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Psicologia das massas e análise do eu

Por:   •  14/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.477 Palavras (14 Páginas)  •  943 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS - UNIPAM

A VIDA MENTAL COLETIVA

AS CONTRIBUIÇÕES DE SIGMUND FREUD

André Rangel, Ana Luisa Santana, Breno Pacheco, Julia Braga, Lucas Costa, Natália Maria, Silvia Lacerda, Thamires, Verônica Melo, Victoria Philipino e Viviane Gomes.

23 de Setembro de 2016

O trabalho realiza uma revisão bibliográfica a fim de apanhar as informações e discutir as contribuições de Sigmund Freud para a vida mental coletiva.


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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM

CURSO: Psicologia

DISCIPLINA: Dinâmica e intervenção em Grupos

PROFESSORA: Maria Bethania

SEMINÁRIO SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DE SIGMUND FREUD NA VIDA MENTAL COLETIVA

ANDRÉ RANGEL DE MENDONÇA GOMES

ANA LUISA SANTANA BORGES

   BRENO DOS SANTOS PACHECO

JÚLIACAMARGOS BRAGA

LUCAS COSTA DE ALMEIDA                                                            

NATÁLIA MARIA PEREIRA CAIXETA

SILVIA C. R. DE QUEIROZ LACERDA                                                                                        

THAMIRES CAROLINA DE OLIVEIRA RIBEIRO

                            VERONICA SILVA MELO

                                                                                             VICTÓRIA PHILIPINO

VIVIANE APARECIDA GOMES

PATOS DE MINAS

2016

Resumo: Cada indivíduo faz parte integrante de numerosos grupos e estabelece vínculos de identificação em muitos sentidos; constrói seu ideal de ego de acordo com os modelos mais variados e partilha de mentes grupais. Objetiva-se realizar uma revisão bibliográfica a fim de apanhar informações e discutir as contribuições de Sigmund Freud para a vida mental coletiva. Existem diferenças e semelhanças entre as teorias de autores relevantes ligados a sociologia e a psicologia a respeito de Psicologia Social e Individual. Freud defende algumas ideias contrárias as de autores como Le Bon, Durkheim e MacDougall, principalmente, ao não separar a psicologia social da psicologia individual e ao se posicionar contra a ideia de que a sugestão era capaz de explicar de maneira ampla o comportamento e fenômenos dos grupos sociais. Além disso, o pai da psicanálise também acrescentou conceitos como pulsão de morte e pulsão de vida. Dessa forma, a psicanálise juntamente com outras vertentes sociológicas, vem tentando mostrar que a humanidade não é apenas uma aglomeração de indivíduos e que os indivíduos não são partes independentes dessa sociedade.

Palavras-chave: Freud, psicanálise,psicologia social.

Introdução

Um grupo é um conjunto de pessoas capazes de se reconhecer em sua singularidade e que estão exercendo uma ação interativa com objetos compartilhados. Dessa interação surgem fenômenos que são denominados fenômenos grupais. Existem grupos espontâneos, como grupo de amigos, e grupos organizados, com objetivos específicos (COUTINHO et al., 2013).

Os grupos foram e ainda são estudados por diversos autores.  Um desses autores que se destacam é Sigmund Freud conhecido também como o pai da psicanálise. Freud deu valiosas contribuições para o estudo dos grupos, tema ao qual ele deu grande importância. De acordo com Fernandes (2003), dentre essas contribuições, destacam-se cinco trabalhos: As perspectivas futuras da terapêutica psicanalítica (1910); Totem e tabu (1913); Psicologia das massas e análise do ego (1921);O futuro de uma ilusão (1927) e O Mal-estar na civilização (1930).

Para ele a humanidade representa o renascimento dos humanos primitivos. E assim como esse ancestral existe virtualmente em cada ser humano, também toda a humanidade pode reviver essa horda ancestral. Assim temos a psicologia coletiva como a psicologia mais antiga (FREUD, 1912/1973, p. 2596 apud ÀVILA, 2009).

Freud afirma que a Psicologia Individual é também Psicologia Social ou Coletiva, pois ele considerava que o individual e o social integram um único sistema. Mesmo quando uma pessoa está sozinha, ainda há a presença do outro nela. Sendo assim, o sujeito é indissociável do social. No entanto quando ocorre a formação de massa, o indivíduo inserido nela passa a pensar, sentir e agir de maneira diferente de quando se encontra só(LEOLPODINO; OLIVEIRA, 2006). Em outras palavras, no grupo, o indivíduo se vê capaz de coisas que enquanto só, eram apenas potencialidades. Assim, o grupo é mais que um conjunto de sujeitos, sabendo que o sujeito em um grupo é mais que um sujeito isolado (BION, 1970, p. 81 apud ÀVILA, 2009).

Através disso percebe-se que para Freud, a oposição entre psicologia individual e psicologia social perdia o seu fundamento se examinada de maneira detalhada. De acordo com esse autor, a psicologia individual é ao mesmo tempo social, visto que, na vida psíquica individual, o outro funciona como modelo, objeto, auxiliador e adversário. Por isso, Freud defendia a ideia de que as relações, de uma maneira geral, que até certo momento eram analisadas apenas pela visão psicanalítica, poderiam ser também considerados fenômeno sociais (FREUD, 1973). É certo que a psicologia individual se dirige ao ser humano particular, investigando os caminhos pelos quais ele busca obter a satisfação de seus impulsos instintuais, mas ela raramente, apenas em condições excepcionais, pode abstrair das relações deste ser particular com os outros indivíduos. Freud usa o termo massa em diversos sentidos, corresponderiam a grupo, aglomeração, multidão, agrupamento, entre outros (JESUS, 2013).

Para conceber uma concepção psicanalítica dos grupos deve-se apresentar a necessidade de uma nova ideia do eu individual. A teoria dos grupos entende que o indivíduo é formado por seus relacionamentos, ou seja, pelas relações que o cercam desde antes de seu nascimento e que se adicionam a todas as que ele vivência ao longo de sua existência. Estas relações o estabelecem em seu próprio aparelho psíquico, em sua identidade, em suas ações, em tudo o que o diferencia enquanto sujeito concreto. Estas são referências da teoria psicanalítica que as teorias voltadas aos estudos de grupo confirmam e fundamentam (ÀVILA, 2009).

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