Fichamento do Texto "A Psicologia dos Processos Oníricos"

FICHAMENTO

Assunto: A Psicologia dos Processos Oníricos

Referência: 

Freud, S. (1999). A psicologia dos processos oníricos. IN Freud Sigmund. A interpretação dos                              

     sonhos II. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund. (V).

     Rio de Janeiro: Imago.

Conteúdo:

A primeira parte do texto é uma introdução sobre o assunto que será abordado. Logo de início, Freud analisa brevemente um sonho de uma paciente que se impressionara com um relato de um sonho de uma conferência de sonhos, com isso, ela ressonhou o conteúdo, e com base em seu relato, Freud faz a análise.

O psicanalista discorre sobre que não se pode chegar a alguma conclusão sobre a estrutura e os métodos de funcionamento do instrumento psíquico a partir da investigação dos sonhos, ou de qualquer função psíquica tomada isoladamente.

No apêndice A, intitulado de “O esquecimento dos sonhos”, Freud aborda a incapacidade de retermos um sonho por inteiro, e que apenas conseguimos recordar fragmentos dos sonhos. Quando relatamos pela primeira vez o sonho em vigília, preenchemos o sonho com um novo material e distorcemos o sonho, mas essa substituição do material que fazemos serve para se chegar ao material original, já a distorção é parte da elaboração que os pensamentos oníricos são submetidos por causa da censura do sonho.

Ao analisar os sonhos dos pacientes, Freud pede para que os mesmos repitam o relato do sonho, pois na segunda vez que seus pacientes contam os sonhos, a forma que o sonho é descrita é diferente, e os termos diferentes que são relatados são um ponto fraco do disfarce do sonho.

Ainda neste apêndice, fala-se sobre a resistência psíquica que bloqueia a lembrança do sonho, e sobre uma forma de conseguir lembrar dos sonhos.

  No apêndice B – “Regressão”, é nos mostrado de forma resumida os principais resultados da investigação de Freud sobre os sonhos. De acordo com o psicanalista, os sonhos são atos psíquicos e sua força propulsora é um desejo que busca ser realizado.

Freud nos apesenta o aparelho psíquico, cujo o nome é sistema psíquico, relatando os componentes do mesmo. A partir do sistema psíquico, é discutido o processo de formação dos sonhos, que tem como ponto de partida o inconsciente e, os pensamentos oníricos se dão no sistema pré-consciente, já o sistema consciente é barrado aos sistemas oníricos durante o dia, essa censura é imposta pela resistência.

E este apêndice aborda sobre a regressão, que é uma das características psicológicas do processo onírico. Essa regressão também ocorre durante a vigília, mas não se estende além das imagens mnêmicas. Já nos casos de psiconeuroses, é discorrido sobre a influência das lembranças da infância que foram suprimidas ou que permaneceram no inconsciente.

No apêndice C – “Realização dos Desejos” Freud discorre sobre o sonho ser uma realização dos desejos do inconsciente, inclusive os sonhos desprazerosos, sendo o desejo do inconsciente contrário aos desejos conscientes. O autor nos mostra que os restos diurnos também participam da formação do sonho.

Outro ponto abordado é sobre a censura entre o inconsciente e o pré-consciente durante o sono, e a importância dessa censura.

Este apêndice também conta que o sonho é um pedaço anímico infantil já suplantado, as excitações diurnas funcionam como gatilhos de desejos infantis inconscientes.

O pré-consciente exerce um efeito facilitados na formação dos sonhos, ele avisa o consciente para continuar dormindo. Freud conclui que sabemos que estamos sonhando quando estamos dormindo.

Apêndice D- O Despertar pelos Sonhos – A Função dos Sonhos – Sonhos de Angústia

O sonho tem um efeito despertador através da atividade d força quienscente do pré-consciente. O sonho pode ser rompido quando a tentativa de realizar o desejo do inconsciente fere o pré-consciente com violência. Quando este rompimento ocorre, é substituído por um estado de vigília. Sendo assim, o sonho vira um perturbador do sono com a finalidade de chamar a atenção para a modificação e, acionar o mecanismo regulador do organismo contra ele.

Outro assunto discorrido no apêndice é sobre o processo psíquico gerador de angústia ser uma realização de um desejo quando cessa a catexia do pré-consciente, ou seja, quando p pré-consciente sufoca ou inibe a liberação do desprazer. Para Freud, os sonhos de angústia faz parte da psicologia das neuroses e, a angústia neurótica provém de fontes sexuais.

Apêndice E- Os processos Primário e Secundário – Recalque

O apêndice nos conta sobre a realização do pensamento, que quando a cadeia de pensamentos já iniciada é interrompida, abandonada, ela pode continuar se desenrolar sem que volte-se a atenção para ela, ou seja, quando uma cadeia de pensamentos é rejeitada inicialmente pelo consciente, ela pode prosseguir mesmo sem ser observada pela consciência, até o início do sono. Essa cadeia de pensamento que pode ter sido interrompida e suprimida, é chamada de pré-consciente.  E este pensamento rejeitado é um recalque. Com isso, é explicado o processo primário e secundário do recalque, sendo o primário os processos irracionais que ocorrem no aparelho psíquico (inconsciente), ele aparecem sempre que as representações são abandonadas pela catexia pré-consciente, deixadas por sua própria conta, e elas podem ser carregadas com a energia não inibida para encontrar um escouradoro. Os secundários são o pré-consciente/consciente, e estes inibem os primários durante a vida.