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PSICOLOGIA EM AÇÃO: PSICOLOGIAS X MAL DE ALZHEIMER

Por:   •  26/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.507 Palavras (11 Páginas)  •  470 Visualizações

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FERNANDA MOTTA

PSICOLOGIA EM AÇÃO: PSICOLOGIAS X MAL DE ALZHEIMER

Salvador

Junho, 2014

FERNANDA MOTTA

PSICOLOGIA EM AÇÃO: PSICOLOGIAS X MAL DE ALZHEIMER

                                             

Trabalho sobre a relação dos diversos ramos da Psicologia com a doença Mal de Alzheimer, apresentado à disciplina Psicologia, Ciência e Profissão, da Universidade Salvador, sob orientação da Profª Jaqueline Vianna.

Salvador

Junho, 2014

INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa explanar a relação que a Psicologia em geral pode ter com a doença Mal de Alzheimer. Essa relação foi feita com base nos temas apresentados nas oficinas referentes à disciplina Psicologia, Ciência e Profissão, em sala de aula: Psicologia Organizacional, Psicologia Social, Psicologia do Trânsito, Psicologia Educacional, Psicologia Jurídica, Psicologia Clínica e Psicologia do Esporte e no seminário de doenças neurodegenerativas, com o Mal de Alzheimer, apresentado à disciplina Sistema Nervoso.

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL X ALZHEIMER

As possibilidades de atuação de um psicólogo organizacional sobre um paciente de Alzheimer não são muitas, mas essa atuação pode se dar em um possível ambiente de trabalho, onde é necessário o acompanhamento constante com ele e seus colegas de profissão, para que não existam problemas de rejeição, por exemplo. Este acompanhamento pode ser feito individualmente ou com a aplicação de dinâmicas e testes que motivem a coletividade e compreensão para com o outro.

Quando o paciente atinge um nível da doença em que já não é mais possível exercer o trabalho, a presença de um psicólogo para a sua saída da empresa é muito importante, já que é extremamente difícil, mas essencial o processo de aceitação desse momento e dessa invalidez.

PSICOLOGIA SOCIAL X ALZHEIMER

Sendo o objeto de estudo da psicologia social o comportamento do indivíduo quando interage com outros e a reação do grupo diante deste comportamento, este ramo da psicologia procura entender o que o convívio social ou a falta deste afetam na evolução da doença de Alzheimer, a qual traz prejuízos cognitivos que podem dificultar a comunicação entre o doente e a família. O tratamento da doença de Alzheimer está fortemente ligado à Psicologia Social, que busca manter ou resgatar uma parte da interação entre a família e o paciente, e com as pessoas ao seu redor, que é perdida com a evolução da doença e estudar os benefícios trazidos por essa interação.

A doença de Alzheimer é uma degeneração e por isso não há ainda possibilidade de resgate dessas perdas cognitivas, porém, estudos apontam para fatores que retardam a  sua evolução, sendo as atividades sociais um desses fatores. Principalmente no início, quando é comunicado aos familiares o prognóstico da doença, pode ocorrer um afastamento, muitas vezes abrupto, desses para com o doente, na falsa crença de que existe uma perda total de comunicação entre eles. Essa atitude pode gerar um quadro de depressão no doente muito comum de acontecer, quando a inconstância no humor é um dos sintomas. Diante de um problema desses, é imprescindível a interferência do psicólogo que oriente e habilite a família a como lidar com o paciente para que a convivência seja agradável para ambos.

A intervenção feita pelo psicólogo para melhorar o convívio social do enfermo apresenta-se na promoção de atividades de lazer e culturais que despertem o interesse do enfermo. É uma boa sugestão que as pessoas próximas observem quais são essas situações, para que haja um aproveitamento nesses momentos. Um exemplo de situação adversa a esse resultado esperado é quando são expostos a lugares muito movimentados, pois o excesso de estímulos paralelos pode confundir o doente. Ambientes mais calmos são a melhor opção para que a parte emocional do paciente mantenha-se mais estabilizada.

Não apenas o enfermo é alvo da Psicologia Social. Quando falamos no estudo da interação, a Psicologia Social busca melhorar todos os envolvidos nessa doença, assim como a família. É difícil para os familiares presenciarem situações  de esquecimento, desorientação e tantas outras mudanças que acometem o doente de Alzheimer, e tendem a adoecer também as pessoas próximas a ele. Há, no entanto, maneiras de tornar essa comunicação prazerosa para ambos os lados: resgatar histórias antigas que envolvam lembranças com significado para a família como um todo, acompanhamento nas atividades e cuidado com o idoso e o contato físico afetuoso são tarefas que podem tornar o relacionamento agradável.

Num estágio final da doença, onde as perdas cognitivas não possibilitam mais nenhuma interação, a união familiar é que confortará, para que ocorra a aceitação da perda do doente.

PSICOLOGIA DO TRÂNSITO X ALZHEIMER

A Psicologia no Trânsito estuda o comportamento dos pedestres, de todas as idades, do motorista amador e profissional, do motociclista, dos ciclistas e todos aqueles que se inserem nesse contexto. Esses comportamentos são os processos de atenção, detecção, diferenciação e percepção à tomada e os processamentos de informações, a memória a curto e longo prazo.

A doença de Alzheimer, numa fase inicial, inclui dificuldades relacionadas à memória e a outras funções importantes para a realização do ato de dirigir, como a orientação espacial, que fica prejudicada, a percepção, que é mais lenta, principalmente a atenção visual, dificultando o tempo de reação das respostas. No primeiro estágio, uma pessoa com essa doença pode até ainda conseguir dirigir, embora provavelmente tenha esquecido o caminho para determinado local, entretanto, com o passar das fases, essa pessoa esquecerá até mesmo as ações essenciais para tal ato, como pisar na embreagem, engatar a primeira marcha, etc.

Dirigir um veículo requer muita atenção e cautela, então o Psicólogo do Trânsito pode trabalhar com um paciente de Alzheimer, conscientizando-o que ele precisa de cuidado diário, auxílio e acompanhamento quando sair de casa de carro, tirando lentamente a possibilidade dele dirigir, pois, se tira no mesmo momento em que a doença for diagnosticada, estaria acabando com uma grande parte da sua independência, visto que as respostas emocionais são muito negativas e o processo de adaptação a essa mudança tão grande é muito difícil. Além disso, deve-se orientar também a família do paciente.

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