Estudo Baseado No Filme “Um Senhor Estagiário”
Por: Cla Maceddo • 15/4/2023 • Resenha • 2.854 Palavras (12 Páginas) • 128 Visualizações
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CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA DO TRABALHO II
ESTUDO BASEADO NO FILME “UM SENHOR ESTAGIÁRIO”
TÍTILO ORIGINAL: THE INTERN (2015)
PORTO ALEGRE-RS
2022/2
INTRODUÇÃO
Este artigo é baseado na análise do filme “Um senhor estagiário”, produção cinematográfica produzida no ano de 2015 e visa atender tarefa solicitada na disciplina: Psicologia do Trabalho II que compõe a graduação de Psicologia no IBGEN/FTEC Porto Alegre/RS. A disciplina tem o objetivo de trabalhar o papel do psicólogo nas empresas e organizações, diante disso tem-se trabalhado semanalmente com diversos conceitos que permeiam o tema buscando compreender a atuação do profissional nas diferentes nuances do comportamento humano no ambiente de trabalho.
Para isso foi realizada uma breve revisão de literatura a respeito dos conceitos básicos da psicologia do trabalho e organizacional, atrelando a algumas situações vividas ao longo do filme, na qual representam experiências no mundo laboral. Para maior clareza, está dividido em dois temas: saúde mental , liderança e trabalho.
RESUMO
The intern – Um senhor estagiário é uma produção cinematográfica americana realizada por Nancy Meyers no ano de 2015. Sua classificação é comédia, no entanto nos leva a reflexões bem mais sérias e profundas do ponto de vista das relações humanas e a subjetividade e o trabalho.
Ben Whittaker (Robert de Niro) é um senhor considerado da terceira idade (70 anos), após um casamento de 42 anos (ele com 20 e ela com 19 anos) teve um filho, ficou viúvo, aposentou-se após passar 40 anos de sua vida no mesmo emprego junto a produção de listas telefônicas. No início da aposentadoria confessou que se sentiu livre, os primeiros dias era como se estivesse “faltando ao trabalho”. Com todo tempo disponível pra ele, dedicou-se a ler, fazer cursos, viajar pelo mundo e curtir o filho e o neto.
Com o decorrer do tempo toda esta liberdade, cedeu espaço a ociosidade, sentindo-se um estorvo para a família, sua rotina diária café na padaria do bairro, relação tediosa com uma vizinha, velório de amigos, e a curta perspectiva de uma vida sem sentido e vazia.
Em uma manhã rotineira após comprar o pão viu um cartaz na qual uma empresa ali mesmo do Brooklyn estava selecionando pessoas para um Programa de Estágio voltado a idosos. Diante de seus olhos a vida pacata e tediosa passou num flash e naquele momento decidiu se candidatar ao cargo de estágio na startup de moda de e-commerce, mesmo sem saber ao certo do que se tratava o ramo da empresa, pois nenhuma destas palavras “modernas” fazia sentido. Porém isso não importava ele já estava decidido a voltar à ativa e refletiu sobre o ditado “os músicos não se aposentam, param quando não há mais música neles” e para Ben ainda havia muito a contribuir e voltar a se sentir útil.
Já no primeiro momento Ben sentiu-se desafiado, porque o recrutamento exigia a gravação de um vídeo de apresentação além de uma série de entrevistas. Ele não desistiu aprendeu como fazer vídeo, colocou seu melhor terno e foi sincero acima de tudo. Ben ao ser aprovado para a vaga na empresa “Sob medida” foi designado a ser o estagiário de Jules Ostin (Anne Hathaway) CEO da empresa.
No momento Jules enfrenta conflitos pessoais e profissionais, não se mostra satisfeita com o programa de estágio para idosos. Ela também lida com o medo de não conseguir comandar seu negócio que está numa rápida e crescente ascensão o que a obriga a conviver com muitas questões sobre liderança e gestão e, junto a isso, as responsabilidades de ser mãe e esposa cobram sua atenção.
Ben de cara faz uma leitura das situações mais críticas envolvendo as relações humanas na empresa, a desorganização do espaço laboral, bem como a desorganização das relações de família da qual Jules vivencia sem querer dar o braço a torcer. Ele passa a observar a rotina de Jules e começa a fazer tarefas simples, tendo em vista que a mesma não lhe passa nada. Com atenção, solidariedade, carisma e educação acaba conquistando a amizade dos colegas. Além disso passa a ter um envolvimento amoroso com a massagista interna da empresa, Fiona, e, se torna uma espécie de figura paterna para vários colegas mais jovens, oferecendo conselhos sobre questões como amor, senso de roupas e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Ao observar que há uma mesa no meio da empresa que vive bagunçada e que isso irrita muito Jules, Ben toma iniciativa de ir para o trabalho um dia mais cedo para organizar e, acaba recebendo aplausos de todos os colegas como forma de agradecimento, principalmente de sua chefe. Mais tarde, Ben percebe que o motorista de Jules é um alcoólatra, e o convence a não conduzir o carro, levando Jules para uma reunião exaustiva. Quando a mesma retorna, ele a espera com alimento e palavras experientes de conforto e orientação, logo a leva para casa, um papel que Ben mantém nos próximos dias.
Jules sofre pressão para deixar o cargo de CEO, pois seus investidores afirmam que ela é incapaz de manter a carga de trabalho de startup e franca expansão e avida familiar com marido e filha. Ela sofre com esta ideia, mesmo relutante passa a fazer entrevistas com possíveis novos Céus, a fim de buscar um pouco mais de tempo para família e salvar seu casamento, pois sabe da traição de seu marido (Matt).
Quando Jules procura Ben para pedir um conselho, Ben a incentiva a pensar em quanto isso vai mudar sua autoridade pois, a contratação de um CEO tiraria o poder de decisão na empresa, do auto da sua experiência consegue mostrar a ela como sua criatividade pode ser prejudicada e também a lembra de sua paixão por sua companhia. Matt inesperadamente aparece no escritório e pede que ela reconsidere, dizendo que está arrependido, envergonhado e quer apoiá-la em seus sonhos. Jules convencida que somente ela possui a cara e a identidade de sua empresa que iniciou na cozinha da casa dela há apenas 18 meses e hoje conta com 220 funcionários, resolve permanecer no comando contando com apoio de Ben, Matt e toda equipe da “Sob medida”.
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