A NATUREZA DO SERVIÇO SOCIAL
Por: tatianagtourinho • 10/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.882 Palavras (8 Páginas) • 350 Visualizações
A NATUREZA DO SERVIÇO SOCIAL
Discutir sobre as causas, a lógica, e os momentos históricos que tentam explicar o surgimento do Serviço Social
- serviço social como profissão dentro da divisão sociotécnica do trabalho.
- elementos de ruptura e continuidade com conservadorismo tradicional.
02 TESES S0BRE A NATUREZA E O PROCESSO DA GÊNESE DO SERVIÇO SOCIAL:
- Leva a pensar sobre a sua legitimidade como profissão e a conceitualização das políticas sociais frente a ordem socioeconômica e política.
Diversos autores discutem sobre a gênese: Iamamoto, Manrique Castro, Maguinã.
1ª tese vinculada a concepção tradicional, quanto a reconceituação;
2ª tese a partir da década de 80, vinculada aos fundamentos marxianos.
Não há um debate crítico e aberto entre ambas ( a referencia do autores da 2ª tese sobre a 1ª é mínima).
02 teses opostas e excludentes sobre a gênese do S.S.
1ª PERSPECTIVA ENDOGENISTA: Serviço Social na evolução, organização e profissionalização das formas anteriores de ajuda, da caridade e da filantropia, vinculada à intervenção na questão social.
Base: Obras de São Tomas de Aquino e Vicente de Paula
Autores:
serviço social tradicional,
“intenção de ruptura” ( reconceituação);
Qualquer forma anterior de ajuda ( idade média/ origem da história).
Autores: Herman Kruse, Ezequiel Ander Egg, Natalio Kisnerman, Boris Alex Lima, Ana Augusta de Almeida, Balbina Ottoni vieira, José Lucena Dantas...
- HERMAN KRUSE- Serviço social é uma tecnologia, pois a sua ação visa mudança.
Aplicação ( tradição do Serviço Social) e fontes de teorias ( reconceituação);
Todas as formas de ajuda não sistemáticas;
- NATALIO KISNERMAN – origem da profissão ao positivismo de Comte , século XIX
Ajuda sistemática ou como prática da sociologia.
- Perspectiva dialética : Assistência social (tese), Serviço Social (antítese),negando a assistência social. Mas fica alienado ao não fundar uma nova teoria. Os Movimentos de reconceituação negam o S.S que é considerado como tradicional e procuram superá-lo numa síntese.
Não distingue uma prática assistencial –benéfica de outra vinculada a uma estrutura político- econômica, dentro de determinada divisão sociotecnica do trabalho.
- Ezequiel Ander-Egg(1975) e Juan Barreix – distinção entre assistência social como uma ação benefico-assistencial, o serviço social como uma profissão paramédica e/ ou parajuridica, tecnocratica e desenvolvimentista e o trabalho social como a intervenção conscientizadora revolucionaria.
- Barreix – Prover assistência mas como conhecimento técnico. Escola sociológica / escola psicológica. Ander Egg – durante a época de expansão do capitalismo, a assistência social se assemelha a desenvolvida na idade média.
- Borris Alex Lima – Segue a idéia de etapas de Kisnerman, Barreix e Ander- Egg.
Identifica 04 etapas: pré-técnica, técnica, pré-cientifica e a cientifica
Assim, o S.S na sua origem, se caracteriza pela caridade, a beneficência e a filantropia como atitudes dominantes da idade media.
Identifica a origem do S.S na idade média – Joao Luis Vives, Vicente de Paula, Benjamim Tompson, Thomas Chalmers.
- Norberto Alaypon ( Argentina) – Processo de institucionalização das tarefas benéfico-assistenciais será a profissão do A.S.
- Jose Lucena Dantas – Perspectiva de S.S tradicional – idéia de etapas, mas ligada ao modelo de intervenção ( modelo assistencial, modelo de ajustamento, modelo de desenvolvimento e mudança social)
Coincide com vários autores que situam o Serviço Social desde a Idade Média.
- Balbina Ottoni Vieira – O serviço Social só foi conhecido com este nome no século XX, mas o ato de ajudar o homem existe desde o surgimento do homem na terra.
A ajuda aos outrospdoe ser percebida como caridade, filantropia ou serviço social.
- García Salord (1990) – S.S surge no século XX mediante a institucionalização da beneficência privada; ampliação das funções do Estado( políticas sociais) e o desenvolvimento das ciências sociais.
A profissão oriunda do exercício da caridade
TODAS AS ANÁLISES REPRESENTAM DISTINTAS MATIZES DA MESMA TESE:
O SERVIÇO SOCIAL É APROFISSIONALIZAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA CARIDADE E FILANTROPIA.
Visão endogenista. Tratam profissão a partir de si mesma.
Não levam em consideração a história da sociedade como fundamento e causalidade da gênese e desenvolvimento profissional, apenas situaas etapas do S.S em contextos históricos.
Visão particularista ou focalista. “ Surgimento do S.S diretamente vinculado às opções particulares mesmo que pessoais ou coletivas,dos sujeitos”filantropo-profissionais”, em fazer evoluir (sistematizar, organizar, profissionalizar) as ações que já desenvolviam de forma assistemática, desorganizada e voluntariamente....é vista como uma opção pessoal dos filantropos em organizarem-se e profissionalizar, com oseja da igreja, ou do Estado, pois a explicação de sua gênese é intrínseca ao serviço social e remte sempre a si mesmo.
Não se percebe atores coletivos, de atores e relações sociais vinculados a categorias socieconomicas e políticas e condicionados por um contexto sócio-historico...dentro da ordem burguesa ou na reconceituação.
Neto- entende esta tese como visão acrítica que entende a histórica como a mera crônica dos fatos e sucessos.
A historia e a sociedade não são vistas como determinantes, mas apenas como cenário de desenvolvimento profissional.
Não há uma relação entre o desenvolvimento do S.S e a historia da sociedade, mas apenas etapismo.
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