ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL DE UM ADOLESCENTE
Por: LuMalacrida • 11/9/2018 • Trabalho acadêmico • 4.532 Palavras (19 Páginas) • 1.110 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
CAMPUS II
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL DE UM ADOLESCENTE
SÃO PAULO – SP
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
CAMPUS II
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL DE UM ADOLESCENTE
Trabalho de análise do desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial de um adolescente, da disciplina PDCV, segundo bimestre.
Orientadora: Profa.
SÃO PAULO – SP
2017
SUMÁRIO
Introdução............................................................................................4
Apresentação da entrevista.................................................................7
Conclusão............................................................................................9
Referências........................................................................................10
Anexo..................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo a análise sobre o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial de um adolescente.
A adolescência é um período de crescimento, desenvolvimento e também de crises. Há tempos atrás esse período era o mesmo da puberdade, onde também ocorrem as mudanças no corpo do adolescente.
Puberdade e adolescência são processos diferentes, não acontecem no mesmo momento, porém estão relacionados. No momento da puberdade observamos as mudanças corporais, já na adolescência observamos alterações psicológicas, de crenças, valores e atitudes. Esse período da adolescência, não se trata somente de aceitar essa transformação do corpo, trata-se principalmente da descoberta de quem ele é, onde se encontra e para isso se afasta dos pais, familiares e amigos.
O desenvolvimento físico está relacionado às mudanças no corpo do adolescente, que são geradas por hormônios, acontecem de forma repentina e sem harmonia, várias partes do corpo se desenvolvem em momentos diferentes, e dependem muito pouco de fatores ambientes.
É na adolescência que eles começam a se preocupar com a aparência e a sexualidade começa a ser estimulada. Nesse período o adolescente chega a maturidade sexual, caso não tenha nenhum problema clínico.
Acontece também o desenvolvimento dos lobos frontais, do cérebro, nas aéreas responsáveis pelo julgamento, controle de impulsos (funções cognitivas).
No desenvolvimento cognitivo, o adolescente consegue pensar e raciocinar além dos seus limites, cria teorias a respeito de tudo, atua com conceitos abstratos onde o objeto não pode ser interpretado de forma concreta. Discutem sobre assuntos como amor, justiça, liberdade e pensam sobre o pensamento.
Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo pode se dividir em 4 estágios: estágio sensor-motor (0-2anos), estágio pré-operatório (2-6 anos), estágio operatório-concreto (6-12anos) e estágio operatório-formal (acima de 12 anos).
O adolescente está no estágio operatório-formal, pois constrói teorias, reflete sobre o seu pensamento, as deduções lógicas podem ser feitas sem que exista objetos concretos e conseguem lidar com situações hipotéticas.
Nesta fase o adolescente consegue falar sobre tudo pois existe o aumento da capacidade de processar informações, conseguem manipular informações, fazer contas de cabeça e armazenam informações por um longo período de tempo, pois também existe o desenvolvimento das memórias operacional, de curto prazo e de longo prazo.
No desenvolvimento psicossocial, o adolescente passa por uma crise de identidade x confusão de identidade, conforme a Teoria do Desenvolvimento de Erik Erikson.
Na sua identidade o adolescente conhece os seus princípios e valores e com relação a confusão de identidade, esse adolescente não sabe o seu papel no mundo e está confuso. Caso essa crise seja resolvida, ele terá um sentimento de união com os amigos e família.
O adolescente passa por dois eventos segundo Aberastury (1976), um evento seria a realização de lutos, nesse caso são três lutos: pelo corpo infantil, pela identidade e papel infantil e pelos pais da infância. O outro evento seria a ingressão no mundo dos adultos, que traz sentimentos e angústias, pois o adolescente quer ter liberdade sem responsabilidade. Já se acham adultos para alguns casos, mas querem ser tratados como criança quando lhes convém.
De acordo com Anna Freud (1986), o adolescente se acha o centro do universo, pois necessita entender quem ele é, sua atenção é voltada para si mesmo, caracteriza-se por opostos (otimismo x pessimismo). Contra sua angústia e aflição usa dois mecanismos de defesa, a Intelectualização, onde o adolescente formula um discurso lógico sobre seus conflitos afetivos e o Ascetismo, onde o mesmo se abstêm de prazer sexual.
Os mecanismos de defesa são formas de o ego lidar com a demanda do id e do superego. Sigmund Freud, apresentou uma divisão da mente em três partes, onde e ID seria o impulso primitivo, voltado somente para o prazer, o EGO seria o equilíbrio entre as demandas do ID e as ordens do SUPEREGO, e o SUPEREGO, seria nossa consciência moral (proibições/limites).
O adolescente tem uma grande missão, descobrir quem ele é, pois quer ser alguém e não filho de alguém.
Nesse momento ele dá um grande passo, da identidade reconhecida onde sua identidade sempre foi dada por outra pessoa, para a identidade assumida, onde esse adolescente precisa achar seu lugar no mundo, saber quem ele é, ter uma nova identidade, que não a dada por outras pessoas e assim crescer como pessoa. O adolescente vai precisar perder essa identidade dada por outros, para conseguir uma nova identidade.
Quando o adolescente vai atrás da sua identidade, ele se torna rebelde, não quer ter mais o cuidado de seus pais, questiona a autoridade dos mesmos para conseguir identificar se realmente consegue se cuidar e os seus limites.
O adolescente questiona o tempo todo, para que os pais percebam que não é mais uma criança, com essa rebeldia ele quer passar uma imagem negativa, para poder se afastar dos pais sem se sentir culpado.
Faz parte dessa fase de busca pela identidade, o afastamento afetivo desse adolescente de seus pais e familiares.
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