Resenha Teorias e Técnicas Humanistas e Fenomenológicas
Por: Gianno • 7/6/2021 • Resenha • 2.468 Palavras (10 Páginas) • 172 Visualizações
Faculdade Católica do Rio Grande do Norte
Kaline da Silva Feitosa
RESENHA do Livro Dibs, em busca de Si mesmo.
Teorias e técnicas humanistas e fenomenológicas
Mossoró
2021
Identificação da obra:
MAXLINE, Virgínia M. Dibs em busca de si mesmo; 19. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995.290p
Apresentação do livro:
Esse livro conta a história de um menino “tímido”, cheio de maneirismos e comportamentos considerados normais, conforme o padrão regulamentado pela sociedade. Ele não se comunica. Não interage com os seus colegas de sala. Resumindo: Vive em seu próprio mundo. Preocupada com seu desenvolvimento, bem como com o comportamento de Dibs, é solicitado a uma psicóloga capacitada, fechar um diagnóstico e seguir com o tratamento de menino. A relação que se desenvolve com os dois é emocionante. Miss A. (é assim que o Dibs chama a psicóloga), tira Dibs de sua concha através da Ludoterapia; a narrativa que se dá nas sessões é emocionante, tornando impossível, para o leitor, não se apaixonar e compadecer-se do protagonista. A busca pelas respostas, a revolta pela frieza da família e a descoberta de um menino terno e superinteligente, que se esconde por trás de seus maneirismos, isolamento e comportamento estereotipados, fazem parte deste enredo emocionante.
Estrutura geral:
Com relação a estrutura do livro, nós temos um sentido linear aqui. O livro praticamente segue um fluxo direto, sendo de certo modo, um registro das sessões de Dibs com sua psicóloga. Assim, o livro é dividido em 24 capítulos, e tem 3 grandes momentos: 1- Dibs antes de iniciar a ludoterapia. 2- As longas sessões de Dibs com a sua psicóloga. 3- “Dibs, depois das seções, e algumas consequências do afeto positivo nele. O foco do livro, na minha concepção e narrar o processo de aceitação positiva e empatia, e sua ação na subjetividade da criança, assim como as suas transformações.
Conteúdo geral:
O livro narra o enredo de Dibs, uma criança de 5 aninhos, que por ser taxada como inadequada a partir daquilo que era estabelecido pela sociedade, como normal, inicia sessões terapêuticas. Dibs era Filho de um renomado Cientista, já sua mãe era uma médica de sucesso, ele tinha também uma irmã mais nova, considerada como a filha perfeita, o que de certo modo, tornava mais complicada a sua situação, no sentido de comparação. Após dois anos frequentando a escola, a psicóloga Axline foi chamada para observá-lo. Devido ás ambiguidades comportamentais de Dibs, tanto o médico, como o psicólogo da escola, não conseguia fechar um diagnóstico. Dibs se mantinha completamente mudo, e passava o tempo engatinhando ao redor da sala, escondendo-se e olhando livros durante horas. Às vezes, acreditavam que ele era retardado mental e em outras vezes dava indícios de que possuía um nível de inteligência superior (ambiguidade comportamental) Chupava o polegar e estava sempre solitário, em seu próprio mundo, sendo aqui muito introvertido. Por muitas vezes tinha acessos de raiva na hora de ir para casa ou quando tentavam obrigá-lo a fazer algo que ele não queria, o que poderia contribuir para pensarem que Dibs tinha TOD. Constantemente, os professores de Dibs, ofereciam livros, brinquedos, quebra-cabeças, etc., porém sempre rechaçava. Porém, se fosse um livro, ou algo que tivesse letras, nunca deixava de aceitar e passava muito tempo olhando atentamente as páginas escritas, como se pudesse ler.
Depois de tantos problemas, e de tantas complicações referentes a criança, a escola dá a sugestão de que ele fosse transferido para um internato para crianças excepcionais, já estava, pelos pais, aceito (devido aos vários sinais que a criança apresentava) o fato de que Dibs era um retardado mental ou que provavelmente teria alguma lesão cerebral. Para não expulsar e se livrar do garotinho, foi acordado que ele poderia ficar na escola, desde que ele fosse acompanhado e observado pela psicóloga.
Na primeira manhã em que Dibs fora observado, a psicóloga o levou para uma sala de brinquedos que havia na própria escola, para que ele fosse inserido inicialmente nos processos de acostumar-se com a ludoterapia. No intervalo de uma hora, ele poderia fazer o que quisesse ali, um ambiente pequeno, mas com muitos brinquedos à sua disposição. Incialmente, Dibs andou pela sala e parecia que nada que lhe interessava, se mostrando de certo modo apático. Porém, repentinamente, falou os nomes de alguns objetos, sendo respondido de maneira breve pela psicóloga que apenas confirmava suas interrogações, dando lhe confiança, e causando lhe conforto. Ele não foi estimulado, ou obrigado a qualquer atividade, mas ao ter contato com uma casinha de brinquedos disse não gostar de portas trancadas, expressando um grande sofrimento, e aversão a este contexto. Terminando o tempo acordado, ele foi encaminhado à sua sala de aula e a psicóloga marcou uma reunião com sua mãe, a fim de propor-lhe que Dibs realizasse sessões de ludoterapia.
Algum tempo depois, a mãe de Dibs recebeu a psicóloga em sua casa e conversaram enquanto tomavam chá. Ela relatou que sua família já estava conformada com a situação problemática de Dibs, e que não esperavam nenhuma mudança, tendo se conformando com toda aquela situação; apenas oferecia-lhe a criança para em nome da ciência, cooperar com dados para estudos, e avanços da mesma. Propôs, neste sentido, que estas observações acontecessem em sua própria casa, já que Dibs tinha um quarto com muitos brinquedos, porém a psicóloga não aceitou, pois as sessões deveriam ser realizadas na sala de ludoterapia do Centro de Orientação Infantil, ou seja, em um lugar apropriado. Não conformada, a mãe de Dibs, insistiu para que lhe fossem pagos honorários, mas Aline lhe explicou que seu trabalho era fundamentalmente dedicado à pesquisa da psicologia infantil, não podendo, pois, fazer este tipo de concessão, e que já tinha um salário para isto; pediu-lhe que somente assinasse o consentimento para a elaboração dos relatórios, que estariam presentes no cenário de avaliação de Dibs. A fim, de “não participar” da oferta de informações, quanto ao comportamento da criança, sendo assim, a mãe lhe indicou a escola como fonte para obtenção de dados sobre o filho, que ela e seu esposo não poderiam comparecer a entrevistas e que acreditava que Dibs era um retardado mental desde que nasceu, sendo assim não queria pois perder tempo com esta causa.
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