RESENHA ESCOLARIZAÇÃO FORMAL VERSUS EXPERIÊNCIA PRÁTICA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS, de Ana Lúcia Dias Schliemann.

Texto: ESCOLARIZAÇÃO FORMAL VERSUS EXPERIÊNCIA PRÁTICA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS, de Ana Lúcia Dias Schliemann.

O texto de Ana Lúcia Dias Schliemann (1986) traz um panorama da escolarização formal em relação à contribuição da experiência de trabalho em uma pesquisa com 43 marceneiros.

Destes, 15 já eram profissionais na área e possuíam entre zero e seis anos de escolarização.E os 28 restantes eram aprendizes que já possuíam mais de seis anos de escolarização.

Segundo Schliemann (1986) estudos sobre o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático têm buscado não apenas evidenciar como o conhecimento se dá em contextos reais do âmbito de trabalho, mas também mostrar que nem sempre o conhecimento adquirido pela escolarização formal irá se destacar em relação ao conhecimento adquirido através da chamada educação informal.

Para ambos os grupos foi proposto um problema matemático no qual os marceneiros deveriam calcular a quantidade de madeira necessária para a construção de cinco camas de mesmo modelo e tamanho, tais especificações foram apresentadas individualmente a cada participante do estudo entre várias visitas à escola de marcenaria.

Ao longo do texto a autora apresenta todo o trajeto de raciocínio desenvolvido pelos participantes para a resolução do problema, quais foram os raciocínios matemáticos utilizados e também qual foi a contribuição da escolarização e das vivências práticas de trabalho para a resolução do problema. Schliemann (1986) conclui que as experiências de trabalho apresentaram grande contribuição para o desenvolvimento e resolução da questão matemática.

No texto é possível notar que a autora conclui que os aprendizes chegaram a uma resposta singular sem levar em consideração a viabilidade para sua realização, enquanto os marceneiros que possuíam experiências práticas na profissão notou-se a necessidade de busca por uma resposta viável para o problema matemático. Os aprendizes acabaram cometendo um erro na hora dos cálculos por se perderem nas fórmulas, tal erro poderia ter sido identificado ao longo da resolução caso houvessem se preocupado com a viabilidade da resposta (SCHLIEMANN, 1986, p. 242).