Creasi - Centro De Referência Estadual De Atenção à Saúde Do Idoso.
Trabalho Universitário: Creasi - Centro De Referência Estadual De Atenção à Saúde Do Idoso.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alicemorbeck • 19/9/2014 • 1.901 Palavras (8 Páginas) • 1.055 Visualizações
O presente trabalho busca investigar o atendimento ao idoso, tendo como objetivo geral conhecer como se desenvolve o trabalho no CREASI, Centro de Referência Estadual de Atenção à saúde do Idoso, instituição que busca auxiliar os idosos na readaptação às atividades do dia-a-dia.
No CREASI (Centro de referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso), criado em 20 de Setembro de 1994, atendendo pessoas acima de 60 anos, é realizado um trabalho de assistência integral, com atenção individual e em grupo, oficinas terapêuticas, psicoterapia, grupos de convivência, assistência familiar e atividades educativas. Tem como diretrizes a Promoção do envelhecimento saudável; Manutenção da capacidade funcional; Assistência às necessidades de saúde do idoso; Reabilitação da capacidade funcional comprometida; Capacitação de RH especializado; Apoio ao desenvolvimento de cuidados informais; como também, Apoio a estudos e pesquisas.
O Centro de Referência à Saúde do Idoso tem como principal missão atender ao idoso que necessite de atenção especializada na área de geriatria e/ou gerontologia, através da avaliação multidimensional, por equipe interdisciplinar, com vistas à manutenção ou recuperação da sua saúde física, mental e funcional, adequando seus déficits às novas realidades, mantendo-o socialmente ativo e dentro do contexto familiar. Buscando promover a autonomia, independência e auto-cuidado dos idosos, além de incentivar a participação social e estimular a convivência intergeracional. O centro também é campo de estágio, estimula projetos de atenção ao idoso e subsidia instituições e serviços de saúde que atuam com foco na população idosa.
Está estruturado para acolhimento de pacientes dentro de cinco ambulatórios de especialidades, tais como:
ADEM – Ambulatório para pacientes com demência importante e que estejam com comprometimento das atividades de vida diária;
AMMI – Ambulatório para pacientes com movimentos involuntários;
NONA – Ambulatório para pacientes nonagenários;
AMBULAR – Ambulatório de reabilitação para pacientes com seqüelas recentes de AVC ou cirurgia ortopédica;
APSIS – Ambulatório para pacientes com distúrbios psicogeriátricos.
Duas psicólogas que atendem o ambulatório APSIS e uma psicóloga que atende os ambulatórios: ADEN, AMMI, NONA e AMBULAR. O atendimento diário, normalmente, é de 8 pacientes, sendo 2 direcionados para entrevistas iniciais e 6 para atendimento subseqüente, com uma média de 300 atendimentos/dia.
O trabalho do psicólogo no CREASI é voltado para que o idoso passe a ter um olhar diferenciado para ele mesmo, possibilitando que passe a enxergar que ele pode ser útil para a sociedade, pois, de acordo com a psicóloga entrevistada, “o grande problema do idoso é ele não se reconhecer como cidadão”.
Os instrumentos utilizados pela psicóloga para a realização das suas atividades com os idosos são diversos, tais como entrevistas, testes projetivos, como o HTP, Escala de depressão (Yesavagi), como também a formação de grupos terapêuticos e psicoterapia breve (individual). Segundo a psicóloga entrevistada, tem preferência por realizar os trabalhos individualmente, porém dependendo da demanda, faz outros tipos de atividades, como as de grupo.
São realizados grupos terapêuticos com os idosos e seus familiares e/ou responsáveis. Quando necessário, é solicitada, através de um convite, a presença de algum familiar para que haja um atendimento junto ao idoso, porém muitos não comparecem (por diversos motivos), mas os poucos que vão é de grande valia.
Quando questionada sobre a visão que as pessoas têm do trabalho do psicólogo, a entrevistada trouxe que este ainda não é valorizado pela equipe de saúde como deveria, como citou na sua fala: “Acho que a equipe reconhece o meu trabalho, mas não tanto como deveria” (Sic). Complementa que “o maior reconhecimento do trabalho psicológico é dado pelos próprios idosos” (Sic), e que a maior dificuldade enfrentada pela psicóloga é a falta da troca de informações entre a equipe, como pode-se verificar na sua fala: “Aqui cada um faz seu trabalho sozinho, o que dificulta um maior conhecimento do paciente.” (Sic).
No Brasil, a população de idosos subiu tão satisfatoriamente nos últimos anos, que as entidades responsáveis pelo “acolhimento” dos mesmos não teve estrutura suficiente para lidar com o aparecimento dessa nova população (Angerami, 2002). De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE-, a cada ano 650 mil brasileiros são incorporados à população idosa.
Diante desta nova demanda social, surge a necessidade de se investir e desenvolver projetos que objetivem proporcionar uma melhor assistência à esta população de pessoas idosas. Com isso vêm surgir, ainda que em pequenas escalas, instituições, tanto governamentais como não governamentais, que oferecem algum tipo de assistência aos idosos. Uma das grandes dificuldades enfrentadas hoje em relação à população de idosos é a ausência de uma política nacional de atenção aos mais velhos, embora o Estatuto do Idoso (Lei 10741), aprovado em janeiro de 2004, assegure uma série de direitos a esse segmento.
O envelhecimento da população é um assunto que tem sido discutido cada vez mais com o objetivo de se criar planos de ação com o intuito de oferecer um melhor suporte à população que envelhece, cada vez mais presente nas sociedades mundiais. No Brasil, até meados da década de 70, os idosos recebiam, essencialmente, atenção de cunho caritativo de instituições não-governamentais. Atualmente este aspecto tem se desenvolvido mais, visto que dentro do aspecto legislativo, os idosos foram mencionados em alguns artigos, decretos-leis, portarias, entre outros.
Porém, a primeira assembléia Mundial sobre o Envelhecimento, da organização das Nações Unidas (ONU), que ocorreu em Viena – Áustria em 1986, funcionou como um marco mundial direcionado às discussões sobre idosos, onde se evidenciou um Plano de Ação para o envelhecimento que almejou sensibilizar os governos e sociedades para a necessidade de direcionar políticas públicas voltadas para os idosos, bem como alertar para o desenvolvimento de estudos futuros sobre os aspectos do envelhecimento, visando estabelecer, entre suas diretrizes, a descentralização de suas ações por intermédio dos órgãos setoriais nos estados e municípios, em parceria com entidades governamentais e não-governamentais.
No Brasil, em 4 de Janeiro
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