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Exames: Treinamento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: senhor123456 • 24/3/2015 • 2.525 Palavras (11 Páginas) • 281 Visualizações
Gestão de pessoas:
treinamento e
desenvolvimento no
comércio varejista de
Blumenau
Navus - Revista de Gestão e Tecnologia. Florianópolis, SC, v. 4, n. 1, p. 101-110, jan./jun. 2014 ISSN 2237-4558 102
Gestão de pessoas: treinamento e desenvolvimento no comércio varejista de Blumenau
Anna Camila Borges; Camila Fernandes Segaty; Diego Pasqualini; Hannelore Nehring; Mariane Ortlieb Quinto
No comércio varejista, tal necessidade tende a ser constante uma vez que os lojistas precisam estar
atentos às novas demandas dos consumidores e à melhor forma de atender às expectativas do seu público
e superá-las. Além disso, os altos índices de rotatividade de profissionais que veem nas funções de vendas
uma breve oportunidade de crescimento e mudança de carreira tendem a elevar os investimentos com
treinamentos para adaptação de novos colaboradores aos cargos de trabalho.
Com o objetivo de caracterizar ações relacionadas às práticas de treinamento e desenvolvimento de
equipes de vendas e atendimento, nas empresas do comércio varejista de Blumenau, esta pesquisa atendeu
às seguintes questões:
a) Identificar os tipos de práticas de treinamento e desenvolvimento aplicadas às equipes de vendas e
atendimento no comércio varejista de Blumenau.
b) Conhecer como ocorre o processo de escolha das práticas de treinamento e desenvolvimento
aplicadas.
c) Ampliar o diálogo acadêmico e profissional sobre a relação entre gestão de pessoas e ações
relacionadas às práticas de treinamento e desenvolvimento nas empresas pesquisadas.
Com base nesses objetivos, busca-se contribuir com a descrição de um dos processos de gestão de
pessoas mais valorizados na atualidade de um mercado de trabalho que necessita de profissionais
capacitados para aprender sempre: o processo de desenvolver pessoas (CHIAVENATO, 2009).
Nesse sentido, a pesquisa foi realizada em lojas da rua XV de Novembro, local culturalmente valorizado
na cidade, onde ocorrem os desfiles da tradicional Ocktoberfest e onde se encontram lojas das grandes
redes varejistas do país.
Nas seções a seguir, apresentam-se o contexto da pesquisa com base na fundamentação teórica, a
metodologia e os instrumentos usados para coleta de dados, e, por fim, o conjunto de informações organizado
na análise dos dados.
2 O COMÉRCIO VAREJISTA
As atividades de compra e venda sempre influenciaram a formação e o crescimento das cidades. No
início, as pessoas se reuniam em uma praça pública para comercializar os seus produtos. À medida que
essas atividades aumentavam, faziam com que as cidades se desenvolvessem, ampliando as relações e as
trocas mercadológicas. Ou seja, sempre houve alguma espécie de produção, distribuição e comercialização
de bens e serviços (MORGADO; GONÇALVES, 2001).
No século XIX, Adam Smith desenvolveu sua teoria a propósito da divisão do trabalho e reforçou as
ideias sobre uma economia controlada pelo mercado. A sociedade primitiva transformou-se em sociedade
comercial moderna na qual o homem livre barganha e realiza trocas (MORGADO; GONÇALVES, 2001).
Essas ideias foram aperfeiçoadas, e a economia passou a influenciar as relações sociais. Com o varejo,
não foi diferente, trata-se de um setor da economia que passou por muitas transformações significativas
ao longo da história, podendo ser confirmadas pelo crescimento do número de empresas atuantes e pela
diversificação de segmentos.
2.1 Atendimento ao cliente no comércio varejista
Entre as mudanças no setor do comércio varejista, uma das mais determinantes é a crescente
necessidade de investimento no modo como os clientes avaliam a qualidade dos serviços prestados, cujo
fundamento é o conceito de Qualidade Percebida de Serviços, explorado em meados da década de 1980 por
Berry e seus colegas Parasuraman e Zeithaml (GRÖNROOS, 2003).
Com base nessa referência, Grönroos (2003) sistematizou cinco determinantes que afetam a qualidade
dos serviços: (1) Confiabilidade e credibilidade, que podem ser resumidas pela capacidade da organização
de oferecer aos clientes o serviço correto da primeira vez, sem cometer nenhum erro, e entrega do
prometido dentro do prazo estipulado. (2) Tangíveis visíveis, determinante caracterizado pela atratividade
das instalações, equipamentos e materiais usados por uma empresa de serviços, e pela aparência dos
funcionários. (3) Capacidade de resposta/prontidão, cujo significado é a disposição para ajudar os clientes e
atender a seus requisitos, bem como informá-los quando o serviço será prestado e executá-lo com presteza.
(4) Segurança/domínio, que se traduz no comportamento dos empregados, que fazem com que os clientes
se sintam seguros e confiantes em relação à empresa. Quer dizer também que os empregados são sempre
corteses
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