A Constituição de 1988 e o acesso aos direitos sociais
Por: Thátila Thaira • 15/9/2015 • Trabalho acadêmico • 863 Palavras (4 Páginas) • 463 Visualizações
A Constituição de 1988 e o acesso aos direitos sociais;
A constituição de 1988 foi elaborada com a finalidade de proporcionar a
todo cidadão brasileiro, independente da raça, cor ou condições sociais o
acesso aos direitos sociais, que até então era restrito as camadas mais
privilegiadas da sociedade.
Sua elaboração contou com a participação em massa da população,
contribuindo com sugestões que beneficiaram a todos.
(...) Os direitos sociais, segundo José Afonso da
Silva [†], são prestações positivas proporcionadas
pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em
normas constitucionais, que possibilitam melhores
condições de vida aos mais fracos, direitos que
tendem a realizar a igualização de situações
desiguais. Dessa forma, possibilita ao indivíduo
exigir do Estado prestações positivas e materiais
para a garantia de cumprimento desses direitos. (...)
(José Afonso da Silva)
Os direitos sociais estão dispostos na Constituição de 1988, no Título II
(Dos Direitos e Garantias Fundamentais), e no Título VIII (Da Ordem social).
Estabelece em seu Art.6º, como direitos sociais: a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social,
a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. Do
artigo 7º ao 11, o constituinte privilegiou os direitos sociais do trabalhador, em
suas relações individuais e coletivas. Vale destacar, que o direito à alimentação
foi introduzido pela Emenda Constitucional nº. 64 de 04 de fevereiro de 2010.
Direito a Assistência Social
Conforme dispõe o artigo 203 da Constituição Federal de 1988: A
assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente
de contribuição à seguridade social. Estabelece também em seu artigo 204 a
solidariedade financeira, já que, as ações governamentais na área da
assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade
social, e não através de contribuição previdenciária. O direito à seguridade
social será prestado àqueles que não dispõem de recurso financeiros para o
mínimo de existência digna, os grupos menos favorecidos economicamente.
Neoliberalismo e a desigualdade social
O Neoliberalismo é um movimento promotor de liberdades individuais a
qual estimula a liberdade e competitividade de mercado. Há nesse movimento
um individualismo radical onde o individuo é mais valorizado que o Estado,
considerando-se que quanto menor for a participação do Estado na economia,
maior é o poder do individuo e mais rápido é o progresso da sociedade e dos
cidadãos. O Neoliberalismo encara a desigualdade social como algo natural e,
segundo os teóricos desse movimento, amenizar as desigualdades sociais,
gera injustiça.
O Estado elimina assim a sua função económica e social, intervém
apenas enquanto promotor de privatizações, na glorificação do mercado, no
estímulo à máxima abertura ao exterior, no fomento das exportações e na
atração de investimento estrangeiro, sempre regulado pelo mercado mundial.
Este é o verdadeiro motor do desenvolvimento económico e social no mundo.
Há ainda, como se depreende, uma supremacia do setor privado sobre o
público. Na essência, o Neoliberalismo valoriza as forças de mercado, fomenta
a sociedade de consumo e estimula a competição económica à escala global.
Defendem ainda que o estado só deve intervir onde a iniciativa privada
não demonstre interesse ou capacidade de investimentos, como os setores da
saúde, assistência social a deficientes, idosos e desamparados. O estado
elimina sua função social e econômica, estimulando a máxima abertura ao
exterior, através de exportações, investindo m países estrangeiros. O
neoliberalismo valoriza as forças de mercado, e estimula a sociedade de
consumo e competição econômica em nível global, sendo ligada a
globalização, através das imposições financeiras e econômicas dos
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