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A EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE NO BRASIL

Por:   •  10/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.810 Palavras (20 Páginas)  •  340 Visualizações

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UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA.

BRUNIELLI ANDRADE DE ARAGÃO

CAMILLA ANDRESSA LISBOA

CLARI TENAJÁ RIBEIRO OLIVEIRA

EVERTON ANTÔNIO DE SOUZA MATOS

KELLY KIYAMU FUJIMOTO

PRSCILA DE ALMEIDA

HORA – AULA / HORA-RELÓGIO – GRUPO

REGISTRO

2017


SUMARIO DAS RESENHAS

PARTE I – LIVRO

A EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE NO BRASIL - Dos primórdios ao início do século XXI. (Por: Gilberta de Martino Jannuzzi):

Introdução .........................................................................................................7

Capítulo I ...........................................................................................................7

Capítulo II .........................................................................................................11

Conclusão ........................................................................................................14

PARTE II – ARTIGOS

2.1 - A eugenia no Brasil. (Por: Maria Eunice de S. Maciel) ........................15

2.2 - Eugenia no Brasil: Ciência e pensamento social no movimento eugenista brasileiro do entre-guerra. (Por: Vanderlei Sebastião de Souza) ...........................................................................................................................16

2.3 - Uma interpretação higienista do Brasil: Medicina e Pensamento Social no Império. (Por: Luiz Otávio Ferreira) ..............................................19

2.4 - São Paulo e a Ideologia Higienista entre os séculos XIX e XX: a utopia da civilidade. (Por: Afonso Soares de Oliveira Sobrinho) ...............21


Parte I – LIVRO

A EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE NO BRASIL - Dos primórdios ao início do século XXI

Por: Gilberta de Martino Jannuzzi

Introdução

A história da educação brasileira percorreu um caminho árduo, atendendo as necessidades dos segmentos dominantes da sociedade. Os grandes oligárquicos enviavam seus filhos para a Europa para buscar educação no exterior e no Brasil o advento da educação popular surgiu quando o voto se fez necessário para subsistência da classe dominante até que os movimentos populares passaram a reivindicar a educação como direito.

A educação para o deficiente no período do Império se dava em caráter domiciliar, a sociedade majoritária rural e desescolarizada, segregava os cuja presença incomodava. A institucionalização dos mesmos se deu de forma segregada da sociedade em escolas vinculadas aos Hospitais Psiquiátricos em caráter de internato, porém avança a medida que o modo de reprodução capitalismo e impõe a inserção dos “anormais” no mercado de trabalho em virtude da economia dos cofres públicos. Os reflexos desse período são observados na conjunta social atualmente, mesmo com os avanços no campo teórico a falta de especialistas proporciona uma educação popular defasada e precária ao deficiente que introduzido na sociedade

Capítulo I

As primeiras iniciativas de Educação do deficiente no Brasil surgem como tentativas de institucionalização nos Séculos XVIII e XIX.

O contexto histórico da época se dava pela luta pelo liberalismo (limitado, a escravidão ainda era aceita) até que se acentuasse a mão-de-obra européia e a educação era voltada somente para Elite. Nesse mesmo período, havia 15.561 escolas no Brasil, sendo 211 no Rio de Janeiro, dessas, 91 eram públicas e 116 particulares, 78% da população analfabeta (negra e pobre), 5% da população livre era alfabetizada.

         Com a Constituição de 1824 – 1ª do BRASIL se prometia a educação gratuita e para todos, porém sem êxito, pois não era de interesse da elite uma sociedade letrada. Em 15 de Outubro de 1827 a Lei orgânica de Educação previa que as escolas das primeiras letras tivessem em seu currículo:

  • Para homens: noções geométricas, gramática, princípios morais e éticos e doutrinação católica;
  •  Para mulheres: as noções geométricas eram substituídas pelas “prendas domésticas” acentuando o machismo imposto pelo patriarcado no Brasil;

A Metodologia educacional era o método Lancaster, onde o mais adiantado auxiliava os atrasados. A Conjuntura da época se dava pela alta do setor rural, baixa urbanização, população iletrada, escolas escassas, sem pressão social, os problemas com os deficientes eram resolvidos com a educação domiciliar e a prioridade nos estudos era da formação superior no exterior.

Os passos para a Educação das Crianças com Deficiência ocorreram no século XIX por meio das irmãs de caridade que auxiliavam as crianças que eram abandonadas nas rodas dos expostos os homens saudáveis eram mandados para Marinha e as mulheres tornavam-se professoras, os deficientes permaneciam nas Santas Casas;

Os Hospitais Psiquiátricos surgem para desafogar os leitos nas Santas Casas, em 1893 inaugura-se o Hospital Psiquiátrico Juquery/SP idealizados pelo psiquiatra Franco da Rocha. Posteriormente surge o Imperial Instituto dos Meninos Cegos – ensino primário (internato).

Em 1890 surge o Ensino Fundamental direcionando o ensino de acordo com a aprendizagem cognitiva, porém a educação do deficiente se manter em caráter segregatório.

Com o fim da escravatura e alto índice de imigrantes europeus, surgem os primeiros movimentos sociais nos quais os auxílios eram mútuos, sem influência política, o capitalismo crescia no mundo e refletia a sua questão social no Brasil, o voto ainda era censitário. Posteriormente, a camada média urbana e os operários tiveram um impulso político com as crises oligárquicas (Revolução de 30, Revolta da Vacina, Proclamação da República).

Com a Proclamação da República em 1889 houve o início da descentralização política e autonomia dos Estados no incentivo a Educação, porém, o Congresso assegurou o direito de prover na educação superior descartando a educação Primária e a gratuita sublimada na Constituição. Em 1918 com o refinanciando e organização escolar impulsionou a educação primária e organização das escolas para deficientes voltadas ao atendimento com as vertentes na tríade Médico, psicológico e pedagógico. Em contrapartida, o campo reflexivo acerca dos deficientes avança a partir de 1920 principalmente entre surdos e mudos com a adaptação do braile e linguagem dos sinais sempre embasados pelas teorias europeias, principalmente pela francesa.

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