O Manifesto do Partido Comunista
Por: Kerolainy Trindade • 1/8/2017 • Trabalho acadêmico • 992 Palavras (4 Páginas) • 123 Visualizações
Manifesto do Partido comunista
Todas as potências da velha Europa unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo: o papa e czar, Metternich e Guizot, os radicais da França e os policias da Alemanha.
O comunismo já é reconhecido como força para todas as potências da Europa, os comunistas expõem à face do mundo inteiro, seu modo de ver, seus fins e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do aspecto do comunismo. Com este fim, reuniram-se, em Londres, comunistas de várias nacionalidades e redigiram o manifesto seguinte, que será publicado em inglês, francês, italiano, flamengo e dinamarquês.
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra opressores e oprimidos, em constante oposição, tem vivido numa guerra interrupta, ora franca, ora disfarçada, uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionaria, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.
A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruinas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classe. A sociedade divide-se cada vez mis em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes opostas: a burguesia e o proletariado. Todos servos da Idade Média nasceram os burgueses livres das primeiras cidades; desta população municipal, saíram os primeiros elementos da burguesia.
A burguesia despojou de sua auréola todas as atividades até então reputadas veneráveis e encaradas com piedoso respeito. Do médico, do jurista, do sacerdote, do poema, do sábio fez seus servidores assalariados. A burguesia rasgou o véu dos sentimentos que envolvia as relações de família e reduziu-as simples relações monetárias.
A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, como isso, todas as relações sociais. Dissolvem-se todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepções e de ideias secularmente veneradas; as relações que as substituem tornam-se antiquadas antes de ossificar. Tudo que era sólido e estável se esfuma, tudo que era sagrado é profanado, e os homens são obrigados finalmente e encarar com serenidade suas condições de existência e suas relações recíprocas.
Pela exploração do mercado mundial a burguesia imprime um caráter cosmopolita a produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, ela retirou à indústria sua base nacional. As velhas industrias nacionais foram destruídas e continuam a sê-lo diariamente.
A luta do proletariado contra a burguesia, embora não seja na essência uma luta nacional, reverte-se, contudo, dessa forma nos primeiros tempos. É natural que o proletariado de cada país dava, antes de tudo, liquidar sua própria burguesia.
Não é aristocracia feudal a única classe arruinada pela burguesia, não é a única classe cujas condições de existência se estiolam na sociedade burguesa moderna. Os pequenos burgueses e os pequenos camponeses da Idade Média foram os precursores da burguesia moderna. Nos países onde o comércio e a indústria são pouco desenvolvidos, esta classe continua a vegetar ao lado da burguesia em ascensão.
O Leitor de Marx
A obra de Karl Marx, por sua significação teórica, é um marco na cultura ocidental e, por seu impacto sócio- histórico, tem relevância universal. Ele instaurou as bases de uma teoria da sociedade burguesa, que fundada numa ontologia social nucleada no trabalho, permanece no centro das polêmicas relativa à natureza, à estrutura e à dinâmica da sociedade em que vivemos.
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