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O USO DO CRACK: Um problema social restrito às metrópoles?

Por:   •  8/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.939 Palavras (12 Páginas)  •  424 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

2.1 Histórico: Urbanização x População 4

2.2 A Relação Entre a População e os Usuários 6

2.3 Papel da Família na Estruturação do Usuário 7

2.4 Contribuição e Protagonismo do Serviço Social 8

3 CONCLUSÃO 10

REFERÊNCIAS 12

1 INTRODUÇÃO

A problemática do Crack surgiu no final da década de 1980, em São Paulo, no início, um entorpecente de baixo custo, utilizada geralmente por moradores de rua, uma situação/problema que nasceu na base das classes sociais, que ganhou mercado, e se alastrou pelo país, afetando principalmente as regiões mais pobres.

O crack é um dos entorpecentes que mais causa danos ao usuário. Além da destruição de neurônios, provoca ao seu usuário à degeneração dos músculos do seu corpo, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo. O usuário do crack pode ter crises de convulsão, que pode levá-lo a uma parada respiratória, coma ou parada cardíaca e enfim, a morte. Além disso, o seu declínio físico é assolador, como infarto, dano cerebral, doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular encefálico (AVE), câncer de garganta e traqueia, além da perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do crack assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição, além da inalação de substâncias advindas da queima do alumínio das latinhas (cerveja e refrigerantes) que os usuários de crack usam para queimar as pedras.

Por ser uma droga de preço bastante acessível, o seu uso tem se espalhado por várias regiões do país, principalmente nas regiões mais periféricas e menos amparadas. O desafio de criar instrumentos e políticas que façam frente ao avanço deste entorpecente vão além das medidas do Estado, mas abrange a sociedade como um todo, em seus vários aspectos. O consumo do crack tornou-se um grave problema de saúde pública, que se associa à criminalidade e à violência.

Diante desta crítica situação, é imprescindível a busca por estratégias de prevenção e de tratamento que se mostrem eficazes. Com um cuidado mais de perto junto à família e a sociedade, de forma que se alcance a diminuição do uso das drogas, junto da redução dos danos causados por ela aos usuários e enfim, a sua superação. Para isso, é imprescindível a realização de estudos e pesquisas, além do preparo tanto dos profissionais, como das famílias que lidam com seus usuários, de forma que possa ser garantido uma vida digna a esses indivíduos.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 HISTÓRICO: URBANIZAÇÃO X POPULAÇÃO

Historicamente o desenvolvimento urbano e o bem-estar social sempre tiveram uma relação bastante contraditória. Especificando em fatos históricos, podemos observar a marcante vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, junto de sua corte e centenas de famílias para a sua colônia do Novo Mundo. Tendo como cenário o Rio de Janeiro.

A chegada da família real ao Brasil trouxe consigo um número bastante grande de pessoas, que ao chegarem não tinham lugar para morar. A única solução pensada pela corte foi a requisição das moradias da população que já vivia ali. Com o confisco, a população simplesmente ficou sem lugar para morar, pois fora feito de modo que não houve indenização ou amparo algum às pessoas que tiveram que ceder vossas casas.

Esta medida gerou um grande número de sem-tetos, que tiveram que se alocar em cortiços pela cidade, que eram lugares com poucas condições de salubridade e em sua maioria estavam lotados.

Cria-se então uma identidade feita de contradições, onde, em um mesmo lugar, situações tão distintas passam a conviver. De um lado a corte e seus costumes europeus, onde logo buscaram meios para tornar o Rio de Janeiro mais europeu, com grandes reformas e construções para que o lugar fosse digno de uma capital da coroa portuguesa; do outro lado, moradores originais que não tinham mais onde morar, que tinham que viver em pequenos cortiços, e de repente se viam à margem da sociedade.

No início do século XX, o cenário se repete, e a população novamente sofre uma marginalização forçada, dessa vez por parte do poder público, com uma ideia moderna e inovadora, a chamada Reforma Pereira Passos.

Num período de desenvolvimento econômico, as grandes cidades passavam a ser mais movimentadas e mais frequentadas, principalmente por investidores, e já havia uma elite considerável em meio à sociedade, que geralmente era quem controlava as decisões políticas de toda a cidade. O plano era de fazer uma reforma, com cunho paisagístico e urbano, que visava modernizar todo o espaço urbano carioca, para ser uma expressão do modo de vida da elite do país, seria então uma cidade mais bela, bem organizada e limpa. Contudo, nesse projeto, a população pobre não teria lugar nas áreas centrais da cidade.

Iniciaram então as reformas, principalmente por meio da demolição de cortiços, lugares onde a população mais carente vivia. O objetivo era afastar esses moradores da área central, pois eram vistos como insalubres e destoavam da nova face moderna que o projeto estava por impor, além disso, a destruição dos cortiços tinha o objetivo de criar mais espaços amplos e a possibilidade de construir grandes avenidas. Com isso ficava definido quem deveria ou não frequentar a área nobre da cidade. Além da expulsão da população carente, foi proibida qualquer forma de mendicância. Excluindo totalmente qualquer tipo de subversão da imagem da cidade.

A população se vê novamente em uma realidade imposta. Alguns conseguem se mudar para o subúrbio, já os mais carentes firmaram moradias nos morros, surgem as favelas e grandes

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