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O lúdico na educação infantil

Por:   •  7/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  665 Palavras (3 Páginas)  •  182 Visualizações

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A psicologia escolar tem uma história recente no Brasil, sendo que no século XX a principal característica da atuação em psicologia escolar foi o caráter remediativo com o qual se tratavam os problemas de desenvolvimento e aprendizagem, devidas as fortes influencias da medicina e ao aspecto clinico que essa ciência se consolidou. Tendo isso em vista, predominava-se o enfoque psicométrico, diagnósticos e encaminhamento para os serviços especializados, levando a uma patologização das dificuldades do processo de escolarização, dando um enfoque totalmente biológico a esses problemas, quando na verdade o processo de desenvolvimento em geral, também envolve o ontogenético e o sociocultural do indivíduo.

A partir da consciência que o ser humano é um ser biopsicossocial, essa lógica unicamente fisiológica cai, e a psicologia escolar começa a ter crises quando vê que suas intervenções não trazem resultados a demanda, e iniciam-se as discussões acerca da área de atuação. Em 1990, é criada a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) que contribui para as discussões e evidencia junto à comunidade o incomodo com as práticas psicológicas aplicadas no contexto escolar, mostrando a necessidade de rever os procedimentos e a forma de atuação desse psicólogo, que se baseava em um modelo clínico. Segundo Souza (2004, p.35):

... é o reflexo de uma visão de mundo que explica a realidade a partir de estruturas psíquicas e nega as influências e/ou determinações das relações institucionais e sociais sobre o psiquismo, encobrindo as arbitrariedades, os estereótipos e preconceitos de que as crianças das classes populares são vítimas no processo educacional e social.

A partir disso, a prática do psicólogo vai sendo ressignificada e adotam posturas que envolvam o comprometimento com o desenvolvimento social e a inclusão, na formação de professores e construção do projeto pedagógico da escola, a adoção de experiências de estágios baseadas em metodologias de pesquisa-ação – praticas baseadas em evidencias em Psicologia -, o trabalho relacionava-se mais a questões de prevenção e de desenvolvimento do coletivo.

Sendo assim, a intervenção psicológica no contexto atual, precisa adotar uma perspectiva preventiva que se comprometa com as transformações sociais e evidencie as contradições entre as práticas educativas e as demandas dos sujeitos neste contexto. Trabalhando em prol da conscientização de indivíduos, o psicólogo se coloca como mediador no desenvolvimento humano nos contextos educativos e seu trabalho pode abranger não somente os alunos, mas a equipe pedagógica, a instituição como um todo e à família, promovendo a cidadania e uma sociedade mais justa.

Na avaliação da demanda, os instrumentos geralmente utilizados são: observação (participante, de contexto e interativa), entrevistas (individuais e coletivas), questionários, memorial, oficinas e grupos focais. A participação do psicólogo se mostra frequente também frente a queixas escolares, exclusão, bullying e discriminação, a melhoria na relação família-escola, políticas públicas e problemas de aprendizagem, e não só na escola, mas em outros contextos institucionais comprometidos com a educação que asseguram uma responsabilidade socioeducativa como creches, serviços de educação e saúde, ONGs, serviços culturais e outras instituições de cunho educativo

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