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SOCIEDADE E VIOLÊNCIA: QUESTÃO CARCERÁRIA

Por:   •  6/6/2015  •  Projeto de pesquisa  •  3.591 Palavras (15 Páginas)  •  232 Visualizações

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA

FACULDADE PIO DÉCIMO

FABÍOLA PIMENTEL SÃO MATEUS

MARLEIDE DORIA DA FONSECA[pic 3]

RAYRA DOS ANJOS CARDOSO

CURSO DE PSICOLOGIA

SOCIEDADE E VIOLÊNCIA: QUESTÃO CARCERÁRIA

Aracaju - SE, 26 de novembro de 2014.


FABÍOLA PIMENTEL SÃO MATEUS

MARLEIDE DORIA DA FONSECA[pic 4]

RAYRA DOS ANJOS CARDOSO

SOCIEDADE E VIOLÊNCIA: QUESTÃO CARCERÁRIA

Trabalho apresentado como requisito de avaliação para obtenção de nota na disciplina Psicologia Social da Faculdade Pio Décimo.

Orientador: Prof.ª MSc – Anésia Sá dos Santos Menezes.

Aracaju - SE, 26 de novembro de 2014.


INTRODUÇÃO

Nosso estudo se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica de revisão de literatura, e como pesquisa descritiva com enfoque qualitativo, este método de pesquisa possui a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese, situação ou problema, analisar a interação destas variáveis.

Na concepção, tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis. A fundamentação teórica deste trabalho realizou-se com pesquisa em fontes bibliográficas através de livros e artigos científicos, teses, dissertações e fontes na internet, relacionados ao tema colaborando para um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto abordado.

Nesse sentido a partir da experiência e fundamentando-se no seu proposito prático que é empregado no sistema da nossa sociedade pode-se desenvolver uma análise e ao mesmo tempo desenvolver sobre o tema “Sociedade e Violência: Questão carcerária”, correlacionado com os subtemas: comportamento, atitudes, persuasão, autoestima e lócus de controle. A relevância social da presente pesquisa direciona-se à análise da hipótese de ações de inclusão de programas da psicologia social em penitenciárias, voltadas a ressocialização e ao convívio de presos sentenciados, promovendo cidadania com dignidade e planejamento. Entretanto, questionando até que ponto é válida as bases teóricas para a discussão e a execução de práticas alternativas as da atual estrutura carcerária brasileira com análise dos aspectos ético-morais relativa na sociedade. Os dados coletados sobre o tema foram analisados através das questões propostas a acerca do perfil sócio demográfico e acadêmico. Procurou-se verificar informações referentes: às atividades executadas no sistema prisional. Sendo, também, analisados e interpretados os dados referentes à eficiência e ineficiência do curso de graduação em Psicologia para a atuação nesta área, incluindo as principais dificuldades que influenciam diretamente à prática.

DESENVOLVIMENTO

COMPORTAMENTO

A violência vem a aumentar de forma gradativa e com isso a proporção de mulheres em relação aos homens também. De acordo com nossos estudos bibliográficos a prevalência mais elevada de transtornos mentais na população prisional do que fora dela, o que pode estar associado ao envolvimento das mesmas na criminalidade. Pesquisas descrevem que as presas têm um elevado grau de comorbidade psicopatológica, dependência de substância, transtorno de estresse pós-traumático e depressão maior. Observa-se que de um a dois terços de todas essas mulheres necessitam de tratamento mental e, aproximadamente, um quinto tem uma história de uso de medicação psicotrópica (é a substância química que age principalmente no sistema nervoso central, onde altera a função cerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência.). Além disso, apresentam maiores experiências traumáticas, incluindo abuso físico e sexual precoce.

O perfil da encarcerada brasileira pode ser descrito como jovem, não branca, condenação direta ou indiretamente por tráfico de drogas, e geralmente não ocupa lugar de liderança na cadeia criminosa do tráfico. Em sua grande maioria, as condenações femininas são por ilicitudes referentes a uso, tráfico de drogas ou formação de quadrilha ficando à frente de crimes violentos como: homicídio, infanticídio, lesão corporal, roubo, latrocínio, sequestro, extorsão, entre outros.

Vários fatores culminaram para que chegássemos a um precário sistema prisional. Entretanto, o abandono, a falta de investimento e o descaso do poder público ao longo dos anos vieram por agravar ainda mais o caos chamado sistema prisional brasileiro. Infelizmente a prisão atualmente passa a ser uma escola de aperfeiçoamento do crime, além de ter como característica um ambiente degradante e pernicioso, acometido dos mais degenerados vícios, sendo impossível a ressocialização de qualquer ser humano. A superlotação no sistema penitenciário impede que possa existir qualquer tipo de ressocialização e atendimento à população carcerária, o que faz surgir forte tensão, violência e constantes rebeliões.

A corrupção vem se tornando um fenômeno rotineiro nas prisões, tendo em vista que agentes públicos recebem propinas dos (as) presos (as) para obtenção de regalias e/ou privilégios na cadeia. Os (as) presos (as) se comunicam com pessoas que se encontra fora dos presídios, resultando muitas vezes em sequestro, comando do tráfico de drogas e em extorsões, além da corrupção efetiva dos agentes de segurança prisional no tocante a entrada de drogas e objetos escondidos que seguramente adentram aos presídios durante as visitas familiares.

As facções criminosas foram criadas através da convivência entre presos comuns e militares de grupos armados, que quando começou a surgir combatiam a ditadura militar. Essas organizações criminosas tendem a se espalhar pelo país principalmente pela constante transferência de presos para outros estabelecimentos penais. Elas atuam com fortes investimentos ilegais, narcotráfico, prostituição, jogos ilegais e contrabando de armas.

Há diferentes modos de encarar a vida na prisão. Embora fatores como a solidão sejam comuns, as internas formam grupos e têm experiências diferentes. Uma característica marcante entre as presas é o sentimento de solidão, de que não podem confiar em ninguém. Durante a permanência nas prisões, devido à dependência e solidão afetiva, muitas mulheres tornam-se homossexuais circunstanciais. Acabam vendo uma na outra um suporte para superar a dor e transformar o sentimento de abandono. Como muitas mulheres não podem se relacionar com seus namorados ou parceiros, acabam se relacionando com quem está acessível, a exemplo do que também ocorre em outras instituições totais.

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