Inibidor De Apetite

1. INTRODUÇÃO

Para Cota, Moura e Gomes (2008), viver mais, com saúde e em boa forma, é uma preocupação atual que perpassa todos os segmentos da sociedade. A imagem do corpo bonito e saudável atravessa, contemporaneamente, os diferentes gêneros, faixas etárias e classes sociais.

Para que o aumento de peso seja diminuído, eis que surge a necessidade de adotar medidas como a prática de atividades físicas, a diminuição na ingestão calórica, cirurgias plásticas e uso de medicamentos inibidores do apetite (ISOSAKI; CARDOSO, 2004).

Os anorexígenos, ou moderadores de apetite, podem ser considerados um exemplo de medicamento que simboliza a beleza, nesse caso um corpo magro.

Segundo Paumgartten (2011), os anorexígenos causam modesta redução do peso corporal, sendo que esta não é mantida com o final do uso do fármaco. Além disto, a falta de evidências consistentes de eficácia, associadas aos efeitos adversos centrais e cardiovasculares observados com a sibutramina e, tornam insustentável a manutenção desse medicamento no mercado.

De acordo com os dados apresentados acima, é de grande importância a revisão da literatura em questão, por possui como objetivo principal a discussão da distribuição e vigilância da sibutramina em questão, e em promover o uso seguro de medicamentos inibidores de apetite. Além de analisar os malefícios que essas drogas provocam no ser humano.

2. ANOREXÍGENOS

Anorexígenos são medicamentos que provocam anorexia, ou seja, perda ou redução de apetite, sendo atualmente utilizados como parte para o tratamento de obesidade, não sendo recomendado como tratamento primário na perda de peso. (LIMA; LARROSA, s.d)

Começamos a pensar em obesidade como um dos problemas brasileiros em saúde pública, uma vez que pode apresentar comorbidades que diminuem a qualidade de vida dos indivíduos, entre outros problemas de saúde. Mas, será que somente os pacientes que precisam utilizam medicamentos anorexígenos? Segundo relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), ONU, o Brasil é o país que mais consome substâncias para emagrecer no mundo.

2.1 SIBUTRAMINA

Com o crescente aumento da população obesa no mundo, começaram a serem desenvolvidos vários anorexígenos, como a sibutramina que é um moderador de apetite utilizado de maneira muito comum pela medicina há pelo menos 15 anos. (SOUZA, RAU, s.d)

Segundo Lemos Junior, (2008) a sibutramina apresenta uma dupla maneira de reduzir o peso: reduz a vontade de comer promovendo o aumento da saciedade; previne a redução do gasto energético que acompanha a perda de peso.

No mercado brasileiro este fármaco encontra-se disponível com nomes comerciais como Reductil ® (Abbott), Plenty ® (Medley), Cloridrato de sibutramina monoidratado (Medley), além de outros produtos que estão em lançamento e os formulados pelas farmácias magistrais. (DIEFENBACH et al, 2008)

2.1.1 SURGIMENTO

Foi desenvolvida inicialmente como antidepressivo no final dos anos 80. Nos ensaios clínicos foi verificado que o medicamento reduzia o apetite, e atualmente é utilizado no tratamento de obesidade. (SOUZA; RAU, s.d)

2.1.2 AÇÃO NO EMAGRECIMENTO

Segundo Sucar (2002), a sibutramina possui como ação farmacológica principal inibir a recaptação de serotonina e noradrenalina.

A sibutramina “é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS) que inibe 5-HT, norepinefrina e dopamina (em menor extensão) na sinapse neural. Apresenta dois metabólitos ativos e é um agente noradrenérgico/serotoninérgico” (ANVISA, 2011). Este medicamento deve ser utilizado somente como adjuvante no manejo da obesidade exógena, é necessária a restrição calórica, o aumento da atividade física e a modificação do comportamento para o alcance do objetivo de emagrecimento, assim como com o uso dos outros anorexígenos.

Esses neurotransmissores, são monoaminas mediadores de grande importância para todo o sistema nervoso central, pois são responsáveis por movimentos que refletem coordenação motora, comprometimento cognitivo e comportamento exploratório do indivíduo. Segundo Feijó et al (2010), alega que a noradrenalina e serotonina desempenham um importante papel no controle da energia e estão envolvidas na sintomatologia relacionada à obesidade, depressão e ansiedade

2.1.3 INDICAÇÃO NO USO

As doses usuais de sibutramina que estão sendo utilizadas são de 10 mg/dia ou 15 mg/dia. Alguns estudos indicam que pacientes que receberam 10 mg/dia sentiam fome durante a noite. Assim, o médico faz uma avaliação do tratamento para decidir a dose que o paciente deve receber (iniciando com uma dose de 10 mg) ou se irá descontinuá-lo, de acordo com a perda de peso durante o tratamento (MCMAHON et al, 2002).

A sibutramina é indicada para redução do peso, no tratamento da obesidade, e deve ser usado em conjunto com dieta e exercícios, como parte de um programa de controle de peso, desde que a orientação alimentar e a atividade física não sejam suficientes para atingir o objetivo clínico. É indicada em pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 30 kg/m2, ou maior ou igual a 27 kg/m2 associado a algum fator de risco como hipertensão.

2.1.4 RISCOS E EFEITOS COLATERAIS

Segundo Bray (1999),