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MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Por:   •  5/6/2016  •  Resenha  •  1.377 Palavras (6 Páginas)  •  689 Visualizações

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FACULDADE VALE DO SALGADO-FVS

CURSO SERVIÇO SOCIAL

SEMESTRE V

DISCIPLINA FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL IV

PROFESSORA LAÍS ALMEIDA DE SOUSA

ACADÊMICA: ANA KAROLINE MEIRELES FREIRE BEZERRA


MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - MST

ICÓ-CE

2016

INTRODUÇÃO

Aborda-se neste presente trabalho o contexto histórico, antecedentes ao surgimento e detalhes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), salientar a relevância do movimento na luta dos sem-terra para a concretização das reformas almejadas pelos mesmos. Vale-se ressaltar que muitas vidas foram ceifadas durante as lutas a qual participavam, porém, persistiram incansavelmente a conquista dos seus ideais.

O certame de luta por terra/território no Brasil, permeia desde os tempos remotos de ocupação do território brasileiro, que foi através do processo de Colonização, sucedeu as divisões das terras a parti das capitanias hereditárias, no qual foi concedida para cada capitania a função de administrar, colonizar e explorar a extensão territorial. Percebe-se que houveram privilegiados e a concentração de poder para essa concessão das áreas, dessa forma eclode aos poucos diversas disputas por território, esse processo de capitanias perdurou até o ano de 1759 quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.

Observa-se as diversas contrariedades existentes na sociedade brasileira, no que diz respeito à divisão de terras, em consequência desse fato, o campesinato encontra-se em situações precárias de vida e de habitação. Devido as consequências das contradições sociais existentes nas relações entre a classe dominante (Estado/Burguesia) e a classe dominada (População), surgem os diversos movimentos sociais e camponeses que permeiam ao longo do tempo, cada qual com suas particularidades, atuam com o objetivo de reivindicar por transformações sociais para o bem comum, através do embate com o sistema vigente que é imposto pela sociedade dominante.

Dentre esses movimentos sociais por questões agrárias, pode-se mencionar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), constitui-se por famílias camponesas e trabalhadores rurais, almejam diversos objetivos, dentre eles a efetivação da reforma agrária, que consiste na distribuição de terras para que delas necessitarem, minimizando a grande concentração agrária existente, assim proporcionar uma vida digna ao campesinato e preservar as culturas do povo do campo.

A luta do campesinato é recorrente, essa temática persiste na atualidade, pois o processo de efetivação dos seus objetivos torna-se lenta em vista das barreiras existentes no âmbito social e político, que impedem a obtenção da igualdade de direito. Porém, tais movimentos se fazem resistentes nas suas lutas possibilitando assim, a realização dos objetivos que almejam mesmo que gradativamente.

DESENVOLVIMENTO

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra atualmente abrange 24 estados do país, com o total de aproximadamente 350 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais, apesar dessa conquista da ocupação da terra, os mesmos continuam vinculados ao movimento, pois existem diversos outros objetivos a serem conquistados, que vai além da democratização das terras, como também no que diz respeito aos direitos básicos. Organizam-se em grupos, comissões, e demais formas de mobilizações, para conseguirem obterem êxito em seus objetivos, como também realizam eventos locais, Congressos de âmbito nacionais, para discutirem e fortalecerem suas ações e metas.

Dentre os objetivos do movimento, os principais, resumidamente são: a luta pela terra, pela Reforma Agrária e por uma sociedade mais justa e fraterna. Segundo João Pedro Stédile, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, considera a importância e amplitude da ação do MST no país como algo abrangente:

“Sonhamos em construir uma nova sociedade no Brasil que consiga resolver os problemas de todos. Onde todo mundo tenha trabalho, não apenas alguns, onde todo mundo tenha casa, onde todo mundo tenha acesso à educação e não só ao 3° ano primário, como agora, mas tenha acesso inclusive à universidade, onde todo mundo possa ter futuro para seus filhos, onde possa ter direito de participar na vida pública e não apenas nesse arremedo de democracia formal, onde o cidadão só é manipulado a votar em determinadas épocas. ” (STÉDILE, 1997, p. 87).

Baseado nessa perspectiva de transformação social, o MST além de lutar por direitos diversos, preza acima de tudo por manter a cultura do campesinato e proporcionar uma vida digna para os mesmos.

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), traz em sua história características e acontecimentos significativos para o campesinato, com vários acontecimentos de acordo com o seu desenvolvimento. A gênese do MST relaciona-se às lutas pela terra desde os séculos passados, quando indígenas se manifestaram para defender o seu espaço territorial, dessa forma sucederam lutas e movimentos baseados na divisão de terras em diversos contextos e épocas.

No início de dezembro de 1980 iniciou-se um novo embate, surge um acampamento no Estado do Rio Grande do Sul, próximo das áreas de Ronda Alta, Sarandi e Passo Fundo, local denominado de Encruzilhada Natalino, a mesma era um símbolo de resistência à ditadura militar instaurada no país que foi duramente cruel e violenta com o movimento organizado pelos camponeses desde essa época. A Encruzilhada, foi constituída por famílias que não conseguiram ocupar assentamentos em movimentos anteriores, decidiram continuar a luta e acamparam no local denominado de Encruzilhada Natalino, mesmo com as condições precárias do acampamento, organizaram grupos, comissões e uma estrutura para compor uma coordenação.

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