Resenha Crítica sobre Assistencialismo Versus Assistência
Por: Alinerenato24 • 4/11/2018 • Resenha • 1.142 Palavras (5 Páginas) • 261 Visualizações
UNIFUTURO - FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO NORDESTE
ALINE RENATO DE ALMEIDA
RESENHA SOBRE A PEÇA:
“ASSISTÊNCIA X ASSISTENCIALISMO”
JOÃO PESSOA
2018
ALINE RENATO DE ALMEIDA
RESENHA DA PEÇA: “ASSISTÊNCIA X ASSISTENCIALISMO”
Resenha crítica apresentada como requisito para obtenção de nota parcial da avaliação transdisciplinar apresentada aos professores do curso de Serviço Social da UNIFUTURO – Faculdade de Ensino Superior do Nordeste.
ORIENTADOR (A): Hieny Quezzia de Oliveira Bezerra – Professora Mestra
José Nikácio Júnior Lopes Vieira – Professor Mestre
JOÃO PESSOA
2018
ASSISTÊNCIA X ASSISTENCIALISMO
A assistência social é uma política prevista na Constituição Federal em seu artigo 203 que diz: A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e a velhice; ou seja, atua de forma crítica, intervencionista a garantir direitos em meio a diversas questões sociais.
Já o assistencialismo nada mais é que um serviço oferecido por meio de doação, ajuda e não como direito. Como no início do Serviço Social onde a Igreja através das “damas da caridade” promovia uma efêmera ajuda, mas sem resolver em definitivo a situação daquele indivíduo, daquela família.
As disparidades promovidas pelo advindo da Revolução Industrial, o capitalismo cravando seus pés e braços, “tornando a força de trabalho em mercadoria” (Iamamoto / Carvalho, 2014, p 134) faz fomentar o surgimento de classes ficando bem definido proletariado e burguesia, trazendo à tona a problemática da desigualdade social consequentemente gerando as questões sociais que perpassam pelas expressões sociais pensadas como:
Conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado. [...] expressa portanto, disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais, colocando em causa as relações entre amplos segmentos da sociedade civil e o poder estatal (Iamamoto, 2008, p 16-17).
Várias questões sociais são observadas na peça Assistência x Assistencialismo na cena um e cena dois na representação da menor de rua e prostituta também menor, vulneráveis a todo e qualquer tipo de exploração e abuso, violência, infringindo os direitos fundamentais previstos na ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 3°:
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata a Lei, assegurando-lhes por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico e mental, moral, espiritual e social , em condições de liberdade e de dignidade.
Enquadrasse também nessa problemática a exploração sexual de menores promovida abertamente e de forma indiscriminada onde o reflexo do desemprego, da falta de educação, abuso e violência empurra meninas e meninos para essa realidade nua e crua.
Interessante observar todas essas questões, relações que nos fazem perceber que segundo Durkheim essas relações extrapolam a esfera do físico e biológico, adquirindo a forma de relações e regras que se desenvolvem socialmente. E se repetem, se repetem e tem o poder de coerção sobre todos os indivíduos. Poder do maior sobre o menor. Poder de quem detém mais conhecimento e através disso poder de reger toda uma comunidade, um estado, um país, o planeta.
Ao contrário do poder de quem senhoreia o conhecimento, a falta dele trava o desenvolvimento. A falta de planejamento ao "criar" uma instituição trava o crescimento e as mudanças necessárias para a melhoria da realidade de uma comunidade. A falta de planejamento traz problemas recorrentes. Segundo Barbosa (1991, p17) [... o planejamento é basicamente um processo de racionalidade...].
É preciso planejar, participar com a comunidade, ouvi-la, senti-la; “participar é fazer com e não para”. (Tenório,1990). Indica-se então um projeto participativo, com parcerias, trabalhar as problemáticas da comunidade, convidar profissionais qualificados que operacionalize por meios de planos, programas e projetos vinculados a uma ou mais áreas, setores e políticas (Kathiuça Bertollo, 2016).
Considerando a ética, observa-se a postura da Assistente Social no exercício de sua profissão na referida peça quando no cumprimento do Código de Ética no artigo 3° letra A que diz: “desempenhar suas atividades profissionais com eficiência e responsabilidade, observando a legislação em vigor”. Nota-se a realização da profissão na orientação e direcionamento na resolução dos casos em questão como abandono de menores, prostituição, dependência química.
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