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O Lúdico Infantil

Por:   •  9/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  240 Visualizações

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O Lúdico Infantil

Luiz Felipe Marques Santana

  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre as atividades lúdicas da criança, que ela demonstra desde suas primeiras semanas de vida até a adolescência.

Tem como objetivo apresentar de forma descritiva os motivos de a criança brincar, e o porquê de certos tipos de brincadeira. Durante a leitura ficará claro a relação entre o lúdico e o comportamento, a importância da criança desenvolver, praticar e participar de brincadeiras que correspondem à sua respectiva idade (ou não) e os resultados futuros.

  1. DO NASCIMENTO À ADOLESCENCIA

A partir do nascimento até o quarto mês de vida, o interesse da criança se limita quase que exclusivamente à mãe.

Desde o primeiro contato físico com a pele e a amamentação, a criança já reconhece a mãe na qual habitou por nove meses. É muito importante que o bebê tenha esse primeiro contato, a ausência dele acarreta em uma série de problemas ao indivíduo, como doenças da pele e distúrbios no contato com a realidade.

Aos poucos o contato físico vai sendo substituído por outras formas de contato, devido às suas limitações na capacidade motora, a criança encontra outras saídas para explorar o mundo que esta à sua volta. Em seu terceiro mês de vida a criança já reconhece o pai como parte de seu circulo social (que antes era limitado apenas à mãe), um passo muito importante para o desenvolvimento saudável do ser humano.

No quarto mês tem inicio a atividade lúdica na vida da criança. O bebê já é capaz de controlar seus movimentos, pegar objetos que estejam próximos e explorá-los pondo-os na boca, jogando no chão, recuperando o objeto novamente, ou se esconder atrás de um lençol e reaparecer diante de seus pais instantes depois, essas atividades são as formas da criança representar de forma lúdica sua frustração (esconder, perder) de quando a mãe ou o pai se ausentam, e a satisfação (reaparecer, encontrar) de encontrá-los de novo, do mesmo modo em que joga o brinquedo no chão e espera que o adulto o recupere, ela não age com maldade ou com a intenção de manipular os pais, é apenas uma forma de experimentar a dor de perder o que ama e a satisfação de recuperar.

Até o sexto mês a criança já é capaz de reconhecer sons e tentar reproduzi-los.

Ela usa seu próprio corpo, seus brinquedos e outros objetos tentando reproduzir sons, buscando uma forma de tranqüilizar-se. Também é quando começa surgir os primeiros dentes, é o momento em que o bebê explora ainda mais sua agressividade usando os dentes. “Freud ensinava que uma criança brinca não somente para repetir situações satisfatórias mas também para elaborar as que lhe foram traumáticas e dolorosas.” (ABERASTURY, 1992, p.13).

Mais ou menos entre o primeiro e terceiro ano, iniciam-se os intercâmbios sociais na vida da criança. Primeiramente o que atrai as crianças entre si é o foco comum que elas têm em relação aos brinquedos, esse estágio é chamado de estagio orientado para objetos. Mesmo que as crianças estejam brincando entre elas mesmas, o principal interesse são os objetos utilizados na atividade lúdica mútua. O próximo estágio é chamado de estágio de interações humanas, onde a criança tenta controlar a outra de uma forma primitiva, tenta obter o compartilhamento de algum objeto ou algo do seu desejo com a outra criança, nesse estágio o indivíduo está adquirindo sensibilidade ás necessidades e aos sentimentos interpessoais. No terceiro estágio ocorrem intercâmbios mais complexos, envolvendo também uma linguagem oral, esse estágio é conhecido como estágio de interações complementares. Nesse estágio as crianças assumem papéis de igualdade nas brincadeiras, apesar de haver desentendimentos e provocações (tapas, mordidas, imitações ofensivas), as amizades são possíveis.

A aprendizagem que a brincadeira permite concorre para a adaptação do indivíduo a novas situações e a novos ambientes, podendo assim explorar novas oportunidades, interagir com pessoas e objetos, liberar a criatividade, explorar limites e ampliar seu repertório de comportamentos de forma prazerosa e significativa. (FORTUNA, 2004, p.189).

O período de transição entre a infância e a vida adulta que se estende dos treze aos dezoito anos é chamado de adolescência. Passado o tempo de infância, o indivíduo vai adquirindo conhecimento através de suas experiências, ao chegar à adolescência ele já capaz de lidar com idéias abstratas de forma mais lógica do que antigamente. Nesta nova fase, a vida apresenta muitos desafios aos jovens, novos obstáculos que por serem diferentes do habitual se tornam um tanto difíceis, passando a idéia de que a adolescência é uma época cheia de tumulto e turbulência, muitas vezes ela pode ser.

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