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O Fichamento Trabalho e Valor

Por:   •  6/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.271 Palavras (6 Páginas)  •  467 Visualizações

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FICHAMENTO DA PARTE PRIMEIRA

TEIXEIRA, Francisco José Soares. Trabalho e valor: contribuição para a crítica da razão econômica. – São Paulo: Cortez, 2004.

“O que explica a prosperidade e riqueza de um povo ou nação é, acima de tudo, a busca incessante pela satisfação dos interesses materiais” (p.23).

“É assim mesmo que Smith explica o crescimento e o desenvolvimento das nações. Quando uma nação permite aos seus membros gozarem da liberdade de agir em nome dos seus interesses próprios, no sentido de melhorarem sua própria condição de vida, todos ganham, todos prosperam; a sociedade torna-se mais rica e feliz [...]” (p.23).

“[...] o autor de A riqueza das nações deixa claro que a melhor forma de sociedade é aquela que propicia aos indivíduos liberdade de iniciativa individual para alocar seus recursos naquelas atividades que julgarem melhor para aumentar o seu capital” (p.24).

“A defesa smithiana de livre mercado é muito clara: nenhuma autoridade central pode ter conhecimento melhor do que os indivíduos, no que diz respeito a suas decisões de investimentos [...]” (p.25).

“É o que também advoga David Ricardo, que defende a liberdade de mercado como condição de possibilidade para a construção do homem como ser do mundo, como cidadão mundial” (p.25).

“Essa liberdade de agir, governada unicamente pelo interesse privado, explica, para Adam Smith, o progresso e o desenvolvimento da humanidade” (p.26).

“[...] a idéia de Mill de que a economia é uma ciência preocupada exclusivamente com ação do homem em sua busca pela riqueza, no caso de Smith, deve ser entendida como uma abstração que separa a economia da totalidade mais complexa da vida social” (p.28).

“Neste sentido, a finalidade da política é trabalhar para ajudar a efetivar as disposições naturais do homem em sua vida prática. Para isso, ela dispõe da economia, que tem como tarefa traduzir os princípios fundamentais constitutivos da natureza humana” (p.30-31).

“Logo nos primeiros capítulos de A riqueza das nações, Smith, recorrendo a certos exemplos históricos, tem como certo que o desenvolvimento da sociedade é consequência necessária, embora muito lenta e gradual, de certa propensão humana, que impõe aos indivíduos a busca ininterrupta e incessante de meios para melhorar as suas condições materiais de vida” (p.31).

“[...] para o autor de A riqueza das nações, todo o produto do trabalho pertence ao trabalhador; e a quantidade de trabalho normalmente empregada em adquirir ou produzir uma mercadoria é a única circunstância capaz de regular ou determinar a quantidade de trabalho que ele normalmente deve comprar, comandar ou pelo qual deve ser trocado” (p.33).

“[...] para retirar a teoria do valor das incoerências em que esta se viu enredada nas mãos de Smith, Ricardo teve de eliminar o conceito de valor como trabalho comandado, guardando o conceito de valor como trabalho contido” (p.47).

“Ora, se o trabalho é uma mercadoria como outra qualquer, a troca entre capital e trabalho obedece ao mesmo princípio da troca das mercadorias em geral: troca-se valor por valor, equivalente por equivalente. Assim, a teoria do valor ganha rigor lógico e pode reclamar o direito de pertencer ao rol das ciências” (p.47).

“[...] Ricardo [...] tem consciência de que a magnitude do valor se resolve em dois componentes: 1) no quantum de trabalho vivo, isto é, o trabalho imediatamente despendido na produção de uma mercadoria e 2) o quantum de trabalho incorporado nos meios de produção e que entra, também, na formação do valor dessa mercadoria” (p.48).

“[...] para os capitalistas que trabalham com grandes quantidades de máquinas, equipamentos, edificações etc., portanto, com mais capital e menos mão-de-obra, há prazos de retorno do capital investido mais longo do que os seus consórcios, que trabalham basicamente com mão-de-obra e poucos instrumentos de produção” (p.48).

“Segue-se daí que a acumulação de capital introduz um novo elemento na determinação do valor, que não só a quantidade de trabalho gasto na produção das mercadorias: o tempo de espera que certos grupos de capitalistas são obrigados a suportar até poder reembolsar o lucro do seu capital investido” (p.49).

“Com David Ricardo, a economia política se despe de sua casula metafísica; isto é, abandona a necessidade de uma teoria dos fundamentos dos princípios primeiros da natureza humana, como assim entendia Adam Smith [...] Ricardo entende a economia política como um sistema positivo derivado de certo número de hipóteses gerais, obedecendo rigorosamente às regras metodológicas da análise. Alicerça a exposição das leis econômicas na observação precisa dessas regras, conferindo à economia política um estatuto verdadeiramente científico” (p.42).

“[...] com Ricardo a economia política renuncia à problemática da investigação da natureza e causas da riqueza para abraçar a determinação das leis que governam a distribuição desta riqueza entre as três grandes classes sociais: proprietários de terra, trabalhadores assalariados e capitalistas” (p.42).

“Conclusão: a magnitude do valor comandado

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