O SERVIÇO SOCIAL SOB VISÃO HISTÓRICA E CONTEMPORÂNEA
Por: Psicaloura Chernobyl Esthefany Borges • 2/7/2022 • Dissertação • 2.689 Palavras (11 Páginas) • 107 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL DE CAMPOS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
O SERVIÇO SOCIAL SOB VISÃO HISTÓRICA E CONTEMPORÂNEA: A influência da contemporaneidade e historicidade no movimento de renovação e reconceituação do serviço social .
LETÍCIA MEDEIROS CASCARDI; LÍLIAN MARIA FÉRRAS DA MOTTA SOARES
Campos dos Goytacazes, RJ
2021
O SERVIÇO SOCIAL SOB VISÃO HISTÓRICA E CONTEMPORÂNEA: A influência da contemporaneidade e historicidade no movimento de renovação e reconceituação do serviço social .
LETÍCIA MEDEIROS CASCARDI; LÍLIAN MARIA FÉRRAS DA MOTTA SOARES
Relatório Síntese Preliminar apresentado à disciplina de “Fundamentos Fundamentos Históricos Teórico-Metodológicos do Serviço Social IV”, da Universidade Federal Fluminense, Departamento de Serviço Social de Campos, como requisito de avaliação parcial.
Período: 5º
Semestre: 2021.1
Campos dos Goytacazes, RJ
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
DESENVOLVIMENTO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS 15
REFERÊNCIAS 17
INTRODUÇÃO
Esta síntese aborda os conteúdos citados no tópico 1 do programa da disciplina, de Fundamentos Históricos Teórico-Metodológicos do Serviço Social IV, sendo esses conteúdos o livro O Serviço Social na Contemporaneidade de IAMAMOTO, Marilda Villela, outro livro A construção do projeto ético-político do Serviço Social de NETTO, José Paulo, e quatro outros vídeos citados nas referências desta síntese.
Tendo em vista essas referências, os assuntos mais explorados a seguir serão o projeto ético-político hegemônico com enfoque a partir da década de 1990, as bases que fazem parte e criaram o debate sobre o Serviço Social a partir dos anos 1990 e a intenção de ruptura e o seu significado social da profissão na lógica da produção e reprodução da vida social capitalista, sendo a profissão como um objeto de análise.
DESENVOLVIMENTO
No texto, Adeus ao Trabalho de Ricardo Antunes, conseguimos identificar uma série de detalhes e diferenças que começam a fazer parte de um Capitalismo Central Contemporâneo. De início vemos a classe operária industrial tradicional entrando em declínio, e conforme acontece a diminuição, o trabalho assalariado começa a crescer por conta do setor de serviços. As mulheres começam a fazer parte de uma nova incorporação, a heterogeneização se faz presente, essa classe trabalhadora não é mais uma classe exclusivamente masculina.
Apesar desses fatores ditos acima, uma subproletarização intensificada toma espaço no capitalismo contemporâneo, essa subproletarização torna-se presente no trabalho temporário, parcial, subcontratado, “terceirizado”, precário. De acordo com o passar da síntese, cada subproletarização dessa ficará mais destrinchada.
A mais difícil transformação a se lidar, foi o desemprego estrutural que crescia de forma errônea. De um lado havia a redução da classe operaria industrial e fabril, e do outro lado o aumento do subproletariado, esse grupo de pessoas oferece sua força de trabalho no mercado, mas de uma forma que o seu salário acaba sendo muito abaixo do que deveria receber, dificultando assim as condições normais de vida.
A complexificação da classe trabalhadora também começa a acontecer, mulheres fazem parte dessa nova incorporação, mas os mais jovens e os mais idosos são excluídos, fazendo a heterogeneização, a fragmentação e a complexificação andarem lado a lado.
Uma grande oscilação na força de trabalho ocorre nos países, principalmente países de capitalismo avançado, por conta da desproletarização do trabalho industrial, esses operariados industriais começaram a diminuir de forma significativa e uma das explicações dadas por especialistas, é a Revolução Tecnológica. A automação, a robótica e a microeletrônica, nas indústrias faz com que ocorra dezenas de milhares empregos eliminados, dados de empresariados japonês apontam que o objetivo dos mesmos é eliminar o máximo que puderem do trabalho manual nas industrias japonesa até o final deste século, o que se pode entender disso é que muitos trabalhadores perderão seus empregos, gerando uma redução e um desemprego estrutural.
A subproletarização causa a precarização dos empregos e consequentemente a sua remuneração, normas legais não são mais respeitadas e os direitos desses trabalhadores são atingidos. No texto, tem-se exemplos de que apesar de haver a redução de empregos por tempo completo, há também um crescimento nos empregos em tempo parcial, o que quer dizer que os atuais mercados de trabalho querem uma mão de obra que entra mais facilmente e que é demitida sem grandes custos. Muitos desses trabalhadores seja eles masculinos ou femininos de tempo parcial, sofrem com condições precárias, onde a sociedade atual é chamada de sociedade dual. O que não pode deixar de lembrar é que a classe-que-vive-do-trabalho é tanto feminina quanto masculina.
Outra variante a se exemplificar é que ocorre um intenso processo de assalariamento dos setores médios, o que se dá por conta da expansão do setor de serviços, setor esse o terciário, onde há atividades de prestação de serviços e de comércio, o setor mais comum. E para finalizar essas consequências, existe a redução no número de operariado industrial que já foi dita acima, mas junto com essa redução há uma alteração qualitativa no ser do trabalho, um lado incentiva a qualificação e outro a desqualificação.
Temos então na qualificação, a substituição do trabalho vivo pelo trabalho morto, trabalho vivo esse que o trabalhador fazia a sua grande maioria de forma manual, sem ajuda da tecnologia, e trabalho morto sendo o mais atual, tendo como característica o trabalho do homem invisível, onde o homem trabalha não mais transforma materiais de formas direta, o homem passa a trabalhar na máquina supervisando e regulando, e a máquina trabalha por ele.
A riqueza deixa de ser dependente do tempo de trabalho e da quantidade de trabalhadores, pois a máquina é capaz de fazer de forma ágil, o que muitos trabalhadores levariam dias para produzir. O valor de uso e valor de troca perdem suas marcantes características após essa nova forma de produzir das grandes indústrias, e o trabalho excedente cresce enquanto o tempo de trabalho necessário diminui.
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