O Serviço Social na Terceira Idade
Por: kelinhaquilupas • 1/12/2017 • Projeto de pesquisa • 2.962 Palavras (12 Páginas) • 550 Visualizações
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
Silvania Dias Camargo
Qualidade de vida na terceira idade
Rolim de Moura - RO
2015
Silvania Dias Camargo
Qualidade de vida na terceira idade
Trabalho apresentado ao Curso (Serviço Social) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina [Estatistica e indicadores sociais; Processo de trabalho e Serviço Social, oficina de formação- tecnologia da informação].
Orientador: Prof. Amanda Boza ,Clarice Kernkamp,
Rodrigo Zambon.
Rolim de Moura RO
2015
1- INTRODUÇÃO
Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção dos idosos do município de Rolim de Moura que teve como foco principal de que forma a população idosa do Centro de Convivência do Idoso busca e pode alcançar a qualidade de vida na terceira idade. O referido trabalho se deu a partir da frequência no campo de estágio e através da participação nos trabalhos desenvolvidos no Centro de Convivência.
Os Centros de Convivência funcionam como verdadeiras ilhas de resgate à cidadania e dignidade daquele que estão na terceira idade, tirando-os do ócio ao oferecer uma série de atividades de variadas matrizes sociais, esportivas, culturais e educativas, conforme indicação de Teixeira (2008,p.227).
Desse modo, o objeto da pesquisa foi de grande relevância, pois coloca na discussão algo que é importante para pensarmos, a realidade social em nosso país, cada vez mais marcada pela presença idosa no cotidiano, o que evidencia a necessidade de políticas públicas que se ocupem em atender as demandas que surgem na terceira idade, na medida em que o aumento da esperança de vida sempre foi algo almejado pela humanidade e hoje, contraditoriamente, os mais idosos são vítimas de intenso preconceito.
O Serviço Social também tem sua contribuição nesse processo, seus profissionais devem estar conscientes de que a instrumentalização e conscientização da população idosa devem fazer parte da sua prática profissional.
Observamos que a maior parte dos pesquisados está inserida na faixa etária entre 62 a 74 anos, fato que corresponde à média de esperança de vida dos brasileiros, que segundo o IBGE, gira em torno dos 70.75 anos. Fato que colabora para a relevância de nossa pesquisa, na medida em que a amostragem pode de certa forma, representar a qualidade de vida dos idosos brasileiros que frequentam os Centros de Convivência.
O primeiro aspecto que nos chamou atenção foi o número infinitamente maior de mulheres que estão no Centro Convivência assiduamente participando das atividades oferecidas. Na pesquisa, das 30 pessoas entrevistadas, nada menos do que vinte e nove são mulheres. Esses dados demonstram um processo mundial: o de feminização do envelhecimento.
No que se refere ao estado civil, o número de viúvas é praticamente maior. Porém, isso não significa que aqueles que não são casados morem sozinhos, pois a maioria divide a casa com filhos, netos, genros, noras e um número expressivo de bisnetos. O que evidencia o processo de aumento da expectativa de vida, na medida em que as mulheres de nossa sociedade optam por ter filhos cada vez mais tarde. O número de viúvas é algo também que deve ser observado. Outro fato nos chamou a atenção: o único homem entrevistado é viúvo, ou seja, representam a minoria no universo da pesquisa.
A maioria dos idosos têm ensino fundamental incompleto e quatro não receberam a alfabetização formal, evidenciando o problema da baixa escolaridade entre os mais velhos.
A situação socioeconômica das famílias dos idosos que participaram da pesquisa retrata a realidade de muitos idosos brasileiros. Dos 30 pesquisados, dezoito possui como renda única o salário mínimo, o que se mostra em consonância com o processo de pauperização da velhice. A maioria dos idosos possui como renda os benefícios da Previdência Social (aposentadorias, pensões e BPC).
Um fato que surpreende é sobre este aspecto é que praticamente mais da metade dos idosos que participaram da pesquisa auxiliam ou mesmo custeiam as despesas do lar. Seja se responsabilizando pelas despesas do lar, ou apenas sendo responsável por uma parte das despesas (pagamento de contas e alimentação), o que evidencia o crescente número de idosos provedores da família, ou seja, o idoso tendo papel de chefe de família.
Quanto às atividades que os idosos participam no Centro de Convivência, a fisioterapia, aparece como maioria na fala dos idosos. A necessidade do tratamento é algo real e caracteriza-se pela multiplicidade de ações: aferição de pressão arterial, exercícios respiratórios, fortalecimento muscular, alongamento, fortalecimento do equilíbrio corporal, correção postural. Vemos que todos os tratamentos são de total relevância para a saúde do idoso, aumentando sua qualidade de vida.
Apesar da falta de apoio em alguns casos, praticamente todos os idosos, mesmo aqueles que reclamam da falta de apoio, afirmam que a relação com a família no geral é boa.
Podemos dizer que falta ao grupo estudado consciência política para ver a importância que tal iniciativa possui.
Queremos destacar a importância social e política do Centro de Convivência, onde pudemos perceber através da pesquisa o respeito com o qual são tratados os idosos, fato exemplificado tanto por nossa observação do espaço físico (instalações) e atividades oferecidas, quanto pelas respostas que sempre deixam explícita a satisfação dos usuários dos serviços prestados pelo Centro de Convivência.
2- PROBLEMA
Antes de tudo e importante definirmos o que e terceira idade, para tanto, adotamos aqui o que consta na Lei n . 8842, que dispoe sobre
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