Os Espaços Sócio Ocupacionais do Serviço Social
Por: melo14 • 19/11/2018 • Resenha • 392 Palavras (2 Páginas) • 2.045 Visualizações
Os espaços sócio-ocupacionais do assistente social
IAMAMOTO, M. V. Os espaços sócio-ocupacionais do assistente social. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009, p.341-375.
O artigo aborda sobre os espaços de trabalho do assistente social, caracterizando-o como um profissional assalariado que possui um projeto profissional baseado no processo histórico. Todo o artigo contém 41 páginas e é dividido em três subtítulos. Em um primeiro momento é discutido sobre o assistente social como um trabalhador assalariado, os seus espaços de atuação, a sua jornada de trabalho, etc.; já na segunda parte, é debatida sobre a mudança, a expansão dos espaços ocupacionais do profissional; e na terceira e última parte, a autora vai aprofundar sobre o trabalho do assistente social em diferentes espaços ocupacionais e o significado da profissão no processo de reprodução das relações sociais.
Através de uma linguagem bem acessível e crítica, Marilda Iamamoto faz uma contextualização histórica para possibilitar ao leitor uma compreensão do trabalho do assistente social na cena contemporânea, dos diferentes espaços ocupacionais que ele atua e dos desafios enfrentados por ele para que seja possível suprir as necessidades dos indivíduos ao qual se dirige o seu trabalho, diante de um cenário em que o mercado aparece como um gerenciador supremo das relações sociais e onde a desigualdade, o desemprego, a pobreza e a divisão de classes se intensificam.
Mesmo sendo um profissional com relativa autonomia, ele possui um limite de trabalho imposto por seus empregadores, e é aí que entra a necessidade de se ter o poder de fazer articulações políticas para se confrontar essas barreiras. Com essa expansão dos espaços sócio-ocupacionais, advinda da dinâmica da acumulação capitalista, da organização política e das inovações tecnológicas e organizacionais que tem como produto a intensificação do trabalho, são requeridas novas demandas, habilidades e competências, que exige do profissional uma formação acadêmica baseada em um direcionamento ético-político e técnico, para que dessa maneira, ele possa ser capaz de impulsionar o fortalecimento das lutas de classe.
Portanto, esse artigo é um excelente instrumento para se analisar o trabalho do assistente social e para enxergarmos como ele sofre com os dilemas vividos pelos demais trabalhadores em consequência dos efeitos do capitalismo e que eles também lutam para garantir as suas conquistas, buscando respostas para se enfrentar as expressões da questão social e assim, poder adquirir a tão sonhada liberdade política e econômica.
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