Prática Institucional do Assistente social
Por: Cindy Sabat • 15/6/2017 • Trabalho acadêmico • 590 Palavras (3 Páginas) • 365 Visualizações
Prática Institucional do Assistente Social
A atuação profissional do Assistente Social é de cunho, essencialmente, socioeducativo. Possui qualificação para atuar nas diversas áreas ligadas a orientação, execução, gestão e criação de políticas sociais públicas, com o objetivo de responder as demandas dos usuários, de modo a garantir o seu acesso a bens e serviços, que deveriam ser garantidos, pois são direitos previstos em lei na Constituição Federal. Assim funcionam nas instituições, porém, com alguns desafios e limitações.
As Instituições sociais ocupam um espaço político, numa linha tênue, nas relações entre Estado e sociedade civil, em uma espécie de cooperação de responsabilidades. É possível concordarmos com Madel T. Luz (1979) quando fala que as instituições são como práticas de dominação, como um conjunto articulado de saberes ideológico e práticas profissionais, numa estratégia de hegemonia, em que o Estado, assume um controle crescente da Força de Trabalho através de ações ideologizadas.
Retroagindo um pouco no tempo, ao falarmos sobre as protoformas do Serviço Social percebemos que havia a “vinculação” da atuação profissional com a classe dominante da época, como forma de controle social, inicialmente com o tratamento individual do “cliente”, mudando as características posteriormente.
O Serviço Social da época, conservador, era muito ligado aos valores religiosos e as práticas assistencialistas. O trabalho social era, na verdade, o acatamento das relações sociais de dominação como forma de manter sobre controle a ordem social, e a manter também, a força de trabalho ativa.
Com o passar do tempo, a profissão passou por um período de amadurecimento teórico-metodológico e reconhecimento acerca da atuação profissional, suas reais intenções e intervenções para a sociedade. Esse Movimento de Reconceituação proporcionou a profissão uma visão mais crítica, o início de uma desvinculação com o conservadorismo, mas a profissão ainda continua sendo assalariada, portanto continua sujeita as relações de poder em qualquer área de atuação. Uma relação de poder se forma no momento em que alguém deseja algo que depende da vontade do outro. Essa relação de dependência reflete nitidamente a classe dominante e a classe trabalhadora, onde a classe dominante concentra a riqueza na minoria, mas para isso depende inteiramente da força de trabalho para produzir e gerar riqueza.
A atuação profissional, da atualidade, ganha uma nova roupagem e, segundo Iamamoto (2014):
O que parece caracterizar o projeto de prática institucional do Serviço Social é a ação e cunho educativo, de transformação das representações e atitudes dos indivíduos; ação persuasiva de inculcação que não nega no entanto, a existência a partir dos campos específicos de variações na relação entre intervenção técnica-ação ideológica. Serão, no entanto, técnicas essencialmente vinculadas à palavra, à motivação, escuta, e interpretação que, em geral, se englobam na ação de “enquadramento” da cliente. (p.339)
A intervenção profissional encontra-se nesse viés, entre o interesse do Estado – Instituição de desenvolvimento do capital e o interesse da força de trabalho, fazendo mediações para entender as demandas e insatisfações geradas pelos problemas cotidianos e conseguir responder da maneira qualificada. Esse sem dúvida é um dos maiores desafios profissionais.
Essa relação e poder muda constantemente e se moderniza, o Estado intervém cada dia mais na ordem privada e as privatizações de âmbito social, estão em alta. O que conhecemos como universalidade de direitos está gradativamente tornando-se seletiva. As políticas sociais
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