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Trabalho e sociabilidade

Por:   •  6/1/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.015 Palavras (5 Páginas)  •  951 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

PROFESSORA: SAMBARA PAULA FRANCELINO RIBEIRO

ALUNA: ANDREZA MARÍLIA DE LIMA

ESTUDO DIRIGIDO

FORTALEZA

2015.2

  1. De acordo com a análise de Sérgio Lessa aborde o trabalho em Lukacs.

Segundo Lukács, o trabalho é a protoforma, ou seja, a forma originária e primária do agir humano. Entretanto, isso não significa que todos os atos humanos sejam reduzidos ao trabalho. Ele argumentou que inúmeros atos humanos não podem ser reduzidos a atos de trabalho, em que pese o fato de o trabalho ser a forma originária e o fundamento ontológico das diferentes formas da práxis social. Para o filósofo húngaro, a reprodução social comporta, e ao mesmo tempo, requer outros tipos de ação que não os especificamente de trabalho. Todavia, sem o trabalho, as inúmeras e variadas formas de atividade humano-social não podem sequer existir.

  1. Explique a objetivação e exteriorização na categoria trabalho.

A objetivação ocorre quando há a conversão do idealizado em objeto, ou seja, quando a prévia-ideação se materializa num objeto. Diante disso, algo se concretiza no âmbito do ser material como surgimento de uma nova objetividade. Entre a consciência que criou a prévia-ideação e o objeto construído se dão duas relações importantes, a primeira é que sem a ideia esse objeto não existiria, assim, o objeto é a ideia objetivada, a ideia transformada em objeto. A segunda relação é que entre a mente que operou a prévia-ideação e o objeto, há uma distinção no plano do ser, dessa forma, o objeto criado sobrevive ao próprio criador. Logo, a diferença entre sujeito e objeto criado é o fundamento ontológico da exteriorização, ao idealizar o que será objetivado, o sujeito ver que tanto a natureza quanto ele pessoalmente se comportarão da forma que foi prevista na prévia-ideação. Através de novo conhecimentos e habilidades, o homem passa a ter novas necessidades, assim, novos conhecimentos levam também a novas necessidades. Portanto, a exteriorização é o momento em que o trabalho pelo qual a subjetividade é confrotada com a objetividade que está fora dela, à causalidade e, através desse confronto, pode-se verficar a validade do que está sendo conhecido e desenvolver novos conhecimentos e habilidades que não se possuía antes. Em síntese, para Lukács, a exteriorização é fundada pela distinção cocreta, real e ontológica entre o sujeito e o objeto que vem a ser pela objetivação de uma prévia-ideação.

  1. Configure a teleologia e a causalidade.

Para Lukács, a totalidade do ser é importante para permitir observar com clareza um momento essencial da processualidade do trabalho: ao se inserir na malha de relações e determinações pré-existentes. Diante disso, o objeto construído a altera, ocasionando nexos causais, isto é, uma sequência de causa e efeito, que são ao mesmo tempo perpassados por situações de casualidade e, na sua totalidade e momento de prévia-ideação, são impossíveis de serem conhecidos por que ainda não aconteceram. Assim, ao se inserir numa situação pré-existente, os objetos desencadeiam consequências nas quais o acaso exerce um papel importante. Ao se modificar o existente, surgem consequências e resultads que levam a novas necessidades e em novas possibilidades para atender a essas necessidades. A partir disso os indivíduos fazem novas prévias-ideações, pois há novas exigências e possibilidades que surgiram, efetuam novas objetivações, criando novos objetos e, consequentemente, novos nexos causais. Portanto,a  relação entre teleologia e causalidade é a essência do trabalho segundo Lukács.

  1. Analise a ideologia em Lukács como componente da sociabilidade humana.

Com o desenvolvimento da sociabilidade e a complexificação da práxis social, torna-se crescente a necessidade de ideias e valores mais gerais acerca do mundo e da vida, que organize uma lógica dando direcionamento aos atoos dos indivíduos em cada sociedade. As ideias recebem de Lukács a denominação de ideologia. Diante disso, com o surgimento das classes sociais, a ideologia passa a executar uma função mais restrita, de instrumento na luta pelo poder entre os diferentes grupos sociais. Dessa forma, a ideologia é uma função social específica, e não um conjunto de ideações que se caracterizam por ser mais ou menos verdadeiras.

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