Resenha Critica A saúde Mental Infantil na Saúde Pública Brasileira: Situação Atual e Desafios
Por: Afonso Machado • 4/5/2020 • Resenha • 794 Palavras (4 Páginas) • 227 Visualizações
A saúde mental infantil na Saúde Pública brasileira: situação atual e desafios
1 INTRODUÇÃO
O artigo é de autoria de Maria Cristina Ventura Couto, Cristiane S Duarte e Pedro Gabriel Godinho Delgado. Maria Cristina Ventura Couto é psicanalista com doutorado em Saúde Mental pelo Programa de Psiquiatria e Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, psicóloga e pesquisadora no Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas de Saúde Mental (NUPPSAM/IPUB/UFRJ). Cristiane S Duarte é professora da Divisão de Psiquiatria da Criança e do Adolescente da Universidade de Columbia - Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York.
Pedro Gabriel Godinho Delgado é doutor em Medicina (Medicina Preventiva) pela Universidade de São Paulo com pós-doutorado na London School of Hygiene and Tropical Medicine, da Universidade de Londres. Atuou como Coordenador Nacional de Saúde Mental, Álcool & Outras Drogas do Ministério da Saúde durante o ano 2000 até o ano de 2010. Além disso, desempenha a profissão de professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Faculdade de Medicina e Instituto de Psiquiatria-IPUB).
O artigo refere-se à descrição e analise da atual situação de desenvolvimento de políticas públicas brasileira no que se refere a saúde mental infantil e juvenil, com ênfase nos Centros de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil e na rede intersetorial potencial de atenção à saúde mental infantil e juvenil. Além disso, o artigo aborda outras políticas relacionadas às crianças e adolescentes em âmbito nacional.
2 DESENVOLVIMENTO
O artigo apresenta a falta de políticas públicas oficiais no que se refere a saúde mental infantil e juvenil no Brasil e no mundo, ressaltando a importância das mesmas para ampliação do sistema de serviços e pesquisas na área. No Brasil, a identificação da importância de políticas públicas sobre a área pela sua instância governamental é recente, sendo admitida como uma questão de saúde pública e integrada ao conjunto de ações do Sistema Único de Saúde (SUS).
Entretanto, constata-se uma disparidade entre a necessidade de atenção em saúde mental para crianças e adolescentes, e oferta de serviços capazes de corresponder a está necessidade. Observa-se que a falta deste serviço independe do nível econômico e de distribuição de renda, pois está presente em todas as regiões do mundo, com expressiva significância no grupo de países em desenvolvimento.
Nesse sentido, o artigo demonstra que a inexistência de políticas de saúde mental para infância e adolescência em nível global. Transformando a necessidade do desenvolvimento destas políticas em nível nacional urgente e necessárias.
Para descrição e analise da situação atual do desenvolvimento da política de saúde mental para crianças e adolescentes no Brasil, feita para o artigo, os autores consultaram e sistematizaram documentos oficiais emitidos pelo governo brasileiro sobre a área específica de saúde mental. Além disso, abrangeram a pesquisa em outras políticas públicas relacionadas ao cuidado de crianças e adolescentes.
Como resultado, no que se refere ao Brasil, o artigo constata a implantação dos Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil – CAPSi – ao SUS. Os CAPSi atuam no atendimento de crianças e adolescentes portadoras de transtornos mentais com prejuízos severos e persistentes. Além disso, nota-se o estabelecimento de diretrizes para interligação intersetorial da saúde mental com outros setores públicos, objetivando uma cobertura dos problemas mais frequentes, especialmente aos que envolvem prejuízos mais pontuais. Nesse sentindo, estas políticas pública constituem os pilares estabelecidos no que se refere a saúde mental pública para crianças e adolescentes desenvolvidos atualmente.
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