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A Organização Social No Brasil Antropologia Aplicada Ao Serviço Social Direito E Legislação

Por:   •  22/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  472 Visualizações

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Universidade Anhanguera UNIDERP

Centro de Educação à Distância

Fundamentos Histórico e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II

Psicologia e Serviço Social I

Professor EAD: Ma. Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

Tutor Presencial: Márcio Ferreira

Pólo de Santa Cruz

Rio de Janeiro

Serviço Social

                        3° Período/ Ano 2015

       

 

                       Componentes do Grupo:

Adriana Pereira de Lima: RA 9368303790

Valéria Henrique da Silva Barboza: RA9368306284

Márcia de Oliveira Costa Dias RA: 8740140293                

                   

Santa Cruz 15/04/2015                    

Introdução

Neste trabalho iremos ressaltar sobre os parâmetros de atuação dos Assistentes Sociais e Psicólogos na Política de Assistência Social. Considerando o exposto até aqui, é possível estabelecer pontos de relação entre a história de constituição da Psicologia Social e do Serviço Social, uma vez que essas duas áreas do conhecimento são frutos de construções históricas da sociedade em determinadas épocas temporais, caracterizadas por determinadas formas de acumulação do capital. Partindo da compreensão do social como uma “invenção” histórica, portanto, não-natural, não-necessária, não-imutável e da questão social, em suas múltiplas expressões. O Serviço Social brasileiro foi marcado em sua história recente por influências teóricas advindas das ciências da natureza. Como se enquadra nas Ciências Sociais Aplicadas, o Serviço Social não colheu bons frutos com fundamentações teóricas sucedidas do Positivismo e do Funcionalismo. Justamente a partir do Movimento de Reconceituação – movimento este ocorrido a partir da década de 1960 - é que a categoria profissional teve a possibilidade de vislumbra mento de outros referenciais teóricos.  Pouco tempo antes do Golpe Militar que condenou o País a um longo período ditatorial. Na época, as práticas psicológicas se consolidaram sob a influência de ideologias desenvolvimentistas, pautadas pela repressão política e pelo patrulhamento ideológico, que caracterizaram o Brasil ao longo de quase três décadas de ditadura explícita. A decorrência imediata desses fatos nas práticas psicológicas e, obviamente, na formação profissional. E a profissão de Psicólogo foi regulamentada no Brasil em 1962 Lei nº 4.119. Os psicólogos sociais e os assistentes sociais fazem parte da classe que vive do trabalho e, enquanto trabalhadores participam do processo de (re) produção do capital em sua totalidade, ou seja, instaurando movimentos de sujeição e manutenção. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código. A partir desses compromissos éticos entende-se que a atuação dos Psicólogos no SUAS deve estar fundamentada na compreensão da dimensão subjetiva dos fenômenos sociais e coletivos, sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos, com o objetivo de problematizar e propor ações no âmbito social.

Desenvolvimento

Regulamentada no ano de 1962, pouco antes do golpe militar, a Psicologia emergiu associada às classes burguesas da sociedade brasileira que buscava contribuir com estudos sobre as intervenções de caráter higienista, moralizante e normatizante focadas principalmente na população pobre. Aquele foi um período caracterizado também pela ênfase de teorias individualistas que contribuíram para tendências culturais da hegemonia burguesa e criavam uma Psicologia privada, individual e elitista. Podemos observar que a mudança do foco de atuação dos profissionais com o fim da ditadura militar saiu da visão individualizada/privada para a construção de posicionamentos atentos ao coletivo/social. Com a introdução da Psicologia na comunidade e no âmbito das políticas públicas inicia-se um processo de conquista pela diminuição das desigualdades sociais e pela mudança do “olhar” em relação ao sujeito, podendo compreendê-lo como sujeito inserido em um contexto social, político, cultural e econômico. Com essa nova visão em relação ao sujeito, a Psicologia iria atuar diretamente em questões relacionadas aos Direitos Humanos, com objetivos de assegurar também a integridade psíquica e emocional daqueles sujeitos. Na atualidade, a Psicologia tem ocupado diversos espaços de discussões em torno dos direitos de crianças, adolescentes e  idosos. Na luta pela igualdade de gêneros, contra a homofobia, na defesa pela ampliação da Reforma Psiquiátrica, na implementação e defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). O Serviço Social brasileiro foi marcado em sua história recente por influências teóricas advindas das ciências da natureza e o Serviço Social não colheu bons frutos com fundamentações teóricas sucedidas do Positivismo e do Funcionalismo. Justamente a partir do Movimento de Reconceituação movimento este ocorrido a partir da década de 1960 - é que a categoria profissional teve a possibilidade de vislumbra mento de outros referenciais teóricos. Já na década de 1980. O Serviço Social fundamentou sua prática na Teoria Crítica  de Antonio Gramsci e na década de 1990, alicerçou seu Projeto Ético-Político (Projeto cujo valor central é a liberdade humana, alicerçada no aparato legal dos direitos civis, direitos sociais e direitos políticos) em outro marxista, Georges Lukács. O Serviço Social teve, desde o seu nascedouro, influências da Igreja Católica, portanto, as práticas dos primeiros assistentes sociais estavam baseadas na caridade, solidariedade e filantropia. O reconhecimento dos fundamentos históricos e metodológicos do serviço social no contexto da ditadura militar, onde a sociedade foi calada pela força. O descontentamento da classe trabalhadora com a ditadura imposta se organiza em movimentos na luta contra a opressão e exploração. Esse grito coletivo exige do profissional de serviço social uma postura de superação de sua prática antes baseada na manutenção do poder e assistencialismo, para uma prática de neutralidade, com uma ação articulada com as lutas de movimentos populares, objetivando a transformação social. O Encontro de Araxá e Encontro de Teresópolis. Seminário que ocorreu de 19 a 26 de março de 1967 em Araxá ( Minas Gerais). Contou com a participação de 38 profissionais e foi promovido pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais). O Documento de Araxá tinha como proposta, colocar o Assistente Social não apenas como meros executores das políticas sociais, mas como capazes de formulá-las e administrá-las, ou seja, rever a funcionalidade da profissão no contexto brasileiro. De acordo com o Documento, o Serviço Social teria contribuição positiva no desenvolvimento através das mudanças nos aspectos econômicos, tecnológicos, socioculturais e político-administrativos. Portanto, o que se compreende é que a idéia principal está fortemente ligada ao caráter mudancista. “Uma abordagem técnica operacional em função do modelo básico do desenvolvimento.”

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