O Fichamento Transtornos de Personalidade

Transtornos de Personalidade:

O capítulo faz uma apresentação básica dos transtornos de personalidade, apresentando um quadro explicativo com as características de identidade, autodirecionamento, empatia, intimidade e traços de personalidade do transtorno de personalidade antissocial, evitativa, borderline, narcisista, obsessivo-compulsiva e esquizotípica. A seguir, divide nos transtornos de personalidade do Grupo A, com a personalidade paranoide (tipicamente desconfiadas e na defensiva), e esquizoide (com pessoas tipicamente indiferentes a relacionamentos sociais e com dificuldade de expressão emocional) e esquizotípica (pessoas que apresentam comportamento, crenças e aparências estranhas, tendo dificuldade para compreender suas motivações e as intenções e expressões emocionais dos outros). Pessoas do grupo A são caracterizadas como excêntricas, bizarras, incomuns ou peculiares.

Os transtornos de personalidade do Grupo B são caracterizados como dramáticos, emocionais ou erráticos. Dentre eles, há o transtorno de personalidade antissocial (psicopatas ou sociopatas, pessoas impulsivas que não experimentam arrependimento ou remorso por suas ações, com alta capacidade manipulativa devido à falta de empatia, sendo difícil aos outros determinar suas emoções e motivações), e o da personalidade borderline (pessoas com padrão invasivo e controlador, instabilidade de humor e no senso de identidade). A seguir, no Grupo B, são apresentados o transtorno da personalidade histriônica (prazer em ser o centro das atenções) e narcisista (reafirmadas com o reconhecimento alheio, e que se consideram superiores ou boas em níveis irrealistas).

A seguir são apresentados os transtornos do Grupo C, caracterizados como pessoas ansiosas, temerosas ou limitadas. São citados os transtornos de personalidade esquiva (baixa estimativa das habilidades sociais, medo de desaprovação, crítica e rejeição, evitando situações sociais), a dependente (pessoas passivas e dependentes dos amigos ou familiares, incapazes de atuar de forma autônoma) e obsessivo-compulsiva (com perfeccionismo, inflexibilidade, preocupação e rigidez comportamental).

 

Comentários

O transtorno de personalidade antissocial é frequentemente retratado de forma errônea ou estereotipada em filmes, e é importante a colocação de outros meios em que essas pessoas circulam – inclusive algumas sendo extremamente bem-sucedidas e admiradas. Há, entretanto, uma diminuição do papel do ambiente de desenvolvimento dessas pessoas na construção do quadro. Até hoje, sabe-se que, inclusive devido ao sucesso dessas pessoas em determinados meios, a neurociência não tem respostas adequadas à apresentação do quadro, e desconsiderar o meio social na produção de pessoas indiferentes, especialmente considerando o clima de competitividade de criação de crianças e as frequentes experiências de traumas no relato de serial killers sociopatas notórios parece leviano e irresponsável – se a questão é genética, não há o que fazer e não é necessário culpabilizar ou alterar as estruturas sociais. É inegável a presença de traços hereditários ou genéticos, tal qual os estudos apontam, mas isso é, em si, insuficiente para compreender as dimensões da construção do transtorno.

No TPB, novamente, cita-se