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CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E ALFABETIZAÇÃO EM CRIANÇAS BRASILEIRAS: COMO ESTA RELAÇÃO TEM EVOLUÍDO?

Por:   •  5/12/2019  •  Resenha  •  1.548 Palavras (7 Páginas)  •  178 Visualizações

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CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E ALFABETIZAÇÃO EM CRIANÇAS BRASILEIRAS: COMO ESTA RELAÇÃO TEM EVOLUÍDO?

1. A pesquisa que levou a produção desse artigo “(...) foi motivada pelo estudo de iniciação científica que gerou o trabalho de conclusão de curso de uma das autoras, sendo, portanto, uma sistemática de estudo adotada pela equipe de pesquisa a fim de refletir acerca do tema estudado e delinear um projeto de pesquisa de relevância social e científica”. Objetivava-se com ele uma exploração, da literatura científica brasileira, da relação existente entre a consciência fonológica e a aprendizagem da leitura e da escrita e buscava-se apresentar como está sendo o desenvolvimento da produção científica brasileira no campo/na temática pelo artigo abordado “(...) atentando-nos para as questões já em fase de consolidação, os dissensos e os avanços encontrados na literatura”.

2. O artigo é uma resposta ao expressivo número de crianças em idade escolar com alguma dificuldade relacionada à leitura e à escrita; “Tais dificuldades, por suas implicações no desempenho escolar e no desenvolvimento global da criança, têm sido objeto de preocupação de uma gama de pesquisadores e profissionais (CORREA, 2004; LIMA, 2014; MASCARELLO; PEREIRA, 2013; ROSAL, 2014)”. Isso levou a consequente elaborações de modos/estratégias de intervenções, propostas para prevenir ou minimizar casos de dificuldades/obstáculos que estejam ocorrendo nesse período de aprendizagem.

3. Para contestualizar vale definir o que seriam estas dificuldades de aprendizagem segundo os autores: “As dificuldades de aprendizagem podem ser compreendidas como limitações encontradas pelo alunado durante o período da escolarização, cujos obstáculos impedem ou dificultam a assimilação dos conteúdos ensinados pela escola. Essas dificuldades podem ser duradouras ou passageiras e relativamente intensas, contudo, suas consequências podem acarretar o atraso no tempo de aprendizagem da criança, reprovação, baixo rendimento escolar e, por fim, requerer uma ajuda especializada (CAPELLINI; CONRADO, 2009)”.

4. O artigo apoiado pela literatura na área toma como ponto central a consciência metalinguística e aponta o papel das habilidades metalinguísticas na aquisição da língua escrita e na remediação de problemas de aprendizagem (LIMA, 2014; MALUF; ZANELLA; PAGNEZ, 2006; MASCARELLO; PEREIRA, 2013; MOTA; GUIMARÃES, 2011; ROSAL, 2014; ROAZZI; ASFORA; QUEIROGA; DIAS, 2010; SPINILLO; MOTA; CORREA, 2010)”; “A consciência metalinguística é considerada essencial para a aquisição da leitura e da escrita, de tal modo que esta competência é capaz tanto de predizer como facilitar o desenvolvimento da leitura e a escrita (JUSTI; ROAZZI, 2011)”; seria a partir desta que é possível reconhecer a existência separada de unidades da fala ( palavras, sílabas, consoantes e vogais) e aspectos fonológicos, lexicais, sintáticos, semânticos, pragmáticos e ortográficos, “(...) Paulatinamente, perceberá que a fala não é um desencadeado de palavras ininterruptas, e que a escrita não possui a mesma representação percebida na fala”. isto desde que a criança tenha acompanhamento/estímulo externo adequado adequado. Geralmente e preferencialmente este se dá nas instituições escolares; “Embora o meio social favoreça a aquisição espontânea da linguagem oral pela criança, refletir, analisar e manipular a língua exige um nível de abstração que ela será incapaz de alcançar se não tiver quem a conduza nesse processo”.

5. Os autores colocam que é nas instituições escolares que se deve ofertar às crianças oportunidades de tomarem a linguagem como objeto de reflexão e manipulação, favorecendo a consciência e assimilação do princípio alfabético. Ao adquirirem o princípio alfabético a criança terá consciência da segmentação da língua falada em unidades diferenciadas, e compreenderá que as unidades que compõem as palavras se repetirão em outras palavras e, por fim, terá consciência das regras que regem a correspondência da conexão grafo-fonêmica.

6. A importância da consciência fonológica e sua relação com aprendizagem é evidênciada na referência a vários trabalhos de diversos autores: “Mascarello e Pereira (2013) afirmam que a maioria dos problemas de aprendizagem envolvendo leitura e escrita acontecem devido à falta de domínio do princípio alfabético. Para alguns autores, o domínio de conceitos requer do indivíduo uma tomada de consciência em diferentes níveis de análise linguística, em especial, no nível fonológico”; “A consciência fonológica é uma habilidade metalinguística amplamente reconhecida na literatura como essencial para o entendimento do princípio alfabético. Tem-se discutido que a influência dessa habilidade para o aprendizado da linguagem escrita é tanto importante para aprendizes com desenvolvimento típico, quanto para aqueles com necessidades especiais, como os disléxicos (NUNES, FROTA; MOUSINHO, 2009; SPINILLO, MOTA; CORREA, 2010; ZANELLA; PAGNEZ, 2006)”; “Sabe-se que a relação estabelecida entre a consciência fonológica e a aprendizagem da leitura e da escrita é a de causalidade recíproca, isto é necessário que alguns níveis dessa habilidade antecedam o processo de aprendizagem da linguagem escrita, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento de níveis mais profundos de consciência fonológica tornam-se possíveis devido a essa aquisição (NOVAES, MISHIMA; SANTOS, 2013)”; “Estudos apontam que intervenções que envolvem o treinamento dessa habilidade, além de favorecer o processo de alfabetização, são potencialmente capazes de prevenir e tratar dificuldades de aprendizagem. Assim, torna-se importante que durante o início da escolarização, sejam desenvolvidas junto às crianças, tarefas que promovam a consciência fonológica, tais como, atividades que envolvam jogos linguísticos, trocadilhos, músicas e poesias rimadas (LIMA, 2014; SANTOS; MALUF, 2010)”.

7. Então, como marco para o delineamento da pesquisa (que almejava o desenho de um projeto de iniciação científica com impacto social além do científico), procurou-se uma revisão sistemática da literatura/bibliografia disponível em fevereiro de 2016 produzida na área de estudo da consciência fonológica, abarcando: consciência fonológica e aprendizagem, consciência fonológica e escolares, consciência fonológica e criança. Estas buscas foram feitas em algumas das principais bases de dados que indexam periódicos no Brasil (LILACS, BVS, SciELO e PEPSIC). Como refinamento foram buscados artigos publicados em português-Br, entre 2005 a 2015. Esse recorte foi pensado a fim “ (...)de apresentar à

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