Cotas Raciais
Por: Júlia Pereira • 27/4/2015 • Dissertação • 340 Palavras (2 Páginas) • 198 Visualizações
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Faculdade de Psicologia
Disciplina: Sociologia
Professora: Simone Santos
2º Período – Manhã
Nome: Júlia Pereira Barbosa Nascimento
Alternativa semeadora
As cotas foram-me apresentadas, primeiramente no início do Ensino Médio, como forma de remediar injustiças cometidas no passado contra os escravos negros africanos. Argumentos fortemente arraigados sobre a intenção romantizada abolicionista que não teve o êxito sócio-político alcançado. Ações afirmativas como forma de ingresso nas universidades seriam, então, a alternativa de igualar as chances entre brancos e não brancos a terem uma cadeira na faculdade. Contudo, o ideal seria que essa reparação tivesse caráter temporário até atingir o arquétipo de uma sociedade igualitária e livre de mazelas sociais.
O texto “Cotas no STF: Os argumentos como eles são” ilustra que o maior argumento a favor das ações afirmativas no País são mais empíricas que conceituais. A tentativa de homogeneizar a interpretação histórica da escravidão no Brasil tem um teor tão reducionista quanto o conceito biológico de raça. As cotas são a tentativa de combater na prática o racismo social construído historicamente.
O relato pessoal de Cristiano Rodrigues trás a constatação que a alegação mais válida pró ações afirmativas é o cotidiano daqueles que vivem, literalmente, na pele, as barreiras impostas pelo racismo social. Um olhar mais perspicaz sobre a sociedade brasileira revelaria que mesmo tento a miscigenação como característica cultural, isto não nos isenta do preconceito.
Com isso, levanta-se o questionamento de em que momento histórico brasileiro o racismo deixaria de ser uma mazela social no País? Quando a sociedade e a cidadania se tornariam igualitárias a todos os brasileiros? Como mudar uma moral que está praticamente consolidada na sociedade? A educação e a conscientização são o caminho para começar a visar soluções para essas questões. As cotas não é o racismo mascarado em forma de ações afirmativas democráticas nem mais um jeito de reduzir o potencial de negros, índios, pardos e pessoas de baixa renda econômica. São alternativas realistas que atuam no presente com intenção de frutificar o futuro.
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