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A Surdez e psicológica

Por:   •  24/9/2018  •  Resenha  •  1.448 Palavras (6 Páginas)  •  153 Visualizações

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Introdução

Há distintas maneiras de conceber e atribuir significados aos surdos, nos mais diferentes locais e eras que consolidam a formação histórica destes indivíduos, determinou o posicionamento efetivo dos mesmos, no que tange a seres atuantes nas sociedades em que se localizam. Nisso, as discussões que envolvem os surdos e suas respectivas  educação , são fabuladas através de antigas concepções que aderem a políticas de inclusão tanto social quanto escolar,  instigando ainda estudos sobre suas particularidades e diferenças. (LACERDA, 1998)

Uma pesquisa realizada 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-(IBGE), sondaram que cerca de 9,7 milhões da população brasileira é acarretada por deficiência auditiva. Este senso reflete 5,1% de toda a população, haja vista, 1,7 milhões de brasileiros têm a deficiência auditiva, 344,2 mil são surdos. Já os 7,5 milhões denotam alguma dificuldade auditiva. No tangente a idade, cerca de 1 milhão de deficientes auditivos se configuram como crianças e jovens com até 19 anos de idade. (IBGE, 2010).

Analisando historicamente, Thoma (2006) em seus estudos afirma que existem diferentes maneiras relacionadas a uma interpretação a respeito da surdez ao passar dos tempos. Ainda de acordo a autora, os moradores de Esparta, por exemplo, atribuíam sentença de morte as pessoas que viessem ao mundo com qualquer alteração, seja ela deficiência mental ou física. A visão de que a pessoa surda possuía disposição para aprender e tivesse evoluções tanto intelectual como lingüística foram oriundas a partir do século XVI.  Essa nova maneia de visão do surdo foi possível devido a múltiplos pedagogos que ficaram dispostos a trabalhar com sujeitos surdos com a finalidade de gerar-lhes um desenvolvimento de sua capacidade intelectual utilizando-se da obtenção de conhecimentos e de buscarem se comunicar com os ouvintes.

A surdez se configura como qualquer alteração no órgão responsável pela audição, no caso, o ouvido.  É avaliado surdo todo individuo que tem carência total da audição, sendo assim, aquele que nada ouve. E é considerado deficiente auditivo todo aquele que detém a habilidade do ouvir, apesar de que essa habilidade se configure como delimitações, seja funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva se divide entre os tipos mistos, condutivos, neurossensorial e central. (COLL et. al, 2004)

Na deficiência auditiva condutiva acontece intromissão na condução do som a começar do conduto auditivo externo até a orelha interna, nisto, a grade maioria dessa deficiência desse caso, pode ser consertado com cirurgia ou tratamento médico. A neurossensorial acontece quando existe um impedimento de receptividade ocasionado por lesão na parte da orelha interna ou no nervo auditivo, e essa forma de deficiência é considerada inconvertível. A deficiência mista se configura quando existem ambas as lesões: condutiva e neurossensorial em um mesmo sujeito. E a deficiência auditiva central, que, além disso, é conhecida como a surdez central, haja vista, não é necessariamente seguida de redução da sensitividade auditiva, embora, demonstra-se por distintos níveis de dificuldade na captação das informações sonoras. É importante salientarmos que nosso estudo será embasado na surdez, ela por completa. (COLL et. al, 2004)

É importante este estudo ao considerarmos que a temática traz de relevâncias sociais, acadêmicas e pessoais no que tange a demonstrar a notória importância de buscarmos assistir as pessoas surdas na tentativa de gerar a inserção social que lhes é por direito. A comunidade acadêmica tem produzido estudos referentes ao tema, para possibilitar meios de tornar conhecidas essa parcela da sociedade, e mostrar o quão são fundamentais para a manutenção da ordem social.

No âmbito da psicologia, o estudo da comunicação dos surdos que é o alvo central desse estudo, possibilita mostrar a função do psicólogo no estabelecimento dessa educação. Outro ponto a ser tomado como importantes seriam as justificativas pessoais, que respondem pela escolha da temática, nisso, o estudo da surdez se torna instigante, mostrando as diversas maneiras de comunicação, o papel direto da família que influencia no desenvolvimento deste sujeito acometido. Devido a isso, esse trabalho tem como objetivo, demonstrar a complexidade de que toma uma educação de surdos. Atrelado a isso, o papel da família e questões socioeconômicas que trazem influencias diretas ao desenvolvimento e evolução do surdo. E por fim, caracterizar a função do profissional da psicologia que deve se envolver em todo o processo, haja vista, seus conhecimentos possibilitam a atuação tanto com a pessoa surda como quanto a família.

DESENVOLVIMENTO:

Ao analisarmos as questões biológicas, um fator importante a ser considerado é a etiologia da surdez. Podemos afirmar que essa etiologia está imbricada em vários outros processos que precisam ser considerados, dentre eles: idade com que foi acometido a essa perda da audição, aspectos familiares, ou seja, como a família lidou com a notícia da surdez, e com isso, a afetividade atribuída pelos pais ao filho, transtornos psíquicos associados, e por fim, um olhar para o desenvolvimento da criança. A surdez pode ser consolidada de duas maneiras, sendo elas hereditárias ou adquiridas. A surdez hereditária está atrelada a genética propriamente dita do sujeito, visto que, foi transmitida por seus genitores. Não necessariamente precisam ser surdos, pois pesquisas afirmam que apenas 10% de casais com surdez, geram filhos também surdos. A outra maneira é a adquirida. Como seu nome já nos faz atentar para algo que de principio não estava ali, mas foi ocasionada por alguma outra alteração. (Marchesi, 2007).

Também, existe uma variação de graus dessa perda auditiva, que é classificado como leve, médio, sério e profundo. Este grau de comprometimento influencia diretamente na forma de aprendizagem do sujeito acometido. No que se remete ao âmbito educacional, essa classificação sofre mudanças, pois, costumam classificá-los de forma mais ampla, os dividindo em hipoacústico e surdos profundos. Neste primeiro, é possível a aquisição da linguagem oral através da vias auditivas, mesmo que de forma dificultosa e geralmente nesses casos, necessita-se de aparatos tecnológicos com corroborem para a promoção da audição. Já nos surdos profundos, a aquisição da linguagem oral através dessas vias auditivas é quase impossível, utilizam-se da visão para o vínculo com o mundo externo. (Marchesi, 2007).

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