Jung e a Psicologia Analítica - Concepção da dinâmica da psique de Jung

Jung e a Psicologia Analítica - Concepção da dinâmica da psique de Jung

Luana Madeira

Professora: Adriana

Concepção da dinâmica da psique de Jung

Jung elabora o conceito de Psique como um sistema auto segurador relacionado ao conceito de individuação, sendo a individuação o processo pelo qual o individuo alcança seu padrão único de personalidade através da integração progressiva dos conteúdos inconscientes, se tornando em quem você é. Sua teoria se baseia em uma dialética, na qual o sujeito metaliza transformações internas. A individuação se preocupa em não normatizar os integrantes de uma sociedade na tentativa de preservar a relação com o eu e consequentemente a relação sujeito e sociedade.

Em sua teoria, Jung desenvolve os chamados Arquétipos, explicando que de nossas experiências pessoais vão surgir os complexos. Os sonhos contribuem para interpretarmos estas experiências para descobrir mais dos aspectos pessoais do sujeito, ou persona como Jung determinou.  Em 1928, Jung publicou um trabalho chamado “Energia Psíquica”, trabalho este que começou um pouco antes, em 1912, quando Jung começa a tornar publicas suas divergências com Freud. Para Jung Libido era o ponto enérgico de vida, não se limita a uma energia especifica, como freud e a energia Sexual.  A dinâmica sexual é apenas um caso particular da totalidade da psique.

 As transformações da energia só são possíveis graças ás diferenças de intensidade presentes no interior de um sistema, partindo do efeito para compreender a causa, relacionando sua teoria com alguns princípios da Física. Desta forma utiliza polos com potências energéticas e mecânicas para explicar esta dinâmica, estes polos estão em constantes intensidades. É necessário que haja uma dialética entre a progressão e a regressão deste complexo, para que com o desiquilibro, aconteçam às manifestações, seja de um sintoma ou de elaboração de símbolos.

A partir de um polo especifico potencializado, é necessário que haja uma canalização desta energia acoplada neste polo. Para que a entopia flua, sempre levando conteúdos desta polarização acoplada, ou seja, suas experiências. Deste modo A psique possui a seguinte estrutura: persona, inconsciente pessoal, inconsciente coletivo, arquétipos, self, sombra e individuação.

Persona é o sistema de adaptação ou estilo de nossa relação com o mundo, sendo constituído do “eu” e consciência. Podemos até dizer que a persona ou mascaras, começam a partir da relação com os complexos, sociedade. Estas máscaras que a persona atribui, são necessárias para sua adequação ao meio, ou seja, uma vez que o Ego atribuiu uma mascara pela persona, poderá ocorrer uma fixação que refletira na personalidade e em sua adaptação ao mundo. Inconsciente pessoal, denominado de sombra, é o lado obscuro da personalidade humana, rejeitado pela consciência, o obscuro que se adere a cada “eu”, sendo o pórtico dos sonhos. Inconsciente coletivo é formado por inúmeros arquétipos denominados de: Anima e Animus e os Arquétipos de Transformação, sendo as potencialidades do humano enquanto espécie produtora de símbolos.

Jung elaborou que o inconsciente possuía outro aspecto além do pessoal, que seria sua parte coletiva, onde estariam presentes os arquétipos, que são imagens primordiais herdadas por todos devido ao fato de tais situações terem se repetido tantas vezes nas psiques na história da humanidade. Para Jung as imagens dos sonhos e das fantasias do inconsciente se comunicam de forma simbólica (e o próprio conceito de símbolo diz que nunca poderemos esgotá-lo totalmente, ficando um aspecto seu sempre inconsciente), ou seja, não porque vem disfarçado, mas sim porque o inconsciente só sabe se manifestar dessa maneira, não possuindo uma linguagem mais semelhante a que temos na consciência.