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Resenha um Estranho no Ninho

Por:   •  6/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  553 Visualizações

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FICHA TÉCNICA

DIREÇÃO: Milos Forman.

ROTEIRO: Lawrence Hauben e Bo Goldman.

ELENCO: Jack Nicholson, Danny DeVito, Louise Fletcher, Brad Dourif, Christopher Lloyd, Will Sampson, Sydney Lassick, Michael Berryman, Scatman Crothers, Alonzo Brown, Mel Lambert, Vincent Schiavelli, Peter Brocco, Dean R. Brooks, Mwako Cumbuka, William Duell Josip Elic, Lan Fendors, Nathan George, Ken Kenny, Kay Lee, Dwight Marfield, Ted Markland, Louisa Moritz, William Redfield, Philip Roth, Mimi Sarkisian, Mews Small, Delos V. Smith Jr., Tin Welch, Tim McCall. PRODUÇÃO: Michael Douglas.

ESTÚDIO: Fantasy Films.

FOTOGRAFIA: Haskell Wexler.

EDIÇÃO: Sheldon Kahn e Lynzee Klingman.

TRILHA SONORA: Jack Nitzsche.

UM ESTRANHO NO NINHO de 1975

Baseado na obra escrita por Ken Kesey (One Flew Over the Cuckoo’s Nest), o longa nos conta a história de Randle Patrick McMurphy, ou Mac (Jack Nicholson), que é levado para uma instituição de tratamento para doentes mentais após simular a sua insanidade na cadeia, para que não precisasse trabalhar.

O longa metragem foi produzido com os direitos comprados do Livro "One Flew Over the Cuckoo's Nest”, escrito por Ken Kesey, que se baseou em suas próprias vivências quando trabalhou no centro psiquiátrico Agnew, na cidade de San Jose, Califórnia (EUA). (RODRIGO DE OLIVEIRA, 2018)

A obra foi premiada ao Oscar no ano de 1976, foi indicado como melhor ator, atriz, filme, diretor e até mesmo como melhor roteiro. A história consegue trazer um mix de fatos, critica e também momentos emocionantes. Além de Jack Nicholson, que levou o Oscar de melhor ator, o longa conta com excelentes atuações de Danni DeVito, Brad Dourif e Wil Sampson.

O hospital psiquiátrico é o cenário principal do filme, em muitas cenas aparecem os métodos que eram realizados, como o uso indiscriminado de medicações, contenção física e procedimentos cirúrgicos para conter possíveis questionamentos e agressividade, assim impossibilitando o sujeito de qualquer tipo de recuperação.

O que chama a atenção para o mundo sobre o perverso sistema dos manicômios e como os pacientes eram tratados, sendo vítimas de violência física e psíquica. Um tema pouco conhecido e considerado um tabu para a sociedade daquela época e que infelizmente ainda continua sendo um assunto pouco discutido na sociedade atual. Automaticamente as cenas nos leva a uma profunda reflexão e somos confrontados com diversos questionamentos, principalmente sobre a condução dos procedimentos que eram implementados nesses locais, que utopicamente eram chamados de Hospitais psiquiátricos.

O título faz menção a visão de um estranho em meio a homens totalmente apáticos, drogados, prisioneiros sem possibilidades de fugir de uma instituição que medicava seus internos de forma padronizada e embalada por uma música clássica enlouquecedora.

O protagonista ciente de que não possui problemas mentais, desde sua chegada ao local, Mc mostra-se bastante sarcástico, descontrolado e violento, mas, mesmo assim, inicia uma interação com aqueles que estão ali realmente para um tratamento psiquiátrico.

Aos poucos, McMurphy passa a incentivar e persuadir seus colegas internos a ir contra à ordem vigente, questionar os medicamentos e a rotina que levam ali dentro. Mas, apesar de seus esforços, todos os pacientes tem medo da enfermeira Mildred Ratched (Louise Fletcher), que não pretende facilitar a jornada de Mac no local.

No filme, o manicômio era dirigido por uma enfermeira chamada de Ratched, que ao mesmo tempo passa a impressão de ser uma psicóloga, por tomar decisões sobre os internos e ministrar as terapias de grupo. O que hoje entraria em um dilema ético de profissão, a mesma exercia uma atividade que não lhe competia.

Após o protagonista perceber o sistema em que estava inserido ele tenta promover a mudança autoritária e perversa da instituição, mas ao longo do caminho nota-se que é uma cultura enraizada que provem de muito poder para que alcance melhoria e qualquer tipo de liberdade e direitos humanos.

Levando em consideração que a arte imita a vida, no filme não é diferente. Sem romantismo, a revolta de McMurphy o faz perder o controle e ele ataca a enfermeira, chegando a enforca-la.  Ele é contido e como punição termina sendo levado para tortura. O desfecho da trama é trágico para o protagonista, que termina sendo vítima desse sistema desumano, ficando invalidado, como todos que se atreviam a se rebelar contra esse tipo de instituição. No final, o índio, termina de mata-lo como forma de libertar a alma de seu amigo, e consegue fugir levando consigo o espírito irreverente de seu companheiro.

O filme pode retratar de maneira bem especifica a falta de conhecimento quando o assunto é transtornos mentais, realidades distintas do que era visto como “normal”, por exemplo, o próprio protagonista se propôs a ir para um manicômio ao invés da prisão, por desconhecer os fatos.

Podemos perceber que diante da história, fatos e filmes a loucura é vista como algo que deve ser contido, independente da maneira, ou seja, se isso viola os direitos que todos seres humanos possuem. Temos uma cultura que é mais plausível conter de maneira hostil do que simplesmente trabalhar me maneira mais eficaz para que as coisas fluam para as diversas realidades.

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