RESENHA - UMA NOTA SOBRE O INCONSCIENTE NA PSICANÁLISE
Por: Isabela Oliveira • 15/11/2017 • Resenha • 811 Palavras (4 Páginas) • 1.373 Visualizações
UMA NOTA SOBRE O INCONSCIENTE NA PSICANÁLISE (1912)
No texto Uma nota sobre o inconsciente na psicanálise, o autor Sigmund Freud, propõe três significados relacionados ao termo inconsciente na psicanálise.
No primeiro significado ao termo inconsciente, Freud traz uma acepção descritiva que seria: “que se ache agora presente em minha consciência pode tornar-se ausente no momento seguinte, e novamente presente, após um intervalo, imutada, e, como dizemos, de memória, não como resultado de uma nova percepção por nossos sentidos.” (FREUD, 1912). Logo após essa parte o autor traz o significado de consciente que é o que está no momento na nossa consciência o que nos damos conta. Por isso, o inconsciente é o que não estamos cientes, mas que existe e admitimos isso.
Após essa acepção descritiva, Freud cita o experimento realizado por Bernheim que consistiu em:
uma pessoa é colocada em estado hipnótico e subseqüentemente despertada. Enquanto se encontrava no estado hipnótico, sob a influência do médico, foi-lhe ordenado executar determinada ação num certo momento fixado após seu despertar, digamos meia hora mais tarde. Ela desperta e parece plenamente consciente e em seu estado normal; não tem lembrança do estado hipnótico e, contudo, no momento predeterminado, aparece-lhe na mente o impulso a fazer tal tipo de coisa, e ela o faz conscientemente, embora sem saber por quê. (FREUD, 1912)
A partir desse exemplo o autor traz uma acepção dinâmica para o termo inconsciente que foi ativa pelo fato que a ordem dada pelo médico foi executada mas não foi um ato consciente pois foi uma ação ordenada durante a hipnose.
Depois da conclusão desse exemplo Freud (1912) cita a teoria dos fenômenos histéricos para mostrar que: “uma ideia latente ou inconsciente não é, necessariamente, uma ideia fraca, e que a presença dessa ideia na mente admite provas indiretas do tipo mais convincente, equivalentes à prova direta fornecida pela consciência.” Com isso o autor mostra que há diferentes tipos de ideias latentes ou inconscientes, pois há certas ideias latentes que não penetram na consciência e por isso são chamadas de ideias pré-conscientes. Já o termo inconsciente seria: “não apenas as idéias latentes em geral, mas especialmente ideias com certo caráter dinâmico, idéias que se mantêm à parte da consciência, apesar de sua intensidade e atividade.” (FREUD, 1912)
Freud depois de falar sobre as ideias pré-conscientes e o inconsciente, traz a diferença entre esses termos que consiste em:
A teoria mais provável que pode ser formulada, neste estádio de nosso conhecimento, é a seguinte. A inconsciência é uma fase regular e inevitável nos processos que constituem nossa atividade psíquica; todo ato psíquico começa como um ato inconsciente e pode permanecer assim ou continuar a evoluir para a consciência, segundo encontra resistência ou não. A distinção entre atividade pré-consciente e inconsciente não é primária, mas vem a ser estabelecida após a repulsão ter surgido. Somente então a diferença entre idéias pré-conscientes, que podem aparecer na consciência e reaparecer a qualquer momento, e idéias inconscientes, que não podem fazê-lo, adquire um valor tanto teórico quanto prático. (FREUD, 1912)
Depois dessa diferenciação entre ideias
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