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Psicologia e Mito de Psiqué

Por:   •  3/9/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  587 Palavras (3 Páginas)  •  662 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

PSICOLOGIA        2016.1

MATRIZES FILOSÓFICAS E EPISTEMOLÓGICAS DA PSICOLOGIA

PROF. JOSÉ PORTUGAL

DISCENTE: JORGE RAIMUNDO

Os mitos, que integram uma forma literária extremamente notável, não são escritos individualmente, mas por todo um plural de pessoas. Por isso desenvolvem-se de maneira gradual e multiforme e são histórias contadas e recontadas passando de uma geração a outra até chegar a sua lapidação total.

Uma das mitologias mais conhecidas, a do povo da Grécia Antiga, nos traz o mito de Psiqué, que narra a historia de uma mortal que desperta a ira da deusa Afrodite por causa da sua beleza extraordinária. Diante da situação, tomada pela raiva Afrodite pede ao seu filho Eros que fleche Psiqué, para assim a mortal se apaixonar pelo ser mais desprezível do mundo. Mas Eros ao se deparar com tal beleza acidentalmente se flecha, apaixonando-se por Psiqué, ele então leva a jovem mortal para um castelo distante dali e oferece-lhe tudo que era desejado, visitando-a todas as noites com a condição de que Psiqué não visse seu rosto. Durante anos o casal viveu bem assim, entretanto quando Psiqué visita as suas irmãs, estas lhe alimentam a curiosidade de ver o rosto do homem com quem vivia. Assim, numa noite, enquanto Eros dormia, Psiqué acende uma lâmpada e se admira ao finalmente conhecer a sua feição, mas desastrosamente deixa que o óleo quente que aquecia a lâmpada o queime, despertando-o. Então, Eros, decepcionado com a infidelidade da amada vai embora. Afrodite ao descobrir tudo, diz a Psiqué que se ela cumprisse quatro tarefas teria o amor de Eros de volta, mas, na verdade, Afrodite tinha o intuito de que a princesa se desgastasse tanto que perdesse sua beleza. No entanto, para surpresa de Afrodite, mesmo depois de cumprir as tarefas Psiqué continua linda e Eros ao saber de todo o esforço da amada, perdoa-a e pede a Zeus que oficialize a união deles e a transforme num ser imortal, tornando-a deusa da alma.

Os mitos, como se pode ver, apresentavam-se como um elemento da linguagem que, a exemplo dos gregos, eram recolhidos pela tradição e se utilizavam da oralidade para disseminar entre os sujeitos que faziam parte daquele cotidiano. Até então, não havia uma preocupação sequer com a autoria e, muito menos, com a sua catalogação. Há relatos de que esses mitos tiveram uma função didática importante na formação da cultura grega e no seu aprendizado. Expressando assim a ideia de homem e sociedade na Grécia Antiga.

Dentro desse processo de construção histórica (Concepção Mítica, sécs. XII a VIII a.C; Arcaico, sécs. VIII a VI a.C), a maneira grega de perceber o mundo que o cerca, e os questionamentos acerca do princípio das coisas, no que passaríamos a chamar de “nascimento da razão”, surgiu, ao certo, diante de vários acontecimentos em seu cotidiano. Mudanças nas suas relações sociais, culturais e políticas, foram essenciais para que potencializasse, em seu meio, a criticidade, o raciocínio e a construção do conhecimento baseado na razão. Vale destacar alguns pontos que, adjunto a chamada época arcaica, no mundo heleno, transformaram a visão do homem: a escrita, a moeda, a lei, a pólis.

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