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Relatório de experiência de aconselhamento psicológico em casos de HIV

Por:   •  7/3/2021  •  Relatório de pesquisa  •  1.519 Palavras (7 Páginas)  •  232 Visualizações

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No dia 06 de novembro de 2019, as 11h05minH da manhã fui ao CEDAP –Centro

Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa, no bairro do Garcia

realizar a minha testagem e aconselhamento em HIV/AIDS acompanhada de minha

mãe. Ao chegar lá, me dirigi à recepção e perguntei a moça se ali era o local que

realizava a “testagem de HIV. A mesma me afirmou que sim e apontou para que eu me

direcionasse a um guichê de numeração 06. Neste guichê, perguntei se estava realizando

a testagem naquele dia, a recepcionista afirmou que sim e falou “venha cá” com um tom

de discrição; prontamente fui para a outra lateral do guichê, até que ela falou novamente

“vem mais pra cá”, me indicando a portinha de entrada do guichê onde pude me

aproximar mais dela. Nesse momento, ela falou com tom de voz um pouco mais baixo e

me perguntou se era a primeira vez que eu estava lá e se eu tinha alguma queixa, eu

afirmei que sim, e que eu resolvi procurar o CEDAP, pois eu havia tido um

relacionamento com um rapaz há uns seis meses atrás mais ou menos, e ele havia me

ligado informando que ele esteve em contato com pessoas infectadas na época em que

namoramos, que ele não sabia, estava procurando fazer exames e que eu procurasse

fazer também. A recepcionista prontamente me pediu documento de identificação,

cartão do SUS e comprovante de residência, mas que caso eu não tivesse o

comprovante, que eu poderia informar o CEP. Logo em seguida ela me entregou uma

senha e pediu que eu aguardasse chamar no televisor. Ao ser chamada, outra

recepcionista me pediu os documentos, perguntou meu estado civil, o CEP e ao

finalizar, pediu que eu me dirigisse ao CTA- Centro de Testagem e Aconselhamento,

mas que antes eu passasse novamente no guichê 06 para verificar se ainda estava

realizando, pois estava próximo ao horário de almoço. Confirmei no guichê se estavam

realizando ainda por causa do horário, a moça me confirmou que sim e eu fui até lá.

Quando eu entrei no CTA tinha uma moça da limpeza na recepção, perguntei se

estavam realizando atendimento, ai uma atendente apareceu e eu falei que gostaria de

fazer uma testagem. Neste momento, estava chegando uma outra atendente, a primeira me falou que não sabia se iria realizar naquele momento, pois estava em horário de

almoço e olhou para a companheira de trabalho e perguntando: “será que vai atender?

Eu nem vou lá perguntar. Olha!, acredito que só vai atender 13:30. Já segunda

atendente falou que ia mandar mensagem pra verificar”. Eu aguardei uns 10 min até

que uma senhora de jaleco branco surgiu na porta e a atendente falou que eu estava ali

para realizar uma testagem. Ela prontamente disse que ia almoçar e olhou pra mim,

depois ela perguntou se seria só eu, a moça confirmou que sim e aí ela disse que depois

de mim ela iria almoçar “porque não aguentava mais”.

A atendente pediu mais uma vez os meus documentos, e surgiu com um termo de

consentimento e o Formulário de atendimento do SI-CTA. A moça preencheu meus

dados básicos do formulário, perguntou se eu estava gestante, estado civil, raça/cor,

escolaridade e profissão. Ao terminar, me indicou que eu “descesse” que “ela” (a moça

de jaleco) iria me chamar pelo nome. Uns 5 minutos depois, a moça do jaleco me

chamou até a sua sala para realizar o aconselhamento pré-teste, mas ela não me disse

isso. Se eu fosse uma leiga sobre os procedimentos eu não saberia o que estava

acontecendo, pois em momento algum me foi dito “agora você vai passar por isso,

fulana que é psicóloga, médica...vai realizar tal coisa”.

Ao entrar na sala do aconselhamento, a “moça do jaleco branco” me informou seu

nome, disse que era enfermeira e perguntou o que me levava até lá. Contei a mesma

historia da recepção e ela perguntou se eu ainda estava com esse parceiro, se eu sabia

exatamente o vírus que ele tinha sido exposto e quanto tempo fazia isso. Ao confirmar

as informações ela foi preenchendo o restante do formulário com o papel dobrado para

ela impossibilitando que eu pudesse ver com clareza. Perguntou se eu tive alguma DST

nos últimos meses, quantos parceiros eu tive de novembro do ano passado até o desse

ano e se eu usei preservativo nas minhas relações sexuais(eu enfatizei bastante que não

fazia uso nas últimas relações que tive). Ao finalizar as perguntas ela disse que ia

solicitar exame anti HLTV, e exames de sífilis e hepatites (TR-sífilis, TRD-HIV, TRHCV e TRAg-HBs), e falou comigo : “que bom que esse seu parceiro entrou em

contato te alertando. Pegue a ficha laboratorial no guichê 06 e volte para realizar o

exame, após o exame pela tarde eu darei o resultado.”

Peguei a ficha, fiz o exame, o analista do laboratório errou a furada do meu braço, pois

não encontrou a veia, procurou com a agulha dentro do braço ainda, o que me agoniou um pouco. Ele partiu para o outro braço e achou uma até que eu comecei a passar mal,

...

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