Marx, e o Estado
Por: Maria Clara • 22/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.702 Palavras (7 Páginas) • 261 Visualizações
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
MARIA CLARA SOUZA MALTA
MARX, O ESTADO E OS CLÁSSICOS
RECIFE
2015
MARIA CLARA SOUZA MALTA
MARX, O ESTADO E OS CLÁSSICOS
Trabalho/Prova do Segundo GQ na Disciplina Teorias Políticas Contemporâneas apresentado à Universidade Católica de Pernambuco do curso de Serviço Social
Docente: Valdenice Raimundo
RECIFE
2015
INTRODUÇÃO
Segundo o filosofo político, Noberto bobbio, por meio de artigos publicados podemos ler o legado político de Marx.
O objetivo do autor, em relação ao texto a ser estudado é compara a teoria política de Marx, com algumas obras de autores considerados clássicos.
O marxismo, na visão de Bobbio, teria deixado uma lacuna ao não ter desenvolvido uma ciência política, tampouco uma teoria da democracia.
Podemos encontra nas suas obras:
I - Os conceito – no estado prático, que estão presentes nas argumentações feitas para serem dirigidas a atividade política numa união solida – a noção de partido político revolucionário;
II - Os Elementos – e os conhecimentos teóricos da prática política e construção do estado não inserido num discurso ordenado como conceito de bonapartimo;
III – Ou ainda – Uma concepção da estrutura política na problemática marxista.
MARX, O ESTADO E OS CLÁSSICOS
Ainda que não completamente elaborada, existe em Marx uma teoria das formas de governo.
Noberto bobbio, examinou a teoria de Marx através de um procedimento de comparação com outros autores.
Depois de muito estudar e refletir as obras históricas de Marx pode ler que o autor possuía uma compreensão do estado que leva em conta a sua dinâmica institucional sem abri mão da perspectiva classista.
O ensaio foi escrito em quatro partes distintas.
A primeira grande distinção no universo das doutrinas políticas são aquelas que opõem teorias idealistas do ótimo Estado, ou da melhor forma de governo, a teorias realistas. As teorias idealistas sugerem um modelo de Estado de origem das formas históricas como teoria do governo misto, já nas teorias realistas são, ao contrário, aquelas que acham o Estado, e em geral a esfera das relações políticas entendidos como relações de poder.
Para Bobbio, as teorias de Marx pertencem às teorias realistas.
Pensa-se que, à medida que a sociedade civil fosse conquistando a primazia sobre o estado nas relações internas diminuiria a tensão nas relações entre Estados até a constituição de uma sociedade civil universal.
Pacifismo e antiestatatismo seguem lado a lado um sustenta o outro. Estão de algum modo conectados à idéia de uma redução do poder soberano como poder que detém o monopólio da força e, é o senhor absoluto da paz e da guerra.
As doutrinas realistas do Estado, atravessa toda história do pensamento político a distinguir entre teorias racionalistas e teorias historicistas. As teorias racionalista discute o problema da justificação racional ou funcionamento do Estado, questionando: “Por que existe Estado?”. Já na teoria historicista discute bastante o problema da origem histórica do Estado, questionando: “Como nasceu o Estado?”. A primeira coloca em evidência a posição entre estado de natureza que é o estado de sociedade e a segunda o oposto, coloca em evidência a continuidade entre formas primitivas de sociedades humanas que não são ainda Estado, como família, a tribo, o clã (sociedade sem Estado).
O direito natural ou jusnaturalista; aqueles que defendiam os direitos naturais (direitos que pertencem aos indivíduos independentemente do status que ocupam na sociedade em que vivem).
O contratualismo; são teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formar governos e manter a ordem social.
Marx, vê nas teorias individualistas e contratualistas uma reconstrução artificial da realidade histórica que chegou numa determinada fase do seu desenvolvimento (à sociedade civil-burguesia como sociedade da livre concorrência ou da emancipação da burguesia como classe), caracterizada pelo nascimento da burguesia próximo da economia política como teoria social baseada no individuo só.
Para Marx, o Estado não é o reino da razão, mas o reino da força. Não é o reino do para todos, mas do interesse de uma parte (a burgusia). O estado não quer a melhoria de todos, mas a melhoria daqueles que permanecem no poder, os quais, têm sido até agora, na história da humanidade, uma pequena parte. Que o Estado tenha por fim o interesse, o melhorias, satisfação ou mesmo a justiça, são valores da qual a classe dominante utiliza para dar uma “aparência” de legitimação ao próprio domínio. O Estado não é a saída do estado de natureza, mas sim a sua continuação sob outra forma.
Conceitos positivos e conceitos negativos de Estado estão relacionados ao fim do mesmo. O valor positivo se descreve, basicamente, pelo fato de os indivíduos acreditarem na supremacia total do Estado, sendo de acordo com o autor, influenciados a pensarem numa não extinção do Estado, ou seja, o Estado auxiliando ao povo, e solucionando os problemas da vida em sociedade.
A saída definitiva do estado de natureza talvez seja, para Marx. não o Estado, mas o fim do Estado, a sociedade futura sem Estado.
Do mesmo modo que há conceitos positivos, há, também, os negativos. O Estado como sendo mal necessário e a que propõe a não-necessidade do Estado, sendo que esta segunda teoria prevê, sem duvida, o final do Estado.
Os conceitos negativos de Estado não nascem com Marx. Mesmo que a diferenças entre as teorias racionalistas e teorias historicistas não correspondem com a diferença entre os conceitos positivos e negativos, é fato que não há conceitos negativos entre as teorias racionalistas, enquanto pode haver conceitos negativos entre as teorias historicistas.
Esses dois conceitos negativos do estado – negativos no sentido de colocam em particular a certeza do momento da força como essencial ao Estado para explicação dessa posição; são totalmente diferentes. No conceito negativo tradicional de inspiração religiosa, que precisa o uso da força é da maldade do subordinados; no conceito negativo marxista, é a maldade (usada esta expressão por razões similares, apesar de não ser totalmente correto) dos governantes. Trata-se da mesma interpretação da função do Estado, porem vista de forma contrária.
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