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RELATÓRIO SOBRE A VISITA AO ABRIGO DR. BALDUÍNO

Por:   •  14/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.132 Palavras (5 Páginas)  •  1.253 Visualizações

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CURSO DE PSICOLOGIA

CAMILA VIEIRA

CELIANE SANTANA

GINELE

JESSICA LUANA

LUISA PAIVA

PAULA MACHADO

RELATÓRIO SOBRE A VISITA AO ABRIGO DR. BALDUÍNO

ILHÉUS

ABRIL - 2017

RELATÓRIO

No dia primeiro de abril, os alunos do quarto semestre de psicologia da faculdade de Ilhéus fizeram uma visita ao abrigo Dr. Balduíno para observar a vivencia dos idosos que residem no local. A fundação Dr. Balduíno Lopes de Azevedo foi iniciada em abril de 1988 e em primeiro momento, a instituição não pretendia atuar como abrigo de idosos e sim acolher crianças carentes do bairro de Fátima por meio de uma creche, mantendo-as em aulas normais e funcionando como um semi-internato; em 1990, foi inaugurada a escola Dr. Aníbal Muniz, que após 10 anos encerrou suas atividades por um alto índice de evasão escolar. Após o encerramento da escola, o medico e presidente, Dr. Balduíno viu a necessidade de centrar suas atenções para a assistência de idosos carentes, e sendo assim, foram construídos: quartos, apartamentos e enfermarias; e, para uma maior assistência aos idosos, foram compradas as casas ao lado, ampliando o local em 1992, tornando-se abrigo. Porém, foi somente a dois anos que o abrigo conseguiu fornecer uma real acessibilidade ao idoso, com mais uma ampliação e a construção de rampas de acesso, por conta do declínio na psicomotricidade e mobilidade do idoso.

Hoje em dia, o abrigo Dr. Balduíno tem como objetivo principal atender as pessoas carentes da região através de serviços assistenciais com o intuito de minimizar o sofrimento dos necessitados, ainda conta com a creche para crianças de um a quatro anos e no terceiro andar há uma casa de apoio para pacientes portadores de HIV/AIDS que não possuem condições para pagar hospedagem, que passam os dias que recebem tratamento no abrigo.

A rotina dos idosos residentes no local é basicamente a que vimos no dia da visita; eles passam a maior parte do dia sentados, nos momentos de refeição os que ainda tem o sistema psicomotor reservado se locomovem até o refeitório, já os mais debilitados, seja pela idade ou por alguma demência e/ou enfermidade instalada, são levado a ele por um dos funcionários, o que reflete na socialização do idoso, pois muitos se mantem no mesmo lugar de segunda a segunda.

 O grupo conversou com Maria José, que teve os dedos dos pés amputados por conta da diabetes e por isso tem a mobilidade reduzida. Ela reside no primeiro andar do abrigo, sendo assim, não consegue se locomover para ter a socialização necessária e passa os dias em frente à TV, enquanto parentes não vem visitá-la. Foi perguntado a Maria José sua idade, porem a mesma não soube responder, dizendo "que fazia tanto tempo que ela estava sentada ali, que nem contava mais".

A maioria dos funcionários da instituição são bem antigos, como Darci, funcionaria da instituição há 11 anos, na área de serviços gerais. O abrigo só tem um médico, que é o próprio Dr. Balduíno, que reside em um andar superior da instituição e o enfermeiro, filho dele, são 42 funcionários no geral - Enfermeiros, Técnicos em enfermagem, cozinheiros e serviços gerais. A instituição não conta com nenhum psicólogo contratado, porém, recebe a colaboração voluntária do professor Paulo Teixeira, e também de um outro psicólogo que tem ido recentemente. Além do estágio na área de estimulação cognitiva que os alunos de psicologia da FTC realizam por lá, durante parte do ano, oferecem até mesmo oficinas de atividades, que podem ser visualizadas nos quartos dos idosos.

O abrigo tem é mantido por doações da sociedade em geral, sejam de pessoas físicas ou jurídicas por fins filantrópicos, mesmo assim, os idosos no abrigo passam necessidades, muito mais ligadas a falta de afetividade do que financeiras ou alimentares. Os sábados no abrigo quase sempre são dias diferenciados, pois muitas vezes, os idosos assistidos por suas famílias recebem visitas, como também de grupos religiosos e ações sociais.

Em todas as terças feiras a instituição recebe a visita de um grupo espírita, que leva um café da tarde por volta das 16 horas, promovendo palestras e atividades, e às quintas feiras o mesmo grupo espírita deixa o café apenas para que os funcionários sirvam. Às sextas feiras, outro grupo também oferece o café, aos sábados, um professor vai visitá-los, e uma vez ao mês tem um grupo religioso que realiza um culto no abrigo. Segundo Jô, enfermeira chefe da instituição, quase todos os dias os idosos recebem visitas, e a socialização deles se resume a isso: relações entre os próprios idosos, que dependem do nível de mobilidade dos mesmos, conversas com funcionários e familiares, estes quando presentes, e na participação de atividades com os grupos que visitam o local.

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