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FANTASIAS INCONSCIENTES

Por:   •  10/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.060 Palavras (9 Páginas)  •  590 Visualizações

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1. FANTASIAS INCONSCIENTES

Imagem distorcida que a criança produz em sua mente a respeito da figura materna como malvada, que muitas vezes não condiz com a realidade. De acordo com Melanie Klein a criança tem uma imagem deformada da mãe real, as chamadas fantasias inconscientes que estão presentes nas relações objetais primitivas. As fantasias nascem com o sujeito, são representantes dos instintos libidinais e agressivos. Elas dão origem a atitudes pré-conscientes e conscientes que determinam a personalidade. No início da vida as fantasias são primordiais para o funcionamento da mentalidade infantil.

Distingue-se dois conceitos de fantasia: phantasy com ph, que corresponde à fantasia inconsciente; e fantasy com f que corresponde a fantasia consciente. Pode-se dizer que a fantasia é representante psíquica do instinto, expressa a realidade interna e subjetiva, conectada a realidade objetiva, ela passa por transformações ao longo do desenvolvimento, a partir de experiências corporais, e pode ser ampliada e elaborada, influenciar ou ser influenciada pelo ego em maturação.

Para Riviere, entende-se que a vida de fantasia do sujeito é a forma como ele interpreta suas reais sensações e percepções internas e externas para si mesmo, na sua mente, influenciado pelo princípio do prazer-dor.

2. RELAÇÕES OBJETAIS

É a maneira que o sujeito se relaciona com os objetos exteriores. A mente infantil funciona fundamentalmente através de fantasias inconscientes, que auxilia o pensamento racional enquanto este não estiver desenvolvido, provocando ansiedades e angustias diversas, as quais estão relacionadas ao caráter das fantasias primitivas munidas de conteúdos delirantes. Para a criança o objeto externo o seio, nos primeiros meses de vida é mau, por que não está à disposição sempre que deseja. O desapontamento faz surgir reações agressivas por parte da criança, que precisa se vingar do seio ruim, ela utiliza meios punitivos como, os dentes, unhas, e até mesmo excreções. A criança percebe como se estivesse excretado um objeto perigoso de seu mundo interno e projetando o no objeto externo.

Simultaneamente, também existe a figura do seio bom, que supre as necessidades da criança. É necessária a divisão do seio, para a proteção desse seio bom, desta forma os ataques são direcionados ao seio mau, protegendo o bom. Nas fantasias infantis é então percebido o seio mau como se estivesse sido afligido reduzido a estilhaço, enquanto o seio bom permanece absoluto, pleno.

Através dos processos de introjeção e projeção a vida fantasmática auxilia o sujeito na formação da impressão de seu mundo externo e interno, são mecanismos decisivos no afirmamento dos objetos bons e maus dentro de mundo interno da criança. Atuam de várias formas nos impulsos instintivos, e determinam nos processos de formação do ego e superego, ou seja, na formação da personalidade.

A vida toda a introjeção e a projeção estão presentes nos procedimentos de adaptação do sujeito, em sua evolução e derrotas. Ambas têm suas origens nos instintos orais (o engolir e o cuspir), as relações maduras vão crescer com ações de dar e receber, a função de procriação e criatividade.

3. ANALISE DO CASO DE JOÃO

Todo processo de mudança e de adaptação envolve em uma experiência de dor, pois a remoção do ódio da destrutividade e as suas consequências motiva sentimentos de angustia e sofrimento.

Episódios traumáticos ocorridos no decorrer da vida de João desencadeando fantasias agressivas.

De acordo com Malanie Klein a criança tem uma imagem inexistente da mãe real, as chamadas fantasias inconsciente que estão presentes nas relações objetais primitivas. As fantasias nascem com o sujeito, são representantes dos instintos libidinais e os agressivos.

Elas dão origem a atitudes pré-consciente e conscientes que determinam a personalidade. Por tanto João apresenta problemas comportamentais

A vida de João foi marcada pela ausência de sua mãe. Perda do objeto (mãe), que o satisfazia infinitamente, com a ausência já não o satisfazia, sempre que ele a desejava.

Relações objetais é a maneira que o sujeito se relaciona com os objetos exteriores. Uma relação de amor, amparo, afeto e esperança não foi vivenciada pelo João uma relação objetal insuficiente.

Esta ausência, por sua vez, ocasionava explosões agressivas por parte da criança predominante a posição esquizo-paranóide, umas das armas punitivas utilizadas, passam a ser excrementos como urina e fezes.

João vivenciou experiências dolorosas, principalmente, por ter permanecido, três dias ao lado do corpo de sua mãe, essa experiência dolorosa de tensão originou sobre seu comportamento sentimentos destruitivos.

Existe um predomínio da onipotência, não assume suas responsabilidades, por suas atitudes, se esconde e é agressivo; consequência dos episódios ocorridos de frustações dolorosas. João não tem noção a essa vida emocional traumática, desenvolvendo comportamentos referenciados.

Concluímos que com todos impactos agressivos que João sofrera ao longo da vida, poderão ser reconstruídas através do laço afetivo da tia, e com o tratamento psicológico, dando-lhe a possibilidade de se conhecer como ser humano, e lidar com as adversidades da psique.

4. RÊVERIE NA TEORIA DE BION

A obra de Bion, expressa concepções técnicas com uma amplitude digna dos grandes autores da psicanálise. Ele não só se apropriou de todos os recursos teóricos e metodológicos disponíveis no campo da psicanálise, como também propôs novas diretrizes a conceitos já estabelecidos e anteriormente aplicados por Freud.

Tanto na teoria do precursor da psicanálise, Freud; quanto na de Bion, um dos seus principais sucessores; o conceito de vínculo merece lugar de destaque. Ambos os autores reconhecem a importância do vínculo, mas é Bion que mergulha com mais profundidade nesse conceito. O teórico compreende vínculo como estrutura que se concretiza na simbiose relação-emoção, compartilhada por duas ou mais pessoas, ou entre duas ou mais partes separadas de uma mesma pessoa.

Segundo o autor, a experimentação do vínculo acontece ainda na vida pre natal, quando a mulher vivencia um estado êxtase; envolta por sensações singulares, a unicidade está em sua plenitude; a mulher e o bebê tornam se cúmplices de uma trama de ternura, de amor, de amparo, de entrega e identificação. A esse processo considerado primordial para a transformação e evolução do estado psíquico

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