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Psicologia Na Ditadura

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Por:   •  26/3/2015  •  323 Palavras (2 Páginas)  •  1.013 Visualizações

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No Brasil, de 1970 a 1974, vivemos o pior momento da Ditadura Militar – se é que podemos dizer que existe pior momento em uma ditadura. O período ditatorial no Brasil pode ser dividido em momentos. De 1964 a 1968, ou seja, até o AI-5 (Ato Institucional nº 5), havia censura, perseguição e prisão, mas não da forma violenta como depois se instaura. Em dezembro de 1968, há o AI-5, que chamamos de “golpe dentro do golpe”. É realmente a ditadura sem disfarces, a implantação do terrorismo de Estado. Ou seja, o Estado brasileiro passa a usar a tortura como instrumento oficial de sua política. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia surgem justamente nesse momento, num momento em que, segundo os historiadores, houve o governo que mais torturou e matou durante toda a República: o governo de Emílio Garrastazu Médici

Então, é nesse contexto terrível que surgem o Conselho Federal e os Regionais. Tanto que o CFP homenageou o Médici. Temos que contar isso, como a Psicologia andou de mãos dadas com a ditadura, não só pelas práticas dos psicólogos. Temos que tentar mostrar que a prática da Psicologia fez parte de uma história e que, naquele momento, a prática hegemônica da Psicologia era andar de mãos dadas com a ditadura. Minha tese de doutorado é sobre a Ditadura e a Psicologia e eu descobri o que foi chamado de “Perfil Psicológico do Terrorista Brasileiro” – esse era o nome do projeto. Assim, a Psicologia serviu à ditadura para dizer que aqueles que se opunham ao regime militar eram pessoas desestruturadas, desajustadas, pessoas que vinham de famílias problemáticas

Mas sabemos que a Psicologia serviu à ditadura. Não só os que colaboraram diretamente, mas também os que ignoravam o tipo de país em que estávamos vivendo e exerciam práticas extremamente fascistas e conservadoras – o que, infelizmente, ainda há na Psicologia. Essas práticas estão aí e estamos em luta contra elas

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