TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural

Por:   •  4/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.984 Palavras (12 Páginas)  •  212 Visualizações

Página 1 de 12

Introdução

O presente trabalho consiste na elaboração de um artigo científico cujo tema abordado: O Serviço Social no contexto rural e urbano.

Neste artigo foi imprescindível para nossa formação profissional, pois conhecemos a constituição dos diferentes movimentos sociais e suas particularidades. Com intuito de aprimorar o aprendizado das vertentes históricas dos movimentos sociais e as redes de mobilizações e associações civis da atualidade.

Abordaremos sobre os movimentos sociais no contexto rural na atualidade. Sendo que se destaca a Reforma Agrária um conjunto de medidas para promover uma melhor distribuição da terra. Um processo lento e que enfrenta várias barreiras, entre elas a resistência dos grandes proprietários rurais, dificuldades jurídicas entre outras.

Através de pesquisas elencamos o movimento social o MST (Movimento dos sem- terra), uma organização popular de maior expressividade no contexto rural. Tendo como ferramentas, charges e leituras de artigo e seleção de fotografias referentes ao tema, na obra intitulada terra publicada no ano de 1997 do fotografo Sebastião Salgado.

Buscamos em diferentes fontes, dados sobre o êxodo rural um fenômeno social observado em nosso país, entrelaçando de forma critica apreciação de obra de arte de Portinari, problematizando o êxodo rural e os reflexos deste movimento na formação dos centros urbanos brasileiros.

Finalizando com o embasamento de charges, música de Chico Buarque e discussões em grupo a respeito do modo de organização social urbana, concluímos nosso artigo cientifico sobre o serviço social.

1. REFORMA AGRÁRIA

O estatuto da Terra foi criado em 1964, cujo Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso a terra para quem nela vive e trabalha. Segundo o próprio estatuto:

A Reforma agrária é o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção (Estatuto da Terra - Lei nº 4504/64).

No Brasil, há uma distribuição desigual de terras. Essa problemática teve início em 1530 com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias. Então teve o surgimento de políticas de aquisição de terras, no qual formou vários latifúndios.

A reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais; dificuldades jurídicas; além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas, pois essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas, os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre outros aspectos.

As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de duas formas: expropriação e compra. A expropriação é a modalidade original para a obtenção de terras para a reforma que está prevista na Lei 8.629/93, que diz: “a propriedade rural que não cumprir a função social é passível de desapropriação”. Quem estabelece que uma propriedade cumpra sua função social prevista na lei, é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

O Incra busca com a reforma agrária desenvolvida atualmente no país é a implantação de um modelo de assentamento rural baseado na viabilidade econômica, na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento territorial.

Para tanto, o Incra adota instrumentos fundiários adequados a cada público e a cada região e está realizando uma adequação institucional e normativa para a intervenção rápida e eficiente dos instrumentos agrários. A reforma agrária implica também no forte envolvimento dos governos estaduais e prefeituras.

Em relação aos beneficiários a atuação do Incra no campo é norteada pela promoção da igualdade de gênero na reforma agrária, além do direito à educação, à cultura e à seguridade social nas áreas reformadas.

2. As Lutas dos trabalhadores do Movimento Social: MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, consiste numa organização popular de maior expressividade no contexto rural.

Sendo um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil, tendo como engajamento não só a luta dos trabalhadores pela reforma agrária, mas também por mudanças na sociedade e principalmente pela conquista da terra, ou seja, um lugar para garantir o sustento da sua família. O MST se destaca no território nacional como plano internacional, devido ao eficiente trabalho de mídia e ao marketing político de suas demandas pela conquista da reforma agrária no país.

Conforme Bernardo M. Fernandes em seu livro A Formação do MST no Brasil (2000), “o MST nasceu da ocupação da terra e tem nesta ação seu instrumento de luta contra a concentração fundiária e o próprio Estado”.

A organização do MST enquanto movimento social iniciou nos anos 80, sendo que o mesmo encontra em 24 estados da federação. A fundação deste movimento se deu em um contexto de exclusão e desigualdade social que o país enfrentava no momento e também político no qual o duro regime militar que se iniciava na década de 60, permitindo á sociedade civil brasileira uma abertura política para reivindicações e debates.

Mesmo sabendo que com muitos avanços e conquistas nesta luta, ainda há muito por se fazer em relação á reforma agrária no Brasil, seja em termos de apropriação e assentamento, como em relação á qualidade da infraestrutura disponível ás famílias já assentadas.

As formas de produção nos assentamentos são: associações, cooperativas e agroindústrias, garantem atualmente a renda dos assentados. Uma delas vem repercutindo na sociedade brasileira a agroindústria familiar, pois vem auxiliando na (re) estruturação da propriedade e do meio rural, propriedades que investem no beneficiamento da produção primária como uma ferramenta de ocupação no campo. Para Mior (2005: 191):

A agroindústria familiar precisa ter sua localização no meio rural, utilizar máquinas e equipamentos de menores escalas, onde a procedência de sua matéria prima é própria ou dos vizinhos, assim como a mão-de-obra, remetendo geralmente a um produto artesanal.

Reforçando esse debate, Prezotto (2002: 139):

Afirma que esse tipo de industrialização oferece possibilidades de descentralização regional da produção, trazendo uma visão

...

Baixar como (para membros premium)  txt (19.4 Kb)   pdf (67 Kb)   docx (19.6 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com