com seu desenvolvimento integral, a partir das interações com os outros, consigo mesma e com os objetos do campo ao qual se insere. Em outras palavras, mesmo no nascimento, os humanos têm uma grande capacidade de aprender.

As emoções são expressas em uma taxa menor durante este período do que em adultos. Porque desde o nascimento, os bebês têm poucas emoções, como prazer, dor e nojo. E só então, entre o segundo e o sétimo mês de vida, são envoltos em sentimentos de medo, surpresa e alegria. Quando uma criança nasce, ela só pode expressar reações de insatisfação, por meio de choro, gritos e expressões faciais, mas não emoções. Sua vida de criança se manifesta entre o primeiro e o segundo ano de vida e é a partir desse ponto que começam a emergir os chamados sentimentos de autopercepção e autoavaliação. Sentimentos como inveja, empatia e vergonha podem ser considerados um exemplo de emoções autoconscientes. O processo de autopercepção é extremamente importante “para que a criança se conscientize de ser o centro das atenções, do que os outros ‘identificam’ ‘sentem’ ou o que é desejado pelos outros”.

À medida que a criança desenvolve um senso de si, por volta dos 3 anos de idade e, compreende certas situações colocadas na sociedade em que vive, ela passa a ter um melhor conhecimento de si mesma, podendo avaliar suas ideias e visões sobre o mundo lá fora. E só então as crianças podem expressar as chamadas emoções de autojulgamento, como vergonha e culpa. A expressão e o desenvolvimento de todas as emoções mencionadas acima, independentemente do estágio em que ocorrem, são importantes para o desenvolvimento psicossocial das crianças. Esse espaço social é favorecido porque no processo de desenvolvimento infantil, as crianças internalizam e aprendem a controlar suas emoções por meio de experiências cotidianas.

A partir disso sabemos que as normas e regras que a criança irá adquirir nesse processo, tanto familiar quanto social, terão grande influência no exercício da autonomia e no progresso na sociedade. As crianças se desenvolvem em diferentes situações e ambientes com uma variedade de características, como valores, atitudes, modos de vida e ações. E foi em cada um desses traços particulares que ela encontrou a resposta para sua pergunta. A cultura, passada de geração em geração, que cada ser humano carrega, tem a maior influência no desenvolvimento social e é responsável pelos principais desenvolvimentos da criança até a morte. O ambiente familiar é o mais importante para o desenvolvimento psicológico e futuras relações interpessoais. Assim, pode-se dizer que a família é muitas vezes a maior responsável pelo desenvolvimento social da criança, pois é nela que a criança reflete e herda a maioria de suas habilidades e comportamentos.

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