O REFLEXO INATO
Por: shjb • 29/10/2018 • Resenha • 1.708 Palavras (7 Páginas) • 761 Visualizações
O REFLEXO INATO
Durante o dia-a-dia, estamos sempre tendo contato com estímulos ambientais que ocasionam respostas rápidas e inconsciente. Essas respostas chamamos de reflexos inatos, ou seja, as alterações no ambiente produzem alteração no organismo.
Todas as espécies animais apresentam comportamentos que não são aprendidos, mas já nascem sabendo, os reflexos inatos, que são uma preparação mínima, que os organismos adquirem para interagir com o meio e podem ter mais chances de sobrevivência. Podemos citar como exemplo o ato de sucção de um recém-nascido no seio da mãe.
No dia-a-dia, utilizamos o termo reflexo para definir agilidade de movimento. Porém, em Psicologia, usamos a palavra reflexo para definir a relação que existe entre estímulo e resposta.
Reflexo, estímulo e resposta
Para que se possa entender reflexo, há a necessidade de compreensão dos termos estímulo e resposta, já que aquela é a relação entre estas. Quando falamos sobre comportamento reflexos, estímulo e resposta adquirem significados diferentes, pois estímulo é uma parte ou mudança em uma parte do ambiente; resposta é uma mudança no organismo.
Podemos citar os seguintes eventos como exemplos de reflexos:
• Estímulo – Resposta
• Fogo próximo a mão – Contração do braço
• Martelada no joelho – Flexão da perna
• Alimento na boca – Salivação
• Barulho estridente – Sobressalto
Quando nos referimos a reflexo, refere-se as relações entre estímulo e resposta que especificam que determinada mudança no ambiente determina uma mudança no organismo, ou seja, o reflexo é uma relação entre um estímulo e uma resposta na qual o estímulo elicia uma resposta.
Intensidade do estímulo e magnitude da resposta
Tanto intensidade como magnitude referem-se ao quanto de estímulo (intensidade) e ao quanto de resposta, ou a força do estímulo e à força da resposta. Quanto maior a intensidade do estímulo, maior a magnitude da resposta.
Leis (ou propriedades) do reflexo
Ao longo dos três últimos séculos, vários pesquisadores estudaram os reflexos inatos de humanos e não-humanos, buscando compreender melhor esses comportamentos e identificar suas características principais e seus padrões de ocorrência.
Estes pesquisadores buscaram identificar relações constantes entre os estímulos e as respostas por eles eliciadas que ocorressem da mesma forma nos ais diversos reflexos e nas mais diversas espécies. Essa relação entre estímulo e resposta são chamadas de leis (ou propriedades) do reflexo.
Lei da intensidade-magnitude
A lei da intensidade magnitude estabelece que a intensidade do estímulo é uma medida diretamente proporcional a magnitude da resposta, ou seja, em um reflexo, quanto maior a intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta.
Lei do limiar
Esta lei estabelece que, para todo reflexo, existe uma intensidade mínima do estímulo necessária para que a resposta seja eliciada. Um choque elétrico, por exemplo, é um estímulo que elicia a resposta de contração muscular. Porém, vale ressaltar que valores abaixo do limiar não eliciam respostas.
Lei da latência
A latência é um nome dado entre dois eventos. No caso dos reflexos, latência é o tempo decorrido entre apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta. A lei da latência estabelece que, quanto maior a intensidade do estímulo, menor a latência entre a apresentação desse estímulo e a ocorrência da resposta.
Efeitos de eliciações sucessivas das resposta: Habituação e potenciação
Quando um mesmo estímulo é apresentado várias vezes em curtos intervalos de tempo, na mesma intensidade, podemos observar um decréscimo na magnitude da resposta.
Quando um determinado estímulo que elicia uma determinada resposta, é apresentado ao organismo várias vezes seguidas em curtos intervalos de tempo, observamos algumas mudanças nas relações entre o estímulo e a resposta.
Os reflexos e o estudo de emoções
Um aspecto extremamente relevante do comportamento humano são as emoções (medo, alegria, raiva, tristeza, excitação sexual, etc.). Muitas emoções que sentimos são respostas reflexas a estímulos ambientais. Por esse motivo, é tão difícil controlar uma emoção; é tão difícil quanto não querer chutar quando o médico dá uma martelada em nosso joelho.
Não sentimos medo, alegria ou raiva sem motivo, sentimos essas emoções quando algo acontece. Mesmo que a situação que causa uma emoção não seja aparente, isso não quer dizer que ela não exista, podendo ser até mesmo um pensamento, uma lembrança, uma música, etc.
Em algum momento da evolução da espécies, ter determinadas respostas emocionais em função da apresentação de alguns estímulos mostrou ter valor de sobrevivência.
O REFLEXO APRENDIDO: CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO
A descoberta do reflexo aprendido: Ivan Petrovich Pavlov
Ivan Petrovich Pavlov, ao estudar reflexos biologicamente estabelecidos (inatos), observou que seus sujeitos experimentais (cães) haviam aprendido novos reflexos, ou seja, estímulos que não eliciavam determinadas respostas passaram a eliciá-las.
O experimento clássico de Pavlov sobre a aprendizagem de novos reflexos foi feito utilizando-se um cão como sujeito experimental (sua cobaia), carne e o som de uma sineta como estímulos, e a resposta observada foi a de salivação.
O que Pavlov fez foi emparelhar (apresentar um e logo em seguida o outro), para o cão, a carne (estímulo que naturalmente eliciava a resposta de salivação) e o som da sineta (estímulo que não eliciava a resposta de salivação), medindo a quantidade de gotas de saliva produzidas (resposta) quando os estímulos eram apresentados. Após cerca de 60 emparelhamentos dos estímulos (carne e som da sineta), Pavlov apresentou para o cão apenas o som da sineta, e mediu a quantidade de saliva produzida. Ele observou que o som da sineta havia eliciado no cão a resposta de salivação. O cão havia aprendido um novo reflexo: salivar ao ouvir o som da sineta.
Vocabulário do condicionamento Pavloviano
Quando
...