Reforma Sanitária
Por: Monalysa Gabriela • 5/10/2017 • Trabalho acadêmico • 2.371 Palavras (10 Páginas) • 292 Visualizações
Síntese do seminário: Reforma Sanitária
Discentes: Dilvanir Rodrigues, Dulcinda Ferreira, Helaine Cristina, Júlia de Paula, Maria da Conceição, Maria do Socorro, Monaliza Gabriela, Rita Cássia e Tayná Rosa
Disciplina: Saúde coletiva e Promoção da Saúde
Docente: Walquíria Lene dos Santos
CONJUNTURA DA TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA: DA CRIAÇÃO DO CEBES À CONSTITUIÇÃO
O movimento de Reforma Sanitária se deu em 1974 em meio a transição democrática, do militarismo a democracia;
O atual Presidente Ernesto Geisel lançou o II PND (Programa Nacional de Desenvolvimento)
Defendia que enquanto o país crescesse, poderiam ser executadas políticas sociais;
O movimento democrático crescia, enquanto a censura estava sendo enfraquecida.
Nesse contexto devido às experiências frustradas e isoladas em alguns estados, o planejamento de saúde instalou-se no Ministério da Saúde;
Na medida em que o autoritarismo se debilitava a questão social voltava à tona;
Surgiram seguimentos populares, estudantis, profissionais , universitários em torno da questão saúde
Esses movimentos representaram antecedentes importantes da reforma sanitária brasileira;
Nessa conjuntura o estado criava o Ministério da Previdência e Assistência social;
Muitas dessas iniciativas, incluindo posteriormente o movimento sindical, desembocaram no CEBES.
5.1 O NASCIMENTO DO CEBES
O que significa CEBES?
CEBES – Centro Brasileiro de Estudos de Saúde
Criado em julho de 1976, 32º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência
O CEBES envolve:
A classe trabalhadora, setores populares, estudantes, intelectuais, profissionais da classe média
Era tratado como:
Órgão democrático;
Movimento de opinião;
Preconizava a democratização do setor da saúde.
Fazer isso na época da ditadura, era quase impossível, pois eles não aceitavam o movimento social. Mas, ali se é falado pela primeira vez sobre a atenção que deve ser dada, desde a curativa a promoção e recuperação, e que a saúde é questão ampliada, não só a doença e o doente. E que todos deveriam ter acesso. E daí já se tem uma pequena ideia sobre como se daria a Reforma Sanitária.
1° Simpósio de Política Nacional de Saúde
Já formado, e depois de muitas mobilizações, em 1979, apresentou documento chamado a ‘Questão Democrática da Saúde’;
Um marco, teve todos os princípios de diretrizes da organização e criação do SUS;
Os setores conservadores queriam manter tudo como estava, eles só não queriam um sistema público;
Não apresentaram uma proposta, mas o CEBES tinha uma consistente e o melhor, com a adesão de vários setores;
E só foi ampliando, começando pela ABRASCO, (Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva), REME (Renovação Médica);
Foi proposto uma ‘Reviravolta na saúde’.
8ª Conferência Nacional de Saúde
Uma pré constituinte da saúde em que se debatiam as questões a se construir um consenso para ser levado na Assembleia Nacional Constituinte;
O fato de termos saúde para todos, e que saúde é um direito do cidadão advém dessa 8° Conferencia, onde todos devem ter acesso a saúde. E daí sucede os próximos temas que serão abordados.
5.2 O PROGRAMA NACIONAL DE SERVIÇOS BÁSICOS DE SÁUDE (PREV-SAÚDE)
• Início do Governo Figueiredo em 1979
O III Plano Nacional de Desenvolvimento X VII Conferencia Nacional de Saúde.
Anuncia o
PREV-SAÚDE: Plano Nacional de Serviços Básicos de Saúde
(O programa que apela para o resgate dos excluídos do processo de desenvolvimento brasileiro que deveria 40 000 000 de pessoas, encontrou boa acolhida entre os profissionais da saúde, e grupos sociais que defendiam a democratização da saúde)
• Estender a cobertura de saúde a toda a população.
• Abastecimento de água, controle da esquistossomose e da doença de chagas.
A OPOSIÇÃO
(Entre setores do governo com os empresários médicos)
• FHB ( Federação Brasileira de Hospitais)
• ABRANGE ( Associação Brasileira de Medicina de Grupos)
• AMB ( Associação Médica Brasileira)
(Os grupos empresariais médicos estavam fortemente articulados politicamente, no desejo de manter a máquina clientelista e favorecedora dos interesses privados)
5.3 O PLANO DE REORIENTAÇÃO DA ASSISTENCIA À SAÚDE NO ÂMBITO DA PREVIDENCIA SOCIAL (O PLANO DA CONASP)
A CRISE FINANCEIRA DA PREVIDENCIA SOCIAL
A crise da Previdência era anunciada na década de 80 e prevista por muitos estudiosos
O Ministro da saúde tentou restringir pensões a aposentados, viúvas e órfãos. Encontrou resistência dos parlamentares e do próprio governo, houve manifestações das classes sociais fundamentais, grupos políticos que se movimentavam na saúde, na imprensa e nas associações;
O governo conseguiu atrair contra si: classe dos trabalhadores aos empresários, dos movimentos da renovação médica á federação dos hospitais, dos aposentados aos banqueiros.
Algumas opções que o governo teria para conter a crise:
Reordenamento dos serviços de saúde para utilizar a capacidade ociosa dos hospitais, ambulatórios, Ministério da Saúde, universidades, das secretarias estaduais, e municipais da saúde;
Substituição da forma de pagamento do governo ás empresas médico-hospitalares, pagamento por atos médicos-unidades (SUS),pelo pagamento de tratamento com base num custo médico padronizado, de procedimentos por doença;
Expandir convênios de medicina de grupo para trabalhadores centro urbanos com pagamento ajustado com teto de gasto de assistência médica
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