Emergência do serviço social: Condições Históricas e estímulos
Por: alucia86 • 25/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.401 Palavras (6 Páginas) • 1.272 Visualizações
RESUMO G2 – Emergência do serviço social: Condições Históricas e estímulos
Condições Históricas e Estímulos
Existem inúmeras questões quando se pretende conhecer a história do Serviço Social na América Latina. A partir delas se desdobram inúmeras outras questões que, juntamente com suas respostas, vão construir boa parte do debate que penetra a história da profissão. No entanto, mesmo havendo inúmeras perguntas e diversas maneiras de formulá-las e reformulá-las, vale ressaltar que essas perguntas não são neutras ou dissociadas. Assim, a perspectiva analítica implícita está contida na oposição de conceito do tipo nacional e antinacional, ``latino – americano ´´ e ``anti-latino – americano`` e, se ampliasse ou se fizesse mais exigente o desdobramento em questão, poder-se-ia reproduzir o bloco de perguntas dentro de polos tais como o popular e o antipopular, o `` proletariado´´ e o ``burguês´´ ou, mais ainda, combinar hierarquicamente estas polaridades no interior de uma concepção teórica mais definida. Percebemos que os textos mais apreciados, e difundidos referentes a origem do serviço social no continente – em partícula sobre o começo do seu ensino superior, dentro ou fora do âmbito universitário partem de definições determinadas ou se remetem a ideia de um simples prolongamento do desenvolvimento que a profissão alcançara na Europa.
1925-ano do nascimento do serviço social na américa latina no chile escola fundada por Alejandro Del rio, criada por um médico de grande importância.
As assistentes sociais, concluído o seu curso, não ficaram restritas ao trabalho com médicos e advogados; as instituições de beneficência, de caridade e de filantropia existente entre nós. As instituições ,``que tinham por objetivo fazer o bem por amor a Deus´´, as assistentes sociais incorporam o desejo de ``fazer bem o bem´´.
Para Barreix a etapa da assistente social caracteriza-se pelo projeto de fazer o bem com auxílios de técnicas; O serviço social em troca seria aquela forma de ação social que enfatiza, antes de mais nada, a prevenção dos desajustes.
Nos fins do séc. XVIII, com o surgimento da revolução industrial, o cenário social começa a inundar o planeta com seus produtos. Surgindo então a classe operária e junto com ela a miséria e a exploração...``fazer o bem em nome do bem´´.
1925 afirma-se que o Serviço Social nasceu como profissional e por outro lado fala-se que nasceu como uma subprofissão. Assim surgiu o serviço social americano.
O ponto de partida para entender o que ocorreu na América latina está na velha Europa. O doloroso processo de configuração do proletariado europeu, embora obedeça a lógica comum que opera universalmente, tem especificidades.
Mencionar este momento como ponto de partida pode ser útil para organizar a memória coletiva no plano ritual e simbólico, propiciado aos assistentes sociais do continente um marco de referência para suas comemorações ou para suas reivindicações sobre sua história, contribuição social ou estatuto profissional. No entanto, quando se pretende recorrer à análise histórica para compreender o caráter de uma profissão, seus limites, suas possibilidades e para implementar melhor suas contradições internas neste caso, uma tal perspectiva só confunde.
Dinâmica de classes e profissionalização do serviço social. O êxito da Rússia em 1917 exigiu que o estado, como pilar de hegemonia, articulasse formas de ação para responder ás demandas de uma realidade social nova. É obvio que, nem no Chile nem nos experimentos históricos de outros países.
Sintonizando a este ritmo social, o estado adaptava-se a nova situação, conduzido pela aliança de classes que o controlava. A ascenção, por parte do Estado, de gastos destinados a melhorar as condições de reprodução da força de trabalho e aprovação de uma legislação trabalhista evidenciam uma postura alternativa das classes dominantes.
O significado econômico que a exportação de cobre tinha para o país impunha um dinâmico fluido ás negociações entre o Estado, as grandes companhias norte-americanas e o proletariado mineiro do Chile.
Mas a intenção é oferecer uma sinopse global das condições que contextualizaram a criação da primeira escola de Serviço Social a que retornaremos, acentuando o ritmo do desenvolvimento do capitalismo chileno, que já no ultimo quartel do séc. XIX, mostrava seus primeiros indícios industriais.
E os problemas da saúde era especialmente agudo no momento em que a acumulação capitalista condenava à enfermidade milhares de trabalhadores (a prevenção e a terapia eram precárias, não havia a necessária infraestrutura e se carecia de um amplo corpo de profissionais e, basicamente, o capital não estava interessado em responder a estas demandas de caráter social).
Note-se que não se ergue, sobre as formas prévias de serviço social, uma nova e moderna modalidade de ação que suprime as anteriores – as formas de ação social não emergem ou sucumbem segundo a vontade de seus agentes; ao contrário, são objetivações da situação social prevalecente, expressando, a sua maneira, as características das sociedades onde se articulam novas relações de produção.
O Serviço Social latino-americano foi até o momento em que se deu o salto qualitativo que modificou substantivamente a sua perspectiva, um mero reflexo de concepções elaboradas no exterior. Entretanto, limitar-se a esta simples constatação factual é um risco que não podemos deixar passar sem reservas.
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