A Documentação e Instrumentalidade em Serviço Social

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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ[pic 2]

FACULDADE DE SERVICO SOCIAL

OFICINA E DOCUMENTAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

Documentação e Instrumentalidade em Serviço Social

Cuiabá / MT

2/2015

CRISTINA MARIA DO CARMO SPINOSA

DORACY GLORIA DA SILVA

GEISE LUIZA MOREIRA

HARTNISE MARTINS FRANCISCO DA SILVA

LUCINEIDE PAES DE BARROS

1º OFICINA DE DOCUMENTAÇÃO E INSTRUMENTALIDADE EM SERVIÇO SOCIAL: DIRETRIZ TECNICO OPERATIVA

A INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Trabalho Apresentado à disciplina de Oficina e Documentação em Serviço Social como parte do Processo de Avaliação do

5º Semestre do Curso de Serviço Social.

Orientadora: Professora Doutoranda: Benedita Arlete Ventura.

Cuiabá / MT[pic 3]

2/2015

INTRODUÇÃO

O tema instrumentalidade no exercício da profissão do assistente social e algo diferente daqueles instrumentos necessários ao agir profissional (Exemplo como medico ou engenheiro que usam ferramentas palpável.), através dos quais os assistentes sociais podem objetivar suas finalidades em resultados profissionais propriamente ditos. Uma reflexão mais apurada sobre o termo instrumentalidade nos faria perceber que o sufixo “idade” tem a ver com a capacidade, qualidade ou propriedade de algo. Podemos afirmar que a instrumentalidade no exercício profissional não é um conjunto de técnicas, mais uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva da profissão construída e reconstruída no processo sócio-historico.

O objetivo do texto é o de refletir sobre a instrumentalidade no exercício profissional do assistente social como uma propriedade ou um determinado modo de ser que a profissão adquire no interior das relações sociais, confronto entre condições objetivas e subjetivas do exercício profissional.

A Instrumentalidade do Trabalho e o Serviço Social

A instrumentalidade é uma propriedade /capacidade que a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos. É por meio desta capacidade, que os assistentes sociais modificam, transformam, alteram as condições objetivas que são aquelas realtivas a produção material da sociedade, (condições de trabalho) e subjetivas que são relativas aos sujeitos, as suas escolhas, ao grau de qualificação e competência, ao seu preparo técnico e técnico-metodológico, aos referenciais teóricos, metodológicos, éticos e políticos utilizados, dentre outras e as relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível cotidiano.

        Na medida que os profissionais utilizam, criam, adéquam ás condições existentes, transformando-as em meios /instrumentos para a objetivação das intencionalidades, sua ação significa instrumentalidade.

        Por que dizer que a instrumentalidade é tanto condição de reconhecimento social da profissão?

        Ao responder essa pergunta, vemos que todo trabalho social possui instrumentalidade, que e constituída e reconstruída na trajetória das profissões pelos seus agentes. Esta condição inerente ao trabalho é dada pelos homens no processo de atendimento às necessidades matérias e espirituais suas e de outros homens.

        A ação transformadora que é a práxis(Lessa,1999 e Barroco,1999), cujo o modelo é o trabalho, tem uma instrumentalidade. Pois ela detém a capacidade de manipulação, de conversão dos objetivos em instrumentos que atendam as necessidades dos homens e de transformação da natureza em produtos uteis.

        Se trabalho é relação home-natureza, e práxis é o conjunto das formas de objetivação dos homens num e noutro os homens realizam a sua teleologia, que por sua vez encerra a instrumentalidade, o que possibilita o homem manipular e modificar as coisas e atribuir-lhes propriedades verdadeiramente humanas, no intuito de converterem-nas em instrumentos/meios para o alcance de suas finalidades.

Qual a relação entre postura teleologia e instrumentalidade?

No trabalho o homem desenvolve capacidades para que possa mediar sua relação com outros homens desenvolvem também mediações tais como a consciência, a linguagem do ser social como ser histórico, isso porque o desenvolvimento do trabalho exige o desenvolvimento das próprias relações sócias e os processos de reprodução social ocorrem que a instrumentalidade com quais os homens constrói a natureza e convertem por meio de alcance de suas finalidades que transporta as relações dos homens entre si, interferindo em nível da reprodução social. Mas isso só ocorre em condições sócias históricas determinadas.

Nestas, os homens toram-se meios instrumentos de outros homens. Temos como exemplo mais desenvolvido de conversão dos homens em meios para a realização de fins de outros homens o da compra e venda da forca de trabalho como mercadoria, de modo que a instrumentalização das pessoas passa a ser condição de existência e permanência da própria ordem burguesa, via instituição e organizações sociais criadas com este objetivo. Caberias sinaliza que num determinado tipo de sociedade, a do capital “o trabalhador deixa de lado suas necessidades enquanto pessoa humana e se converte em instrumentos para a execução das necessidades de outrem” ( Lessa, 1999 )

Serviço Social e Instrumentalidade

A utilidade social de uma profissão advém das necessidades sociais e também em responder as necessidades das classes sociais, que se transformam por meio de muitas mediações, em demandas para a profissão.

Ao alterarem o cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes e os convertendo em condições, meios e instrumentos para alcance dos objetivos profissionais, utilizam criam, adéquam as condições existentes, transformando-as em meios instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações são portadoras de instrumentalidade.

Deste modo a instrumentalidade e tanto condição necessária de todo trabalho social quanto categoria constritiva, um modo de ser de todo trabalho.

Com a complexidade da questão social por parte do estado em questões sociais a serem atendidas pelos políticos sociais instituiu-se um espaço na divisão sócio técnica do trabalho para um profissional que atua a ação executiva das políticas sociais a população vulnerabilizada recebe direta e imediatamente respostas através das políticas sociais setoriais e neste sentido que as políticas sociais contribuem para a produção e reprodução material e ideológica da forças de trabalho.